quinta-feira, 30 de abril de 2009

Outros Elementos

O Programa Outros Elementos reúne quatro alunos dos cursos de Comunicação da Unifra - Santa Maria, para falar sobre algum tema da cidade, do momento, ou seja lá o qual o interesse. Com o intuito de abordar os assuntos sobre as vários ângulos, com diferentes opiniões. Claro que não são os 4 elementos que formam o programa. Por trás disso, há uma gigantesca equipe de produção, técnicos (câmeras, editores, auxiliares), e que também fazem parte da construção das pautas e das temáticas.

Sempre temos um convidado(a), dois, três... às vezes temos elemento surpresa, por outras vezes enquetes. Enfim, é um programa que tem como referencial, levantar assuntos, mas sem se preocupar com a rigidez do formato. Pelo contrário, o nosso formato está exatamente nesta abertura toda. A roda onde os assuntos são levantados fazem parte: o Kareka (o nosso âncora, o que conduz o programa; o cara que tem opiniões firmes e é fã de cultura, num modo geral; o cara tah sempre ligado na internet, nos álbuns de seus músicos preferidos, filmes... muito cult); tem a Miti (além de estudante de jornalismo, é uma futura cientista social, daí você já viu; mas ela gosta de estar sempre bem vestida, com o cabela ajeitado; é o nosso lado feminino)- quem disse que cientista social deve andar mal vestida, rótulo meu); tem também o Dieguinho (canta numa banda da cidade, que faz shows fora daqui; estudante de Publicidade e Propaganda, nos leva a uma visão mais prática de tudo e sempre está por dentro dos assuntos da gurizada), enquanto isso, EU - Julio (coloco a minha opinião sobre aquilo que acho ser interessante, dou meus palpites, pitacos, e uma ou outra vez, começo a entrevistar o convidado - esse não é o objetivo).

É com certeza um mistura interessante. Além disso, o programa serve de escola para os estudantes que compõem a equipe. Então, é legal dar aquela forçinha, nos assistir, dar sugestões ou críticas, fazer seus comentários.


Estamos com um blog (imagem acima). Lá você encontra os vídeos dos programas passados e você pode deixar sua opinião:
http://outroselementos.blogspot.com/

E também uma comunidade no Orkut

Não deixe de conferir!!!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Uma beleza completa


Ao som do Tribalistas e com um papo sobre a forma latina de encarar o mundo escrevo estas linhas de afago. Pode parecer melancólico demais, mas quem sabe esse é o sentido que quero dar no momento. Afinal, Tribalistas é uma ótima pedida musical, mesmo que muitos não concordem com isso.

No mesmo contexto, a situação a qual me incluo, das formas de como encaramos a vida, os amores, os desamores e enfim, tudo que fazemos. Nós, e eu, enquanto latino que sou, e não me considero – mesmo me dizendo minha árvore genealógica - herdeiro do velho mundo; não consigo ser frio nem que por um instante. Em mim há um pulsar, um ferver, fama dos que rodeiam a Linha do Equador – mesmo que eu estaja bem a baixo. Faço os meus rodeios, disfarço um pouco, tento ser mais sutil possível, mas não adiante muito. Meu ser todo vive em êxtase. Meu corpo parece estar sempre em constante delírio – e sem necessidade de nenhum componente externo. Sou assim, tudo que sinto é exagerado. Tudo o que gosto, acabo gostando muito além. Os problemas também ganham dimensões gigantes, e se na hora que eu decidir de verdade superar isso, o mundo todo se volta para que isso aconteça. Eu me movimento demais.

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Depois dessas reflexões acerca daquilo que acredito pertencer e ser um pouco. Quero me referir a uma mulher extremamente fantástica. Nesta semana, domingo (26/04/2009), especificamente, o canal fechado Multishow exibiu o primeiro programa da série Especial sobre Marisa Monte. Sempre gostei muito dela, mas nunca me detive em conhecê-la. O Especial foi a primeira oportunidade que tive de conhecer uma mulher bonita. Gisele Bündchen ao ser perguntada em uma entrevista quem ela considerava uma mulher bonita, surpreendentemente falou: “Marisa Monte”.

Quem sabe naquele instante eu também me despertei para olhá-la com mais apreço. Conhecia o seu trabalho dos Tribalistas e nada, além disso. Não imagina das suas composições e muito menos que seu jeito calmo, convicto e até mesmo exuberante, fosse tão belo.

