terça-feira, 21 de abril de 2009

Um permitir necessário

Acordei às 8h e começou a minha segunda-feira (20/04/2009). Pré feriado, mas eu estava de feriadão literalmente. Mesmo assim teria um compromisso que ocuparia a manhã toda. Lá fui eu. Me liberei somente ao meio-dia. E disse a mim mesmo que iria aproveitar aquele lindo dia.

Liguei para uma amiga, fomos almoçar. Eu queria ver algumas coisas, e minha amiga também. Ficamos a tarde toda, de loja em loja, massageando os nossos egos em plena segunda-feira, da última dezena do mês. O povo fala o tempo todo em crise, mas eu não vi isso ontem, não. Todas as lojas, independente do tamanho, estilo ou valor, estavam cheias. E não era gente só olhando não. Tinha muita gente comprando e pagando. Filas imensas nos caixas. Claro, que é preciso deixar claro que estamos no Rio Grande do Sul, e que nos primeiros frios o povo todo se alvoroça e sai comprar casacos, sapatos, um pouco de tudo para espantar o frio.

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Fui pra uma festa de aniversário de noite, e depois tinha combinado com outras amigas para sair. Tínhamos combinado e tal. Mas o interessante é que acabei indo pra boate combinada, e liguei para as minhas amigas, e, a surpresa: estavam em um bar pois na boate seria difícil de entrar, tinha aquelas filas ignorantes – pois não sei o motivo delas.

Fiquei o maior tempão na fila. Pensei algumas vezes em desistir... ir em outro lugar, encontrar meus amigos. Mas pensei: também adoro sair sozinho e faz tempo que não fazia isso. Conversei com as gurias que estavam esperando comigo, estavam todas com frio. E eu como sou maior e estava com um moletom, fiquei protegendo-as do frio. O papo rolou solto. Conversamos, rimos e enfim. Confesso que no início elas não estavam muito abertas para conversar comigo. Mas aos poucos viram que eu não era nenhum louco assassino, quem sabe louco, mas não matador em série.

Entramos na boate. A música, a festa... tudo estava exatamente com eu gosto. A banda boa, o povo animado... não encontrei na primeira olhada ninguém conhecido. Dancei muito. Na turma que encontrei, dançamos, bebemos, rimos, contamos histórias pela metade, afinal muito coisa não pude entender e fazer com que me entendessem.

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Falei tanto de mim e de minha segunda-feira. Mas tudo isso, pra dizer, que vale a pena fazer algo diferente. Sair sozinho, curtir o pouco de quem você é de verdade. Se namorar, não querer se sentir feliz por causa de outrem. Assim, posso dizer que me sinto hoje, neste feriado que faz um friozinho bacana em Santa Maria e que para a minha graça – e também para o respeito aos consumidores – os mercados da cidade estão abertos neste feriado. Espero que vocês experimentem se divertir sozinhos, se permitam a conhecer novas pessoas, a sair em lugares fora do seu cotidiano e simplesmente aproveitar os momentos de êxtase que a vida nos proporciona. Para no seu cálculo de dias felizes ou tristes, você lembrar dessas ocasiões maravilhosas que lhe aconteceu e agradecer ao universo – ou o que sua fé determinar – a oportunidade de simplesmente se permitir.

2 comentários:

du disse...

.eu ainda tenho sérios problemas em me permitir arriscar uma noite sozinho por ai....

.abraço

@_-¯Cristiano Quaresma¯-_@ disse...

Não venho elogiar suas entrelinhas...
Estas dizem por si só... ahh se dizem!
Venho elogiar sua textualidade em apresentar suas idéias cognitivas. Não conheço seu intelécto, nem tampouco sua formação acadêmica, mas creio que, ao final, com rugas de expressão apontando para sua bagagem de conhecimentos, viverás do sucesso de sua textualidade filosófica...
Parabéns!!
NAMASTE!!

Olhos atentos