Com certeza Marisa Monte é um exemplo de mulher brasileira e muito bela, sem estar nos padrões estabelecidos por nem sei quem. Tem uma musicalidade incrível e uma versatilidade que combina com o nosso povo, com a nossa extensão territorial.

Vale a pena conferir o trabalho dessa “Linda Mulher”, com padrões desconstruídos, se compararmos ao filme com esse título – lembrado pela Bia – mas que tem aquilo que eu tanto admiro.

http://www2.uol.com.br/marisamonte/site/abertura.htm

Também irei deixar uma música em que faz parte da composição e que é belamente interpretada pela Negra Li.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Metade


Há sempre uma parte em mim que se culpa, que não vive por completo. Há sempre uma parte que reclama uma vida estável e sossegada, sem solavancos sentimentais e sem prantos noturnos, exasperações e xingamentos em quaisquer dos meios de comunicação existentes. Essa parte, quase que uma metade, deveria ser a única a se submeter a sessões de terapia. Ela tem problemas, ela me prende.

O segredo, creio, é se entregar. Não se pode exigir tudo, o máximo se se oferece metade, apenas. E nem é uma questão de exigir, é de retribuir. E retribuir é tão difícil... Reciprocidade é quase que uma dádiva.

Bom, lembrei que nas fases em que bebo mais, meus textos se tornam menos profundos. Pensei em seguir escrevendo, mas notei que nada de muito melhor sairia. Então, assim lhes entrego.


Como somos bons em rotular

Nada melhor do que o fenômeno mundial, Susan Boyle, para questionar os nossos padrões de julgamento. Falo de padrões de julgamento, pois estes, são superiores e mais fortalecidos culturalmente do que os próprios padrões de beleza. Julgar sempre fui um ato humano provido por todos. A todo instante comparamos as atitudes dos outros com aquilo que consideramos certo. Fazemos observações tolas e dificilmente nos questionamos por isso.

Na descrição do meu perfil do blog, falo do acolhimento das diferenças. Uma das frases usadas repetidas vezes pela minha amiga e antropóloga, carinhosamente conhecida como Fafa. Acolher o exótico sempre foi um desafio da sociedade e quem sabe um caminho necessário na modernidade. Mesmo parecendo este um fato de difícil alcance, muita coisa mudou nas nossas relações com o exótico. Susan é um ícone e graças a Deus que ela surguiu. Precisamos de outros ídolos, precisamos de novas ideologias, já diziam nossos poetas compositores. A vida não pode ser construída apenas num mesmo padrão. Não somos robôs e não acho legal nenhuma dessas formas massificantes de analisar e viver, sejam torcidas de futebol ou talvez o número da roupa que você deve vestir.

Uma vez ouviu uma especialista em medicina estética falar que hoje ao invés de moldarmos a roupa para o nosso corpo, acabamos fazendo o contrário para nos sentirmos incluídos. E aqui eu verifico um grande problema. O que você já mudou para fazer parte de algo, de um grupo, ou para simplesmente não ser mal visto por seus amigos? O que você já precisou fazer mal a você mesmo para ser igual aos demais? O quanto você já perdeu com isso? Eu vejo muitos nesse caminho. As drogas - lícitas ou ilícitas - são o exemplo maior da inclusão de grupo. Sempre queremos fazer parte de algo, queremos compartilhar coisas e nessa história, esquecemos que podemos ser diferentes, podemos continuar tolos, esquesitos e ainda assim nos sentirmos capazes de sermos melhores.

Deixo o link do vídeo no YouTube da primeira apresentação da Susan Boyle. E para os meus leitores.... a nossa colunista Luiza está de volta! Abraços

Rótulos são para
latas de atum

sábado, 25 de abril de 2009

Tempo nosso, do nosso Tempo

Hoje é terça-feira/ O céu borrou a cor/ Ó minha mão do céu/ Ó meu pé do chão
Eu não ouço vocês/ Eu não ouço vocês/ Eu não creio em vocês ..
Só acredito no semáforo/ Só acredito no avião/ Eu acredito no relógio/ Só acredito ...

Se é terça-feira ou não... Esse a música Semáforo do Vanguard tem ou não sentido... Dissonâncias de um tempo em que não temos caminhos, rumos, lugares determinados para sermos felizes. E aí eu volto aos temas que tanto tem ocupado minha cabeça, meu blog, meu dia-a-dia. O que é ser feliz? Que tipo de felicidade que eu quero? Parecem tolas e medíocres, mas quantos de nós fazemos estas perguntas? Eu pelo menos tenho duvidado demasiadamente sobre a questão da minha felicidade e também desta que nos é vendida.

Assunto sem eixo, quem sabe, mas não se preocupem: “Eu tenho um propósito”. Estava conversando com uma amiga sobre algo que aconteceu comigo na semana passada. Ela sempre paciente ouviu a minha história longa e repleta de detalhes. Depois, como observado nata, que és, me olhou nos olhos e perguntou: “Como você classifica o teu tempo?” Ohh!, perguntinha difícil, eu nunca pensei que o tempo tivesse classificação. Me contou, então, sobre o mito de Chronos e a divisão do tempo para os gregos da antiguidade, e quem sabe, para muitos cidadãos do nosso mundo globalizado.

Para os gregos, você pode medir o seu tempo pelo Chronos ou pelo Kairos. O primeiro é o tempo cronológico que estamos acostumados. O Kairos seria o tempo medido pela intensidade das coisas. Conclui rapidamente que prefero considerar o meu tempo Kairos e usar-me da imortal frase de Vinícius de Moraes, ‘Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.”

Nessa de querer aproveitar um momento que consideramos ser excelente, podemos cair na armadilha da auto-sabotagem. Continuamos ‘felizes’, ou achamos que estamos, para ficar aonde estamos, não precisar mudar nada. É muito mais cômodo ser aquilo que já somos acostumados, e agora ser o que deveríamos ser, mesmo que não nos fizesse mais felizes, mas que nos abrisse, pelo menos, os olhos para as outras possibilidades.

Dessa confusão de pensamentos palavras não muito bem arranjadas, vou deixar pra vocês uma dica, o filme Vestida para Casar. Às vezes esquecemos de controlar o tempo para o que queremos de verdade, às vezes precisamos que alguém entre ou sai de nossa vida para percebermos isso. Mas por que somos assim???

Um ótimo final de semana!



terça-feira, 21 de abril de 2009

Um permitir necessário

Acordei às 8h e começou a minha segunda-feira (20/04/2009). Pré feriado, mas eu estava de feriadão literalmente. Mesmo assim teria um compromisso que ocuparia a manhã toda. Lá fui eu. Me liberei somente ao meio-dia. E disse a mim mesmo que iria aproveitar aquele lindo dia.

Liguei para uma amiga, fomos almoçar. Eu queria ver algumas coisas, e minha amiga também. Ficamos a tarde toda, de loja em loja, massageando os nossos egos em plena segunda-feira, da última dezena do mês. O povo fala o tempo todo em crise, mas eu não vi isso ontem, não. Todas as lojas, independente do tamanho, estilo ou valor, estavam cheias. E não era gente só olhando não. Tinha muita gente comprando e pagando. Filas imensas nos caixas. Claro, que é preciso deixar claro que estamos no Rio Grande do Sul, e que nos primeiros frios o povo todo se alvoroça e sai comprar casacos, sapatos, um pouco de tudo para espantar o frio.

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Fui pra uma festa de aniversário de noite, e depois tinha combinado com outras amigas para sair. Tínhamos combinado e tal. Mas o interessante é que acabei indo pra boate combinada, e liguei para as minhas amigas, e, a surpresa: estavam em um bar pois na boate seria difícil de entrar, tinha aquelas filas ignorantes – pois não sei o motivo delas.

Fiquei o maior tempão na fila. Pensei algumas vezes em desistir... ir em outro lugar, encontrar meus amigos. Mas pensei: também adoro sair sozinho e faz tempo que não fazia isso. Conversei com as gurias que estavam esperando comigo, estavam todas com frio. E eu como sou maior e estava com um moletom, fiquei protegendo-as do frio. O papo rolou solto. Conversamos, rimos e enfim. Confesso que no início elas não estavam muito abertas para conversar comigo. Mas aos poucos viram que eu não era nenhum louco assassino, quem sabe louco, mas não matador em série.

Entramos na boate. A música, a festa... tudo estava exatamente com eu gosto. A banda boa, o povo animado... não encontrei na primeira olhada ninguém conhecido. Dancei muito. Na turma que encontrei, dançamos, bebemos, rimos, contamos histórias pela metade, afinal muito coisa não pude entender e fazer com que me entendessem.

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Falei tanto de mim e de minha segunda-feira. Mas tudo isso, pra dizer, que vale a pena fazer algo diferente. Sair sozinho, curtir o pouco de quem você é de verdade. Se namorar, não querer se sentir feliz por causa de outrem. Assim, posso dizer que me sinto hoje, neste feriado que faz um friozinho bacana em Santa Maria e que para a minha graça – e também para o respeito aos consumidores – os mercados da cidade estão abertos neste feriado. Espero que vocês experimentem se divertir sozinhos, se permitam a conhecer novas pessoas, a sair em lugares fora do seu cotidiano e simplesmente aproveitar os momentos de êxtase que a vida nos proporciona. Para no seu cálculo de dias felizes ou tristes, você lembrar dessas ocasiões maravilhosas que lhe aconteceu e agradecer ao universo – ou o que sua fé determinar – a oportunidade de simplesmente se permitir.

domingo, 19 de abril de 2009

Tire suas calças!!!


Tudo começou com as correntes virtuais, aqueles e-mails chatos que recebemos até hoje, e que devemos passar de amigo para amigo. Depois de algum tempo e de muitas críticas que a internet iria reduzir o encontro das pessoas e distanciar cada vez mais o convívio entre nós, surge o movimento do Abraço Grátis. E a partir daí, outros tipos de correntes, que primeiro são lançadas e ganham adeptos pela rede e um dia se tornam reais, acontecem de fato.

Dia 16 (quinta-feira), o metrô de São Paulo ganhou a visita de um novo movimento. O flash mob (mobilização instantânea, do inglês) com o lema "Viva o conforto. Abaixo às calças". Você pode encontrar tudo sobre o evento no blog No Pants - São Paulo, umas fotos com comentários você pode encontrar o Papel Pop. Fica um vídeo também. E será que esse movimento vai pegar como o Abraço Grátis? Não sei não, mas se fizerem por minhas bandas - minha região - irei certamente, mesmo que não sei se tenho coragem para tal atitude.

E VIVA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO, AFINAL ISSO É ARTE!!!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Você pensa nos outros?


Conheço uma sábia mulher, que toda vez ao re referir sobre uma situação ou expôr simplesmente suas ideias, começa com o termo: Penso. Demorei algum tempo pra perceber que aquilo não fazia parte apenas de seu vocabulário, mas poderia ser considerado como algo presente em seu modo de lidar com a vida, tanto sua, quanto dos demais.

Incrível, em pleno contexto social em que nos encontramos, podemos encontrar alguém que é altruísta o suficiente para pensar que seus atos podem fazer mal aos demais. Na verdade, ficamos em dúvida quando presenciamos atitudes desse gênero. Uma outra amiga, diria que pessoas que não tem maldade não enxergam a maldade alheia. Quem sabe, uma forma tola, mas agradável de viver a vida, e com toda a certeza, que teremos muitas frustrações, ou melhor, precisaremos abdicar de muitas coisas.

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Hoje o meu dia não estava bom. Sabe quando tudo que você tenta fazer não resulta em nada. Quando você, literalmente não saí do chão! É!!! Dizem que nesses dias é que criamos suporte, força, carga e tudo o que mais precisarmos, para estarmos bem, em todos os sentidos, nos dias que estamos de bem com a vida.

Continuando, neste dia nada agradável, mudei meu rumo. Eu tenho pavor de faltar aula, ainda mais sem um grande motivo. Sinto culpa, sempre senti culpa por tudo, é uma das minhas grandes batalhas, quero me desvencilhar deste sentimento corrosivo. Então, não fui na aula, e saí jantar com uma amiga. Colocar o papo em dia e depois resolvemos ver um filme na casa dela. Até então normal. Depois das discussões sobre qual filme iríamos ver, afinal nossos gostos se diferem demais, acabamos optando por algo que não dávamos crédito nenhum, mas que seria o meio termo entre nossos dilemas cinematográficos – eu até disse que pelo menos teria uma ator que acho lindo.. eehehheh.

Nada Mais Que a Verdade (Nothing But The Truth) é um desses filmes muito bons, e que devemos assistir na vida. A história é de uma jornalista que publica em sua coluna uma informação secreta da Agência de Inteligência Americana. Ela vai presa e mesmo passando por maus bocados, não entrega a sua verdadeira fonte. A trama é muito boa, mas na minha classificação, e olhe que não entendo muito, a fotografia é um escândalo, certos momentos eu me esquecia que estava vendo o filme.

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Todas essas conclamações, claro que quero que vocês vejam o filme, senão não conseguiram entender o meu raciocínio – se é que tenho algum –; pois, pensar antes de dizer, e acima de tudo, ser alguém além de um ser humano, um indivíduo, ser um princípio, confundir os dois, é o que precisamos resgatar. Faço uma adaptação chula de uma frase que não recordo exatamente e que foi dita por Martín Lutter king. Ele dizia que o homem que não tem nenhum ideal não é digno de viver. Vale a pena assistir, vale a pena pensar antes de dizer... E será que vale a pena sofrer por uma causa que não é sua, ou para defender a mais fraca da história? Coisinhas pequenas, mas coloco como proposta para vocês pensarem.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Com quantos???

Com quantos você já ficou??? A resposta é algo individual e diz respeito a sexualidade de cada um, certo!? Essa é apenas uma possível resposta. De acordo com a antropóloga Mirian Goldenberg, essa resposta depende a quem perguntamos e em que contexto. Em suas pesquisas e também em sua vida cotidiana percebe que as mulheres tem um número específico de parceiros, no caso 3, e os homens tem números superior a 120 (engraçado e até irreal, digo a diferença).

Ficou confuso? Eu não!!! Temos a dificuldade em expôr a nossa sexualidade. Isso colocando o nós (como gays que querem casar e mulheres que querem casar). Por que precisamos manter, ou fazer de conta, que somos mais puros e assim temos o direito de conquistar o marido ou parceiro ideal?! Essa discussão é uma das que abrilhantou o programa Saia Justa de ontem. O programa fez 7 anos de encontros semanais, em que mulheres de destaque na mídia e na sociedade conversam, discutem, problematizam e dão a sua opinião. Hoje fazem parte dele Márcia Tiburi (que tanto comento no blog), Maitê Proença, Betty Lago e Mônica Waldvogel (a saia que está desde o início).

Pra comemorar, cada saia convidou outra mulher para conversar – vide o vídeo dos bastidores. Cada uma levantou pontos de vista sobre o papel da mulher e sua inserção na sociedade. Uma delas foi a já citada Mirian. Agora não poderia deixar de destacar as falas da Marília Gabriela. Ela coloca em discussão a felicidade. As saias a chamam de mulher que deu certo. Ela simplesmente responde que não deu certo, que nunca se preocupou em dar certo, que vive enfrentando dilemas, seja familiares, profissionais e pessoais. Marília diz não existir a felicidade, sim momentos de alegria e êxtase e momentos de total tristeza.

Num momento ela diz que quando está com problemas não faz esforço nenhum para guardar aquilo, declará-los aos amigos. E brinca com a idéia de saber com quantos já saiu: “Já perdi a conta”

Todas essas inscrições sobre o programa Saia Justa do GNT são válidas, não somente por estar de aniversário, mas por ele, mesmo eu não concordando com alguns posicionamento das ‘meninas’, acaba sendo o grande propulsor das discussões das mulheres e nesse eixo, acaba discutindo sobre toda a sociedade. Uma vez que entendemos a mulher com pertencente e tendo igual peso social.

Quero dizer, que além disso tudo, ele nos serve de exemplo, de como falar abertamente sobre sua vida, seus tabus e também os tabus dos demais num programa de televisão, e que isso pode dar certo. Que colocar a mulher no papel de dona da opinião é um direito. E claro, não poderia esquecer. Quando será que nós gays teremos a oportunidade de ver um programa nesse formato para nós? Revistas já temos, um grande avanço no Brasil. Quem sabe daqui uns anos, poderia discutir a tão mal falada promiscuidade dos gays, afinal como disse a Marília Gabriela (e eu repito pela segunda vez): “acho que perdi as contas”.


Os bastidores. As convidadas falando sobre as Saias....



Mônica fala sobre o programa


Alguns lugares para passear....

Site da Maria Adelaide Amaral - http://www.mariaadelaideamaral.com.br/

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Absurdos do nosso tempo

Uma organização em prol ao casamento, deixo claro, o heterossexual, fez um vídeo comercial para combater a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo em alguns estados dos EUA. Assista o vídeo e a tradução livre abaixo, mais informações no Mix Brasil.



- Uma tempestade está se formando.
- As nuvens estão carregadas.
- E os ventos são fortes.
- E eu estou com medo.
- Alguns dos militantes pelo casamento gay estão levando o assunto muito além dos casais gays.
- Eles querem se meter na minha vida.
- Minha liberdade será tirada de mim.
- Eu sou uma médica na Califórnia que deve escolher entre minha fé e minha profissão.
- Eu faço parte de uma igreja que Nova Jersey punida pelo governo, porque nós não podemos criticar o casamento gay.
- Eu sou uma mãe de Massachussets que não pode fazer nada contra as escolas públicas ensinarem ao meu filho que o casamento gay é OK.
- Mas alguns dos que militam pelo casamento gay não estão contentes com os casais gays vivendo como quiserem.
- Esses militantes querem mudar a maneira como eu vivo.
- E eu não terei escolha.
- A tempestade está chegando.
- Mas nós temos esperança.
- Uma coalizão arco-íris de pessoas de todas os credos e cores está se juntando no amor para proteger o casamento.
Visite Nation for Marriage.org. Junte-se a nós.

Ainda precisamos ouvir isso, ver que pessoas sentem-se ameaçadas por apenas, nós gays, estarmos lutando por nossos direitos. Por mostrar ao mundo que somos normais e que temos uma vida como a de todos os outros e portanto, podemos usufruir das mesmas coisas. Mas fica claro o medo que eles tem por estarmos conquistando, e as duras custas, este espaço. Será que eles são reprimidos, será que acham que gay é uma atitude passada por osmose??? Nem imagino o que passa na cabeça deles, mas na minha, eu sei: São uns verdadeiros ignorantes e acima de tudo, falam tanto em Deus e esquecem do sentimento maior pregado por grande parte das religiões, que é o RESPEITO.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Explicação

Para quem ler, quem sabe não entenderá exatamente o que estou dizendo. Por isso, vou explicar-me. Semana passada, como toda a turma que irá se formar, a minha promoveu a famosa Festa à Fantasia. Não sei se isso é costume em todo o Brasil, mas aqui no sul o povo já tem isso como algo pretencente a toda a celebração. Enfim, como era à fantasia e eu queria que tivesse haver com meu tema de estudo, brinquei um pouco com os Dzi Croquetes. Porém, quem esteve na festa não conhecia este grupo, e eu os perdôo, pois nossa educação não contempla atividades culturais e ainda mais, manifestações exóticas...

Então encontrei esse vídeo de uma reportagem vinculada em 2007 e que explica de uma forma fácil o que eram os Dzi Croquetes.


quarta-feira, 8 de abril de 2009

O fotolog do momento


Na segunda-feira quando possível, dou uma garimpada nos jornais do país, nos sites de notícias e tudo mais, um costume que educo ao longo do curso de Jornalismo. Depois com o blog, comecei a ver mais, ler mais, enfim, dar aquela zapiada (acho que é assim) com mais intensidade. Resultado, é que encontro coisas maravilhosas. Algumas vezes acabo nem postando, por estar em todos os sites, outras vezes, faço uma pequena observação - algo bem pessoal - sobre o fato, e em outras, apenas cito o acontecido.

Mas é isso aí. Este blog é para isso mesmo, foi esta a minha intenção. Quem sabe, Agustina Vivero, argentina de 17 anos também
tinha intenção semelhante quando criou seu fotolog (endereço na matéria abaixo). Derivado da masculinização de um ritmo latino, o Cumbio é hoje um fenômeno da internet entre os hermanos. Ano passado teve 36 milhões de acessos. O que tem demais? A vida, o cotidiano, as festas - o que não é nada diferente de outras páginas pesoais - da vida de uma jovem que é assumidamente lésbica.

Ahh! Quem sabe aqui que achamos a diferença. O fotolog congrega esse exótico social e muitas pessoas se identificaram com ele, transformou Augustina em uma super Pop Star. O que ela acha disso? "Nada demais, aconteceu." Mas o que nós achamos disso? O que está por trás? Além do ponto de encontro e a identificação, gostamos, temos a curiosidade de saber, de ver como é. esse desconhecido mundo (vide The L Word). E outra, as fotos são boas. Ingredientes suficientes para uma massa jovem que cada vez mais procura na internet uma forma de se relacionar, ou melhor, abrir o leque de possibilidades para relacionamentos, sejam amorosos ou futuras amizades.

Enfim, deixo o texto da Folhateen de segunda-feira (06/04) para vocês!
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Cumbio

Celebridade aos 17, flogueira lésbica argentina escreve autobiografia e lidera levante de 2.000 jovens em shopping

EVAM SENA
IURI TÔRRES

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

www.fotolog.com/cumbio. Você já acessou esse site? A dona é Agustina Vivero, de 17 anos. A garota é celebridade na Argentina, capa das principais publicações hermanas, com direito a perfil no "New York Times". Ela já estrelou comerciais e foi sondada para ser deputada. Agustina ganha dinheiro aparecendo em baladas e postando fotos.

Se você perguntar a um portenho o que Agustina faz, ele responderá: "nada, ela só tem um fotolog". E foi assim que Cumbio, como prefere ser chamada, ganhou fama. O "nickname" vem da paixão pelo ritmo latino cumbia.

Pelo fotolog, Cumbio fez muitos amigos. A casa de seus pais virou refúgio e ficou pequena para o grupo, que migrou para o shopping Abasto. Quando os encontros começaram a reunir até 2.000 adolescentes, o lugar resolveu barrar a entrada deles. A garota andrógina, lésbica assumida, chamou a atenção da mídia ao liderar o movimento de resistência dos flogueiros.

Depois, Cumbio foi personagem de uma campanha da Nike que buscava tipos urbanos reais. A imagem de Agustina, com seu cabelo colorido e milimetricamente fora do lugar, rodou a Argentina. Só em 2008, o fotolog da garota recebeu mais de 36 milhões de visitas, tornando-se um dos sites mais visitados do país.

Entre as aulas na faculdade e a atualização de dois fotologs, Cumbio conversou com o Folhateen. A garota conta que, apesar da fama, leva uma vida normal. "Moro com meus pais e namoro há um ano", explica. "Quero ser jornalista e apresentar um programa de entrevistas voltado a jovens."

Os fotologs de Cumbio despertam amor e ódio. Enquanto os fãs deixam comentários como "Cumbio é minha vida", há quem até deseje sua morte. "Não dou bola. São pessoas que não têm o que fazer", minimiza.

Sobre a autobiografia, "Yo, Cumbio" (ed. Planeta, 216 págs., sem edição brasileira), ela é direta: "Perguntaram se eu teria algo para contar, e respondi que sim, obviamente". A publicação descreve a trajetória da flogueira e fala sobre família, sexualidade e política.
Celebridades de internet vêm e vão, mas ela parece não se importar. "Nunca procurei a fama. Se terminar, as fotos vão ficar, eu vou rir e nada mais."

terça-feira, 7 de abril de 2009

Ouvi falar!!!

No sábado (04/04), São Paulo recebeu a primeira edição da Skol Sensation. Uma festa eletrônica, pelo que me parece, com uma ótima estrutura. Os baladeiros deveriam se vestir de branco, até para dar o clima com a estrutura da árvore central. Agora, o que pouco gente esperava, quem sabe os organizadores nem se deram conta, é que a festa fosse abrigar tanta diversidade. O site Mix Brasil chegou a afirmar que em alguns conglomerados poderia se sentir na The Week. Você pode ver no comentários desse vídeo postado pela equipe organizadora da festa cheia de sensações.




Skol Sensation: Beldades from Skol on Vimeo.

Bem sutil

A segunda maior montadora japonesa, a Honda, abre caminho no enfrentamento do preconceito, ou melhor, vai em busca de novos clientes (acho essa lógica a pensada por eles). Isso vem sendo mostrado sutilmente também pelos comerciais da Coca-cola e outras gigantes globais.

Confira!

O comercial da Honda mostra modelos de diferentes famílias (mas é bem sutil).




O comercial da Coca-cola traz a ideia de um mundo novo, não sei onde passou este, mas encontrei ele no Youtube e já tinha visto em trabalho acadêmico de análises de discurso.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Coisas erradas

Penso, logo existo! Mas até quando pensar somente nos torna real. Até que ponto somos aquilo que pensamos. Até que ponto fazemos aquilo que desenhamos em nossas mentes. Alguns autores afirmam que não sabemos comandar nossos pensamentos, e acho que eles estão certos.

Ontem mesmo disse o que jamais um amigo deve dizer a outro. Mesmo eu achando que tenho razão, não era o meu papel falar aquilo, não naquele momento. Colocamos de uma maneira tola, em meia dúzia de palavras uma amizade engrandecedora, uma relação maravilhosa. Por quê? Eu penso (me referindo ao pensar do início) que buscamos o tempo todo estragar tudo. Seja conosco mesmo, seja com os nossos familiares, amigos e claro, nossos relacionamentos. Sabemos que não devemos fazer aquilo, mas, vamos lá e fazemos.

Algo inesplicável, acho que não! Somos seres humanos e estamos a todo instante fazendo coisas erradas. Pedir desculpas as vezes não serve, tentar reparar é ainda pior. Eu sinceramente não sei o que devo fazer. Esperar, afinal o tempo é a arma dos convardes ou dos sábios? Também não sei. Só sei que sou assim!

Mil desculpas....

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Ele é o cara

Enquanto os 20 países mais influentes do mundo discutem sobre as possíveis mudanças e apoios para o enfrentamento da crise econômica mundial, quem ganha espaço e até destaque é o nosso criticado presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Ontem à noite, no programa Saia Justa do GNT, as saias discutiam a postura do presidente Lula no seu discurso com o primerio ministro britânico, Gordon Brown, onde culpou os países desenvolvidos de protecionismo e da mediocridade que sempre olharam os países em desenvolvimento. No caso, o Brasill seria um deles também. Lula afirmou ainda, que essa postura se deve a sua nascença sindical, quando ia contra o governo e os empresários, agora enquanto presidente do Brasil, critica a posição dos maiores detentores do poder.

Ao contrário de Gordon Brown, as saias nos colocaram em baixíssimo nível. Digo isso, pois, ao afirmar a incapacidade de nosso presidente, estamos nos equiparando a ele. Quer dizer, eu não me considero inútil e muito menos idiota o suficiente para não entender o que está acontecendo no mundo. Não tenho os conhecimentos teóricos que a Márcia Tiburi, a Mônica tem, também não conheço o mundo todo com a Maitê e fiz passeios como a Betty; mas afirmo, sem sombra de dúvida, que se nosso presidente ganhou duas eleições e está se mostrando respeitado no mundo, por inúmeras atitudes - não apenas pelo sistema econômico - quer dizer que estamos em um novo tempo.

Geralmente quando alguém pertencente as mazelas sociais ganha o poder, seja um sindicalista, uma mulher, ou um gay, a sociedade inteira, independentemente da intelectualidade e conhecimentos individuais, critica. O tapa de luva da vez foi a declaração de Obama, agora a pouco na reunião do G-20: "Este é o cara", referindo-se a Lula.


quarta-feira, 1 de abril de 2009

A Liga contra o preconceito



O Grupo Gay da Bahia fez essa a campanha com a Liga da Justiça com roupagens específicas para os gays em 2001. A paródia realizada pelo artista/cartunista Hector Sallas foi exposta em cartazes e em postais da Bahia. Agora está disponível na internet. No site da GGB você encontra também o verso do postal, para quem quiser imprimir...

Muitos comentários sobre a campanha estão no site do Mix Brasil. Não acredito que satirizar é uma má maneira de combater a homofobia. Enfim, dessa vez não interessa tanto a minha opinião. Digam vocês.

Sempre tive curiosidade também

Clique em Full Screen para poder ler.... o meu blog possui margens reduzidas...
Vale a pena!



Significado da Bandeira LGBT - Free Legal Forms

Além da guerra

Nunca concordei com a Guerra do Iraque, algo motivado por interesses capitais, seja do Bush, seja do falecido Saddam Hussein, não me interessa. Sempre fiquei antenado nos acontecimentos, pois odeio mesmo é estar alienado. Mas tem coisas que aconteciam no Iraque que só ficamos sabendo depois dessa "guerra".

Claro, que não podemos esquecer a cultura muçulmana, desrespeitar ela. Mas mesmo ela deveria fazer com os Direitos Humanos. Acabei dar uma zappiada pelos sites de notícias e encontrei uma chamada: Iraque inicia a execução de homossexuais.

Sorte, destino, não sei. Aqui no Brasil, a princípio, não corremos este risco. Entretanto, enxergar as atrocidades que são realizadas por motivos tolos, por acharem que ser homossexual está ofendendo um Deus que não conhecemos, que não nos conhece e que nem sabe o quê e quem somos? Cada um tem o direito de manter a sua fé, mas sou da premissa, a fé é algo interno, não diz respeito a ninguém.

Claro que daí entraria também nos homens bombas que só o fazem por acreditarem que estão se elevando. AHAHAHAH; eu preciso gritar, mesmo que seja no meu blog, pois não suporto a idéia de deixar irmãos meus, e ainda mais homossexuais, morrerem simplesmente por isso.

Lutar pela direito da regulamentação da minha profissão - o Jornalismo - fica algo muito superficial e até injusto, quando vemos pessoas morrendo por serem o que são. Claro, que temos essa notícia publicada em poucos jornais aqui do Brasil, mas um pequeno motivo que tenho em acreditar que essa regulamentação não deva considerar apenas o diploma. Me desculpem, meus amigos: é isso que eu penso.

Fico indignado!


Olhos atentos