sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Agora sim: "Começou 2009"

Na vida coisas são incríveis. Nunca sabemos sequer o que nos estimula a pensar tais coisas, já para outras os estímulos são fáceis, previsíveis, instantâneos. Não diria instintivo, mesmo que possa parecer. O preconceito, a indiferença são esses sentimentos, essas ações humanas, que podemos administrar e que portanto, seriam situações que poderíamos deixar de lado em nossa curta viagem por esses trilhos maravilhosos.

Eu estou fora do blog (desde do dia 19 de dezembro) com intensidade rotineira; e, neste período em que fiz minhas férias, usei do meu ócio para observar a esfera em que vivi minha infância. Algo que não tinha feito com esta intesidade, e ainda não a que desejo. Verifiquei comportamentos que não percebia antes, devo dizer até por nos usarmos das mesmas técnicas de olhar e não enxergar.

Nesta colcha de retalhos de quem volta enlouquecidamente de como disse a Luiza, do carnaval, e de quem volta do ócio, como eu assumo que estive, constato somente que o preconceito, seja de qual vertente for é o que mais marca, é o mais fácil julgamento, é a justiça mais insolidária que existe. E é também a maneira que encontramos para achar que conseguimos comandar nossos pensamentos, já que o contrário disso, o amor incondicional é passível de desgastes, cansaço e muitas dores de cabeça. Aceitar ao outro, se entregar com o outro, fazer pelo outro, é ainda o que falta neste mundo.

Campanhas são feitas em prol da paz, do amor ao próximo, mas o botão do julgamento instantâneo - preconceito - é ativado a todo instante.

Como disse a aninha (amiga e também blogueira). Esta é uma boa campanha publicitária, pois brinca de forma agradável com isso!



Uma reflexão antes do carnaval


Em meio a livros e folhas jogadas e em frente ao meu pc eu me pego a pensar que amanhã a essa hora estarei bebendo freneticamente. Se hoje eu refletia sobre coisas sérias, ligadas ao subdesenvolvimento, amanhã não. Amanhã eu darei folga disso. De amanhã até quarta-feira da semana que vem. Minhas idéias serão todas sobre frivolidades e meus neurônios nadarão em cevada. Nada de pensamentos sérios, de assuntos sérios. A ordem diária será DESCANSAR. E aqueles problemas sobre os quais eu reflito hoje serão coisa deixável para o dia seguinte e isso mesmo que eu não tenha encontrado solução para eles. Continuaremos todos subdesenvolvidos, pessoas seguirão morrendo de fome, outras sendo espancadas e exploradas e escravizadas pelo país afora. Mas, enquanto tudo isso e muito mais tragédias acontecem, eu, euzinha estarei me esbaldando no mar com uma lata de cerveja na mão. Milhares de trabalhadores se afundarão na bebida, também. Por quatro dias (menos ou mais) seremos todos (ressalvadas as exceções) felizes como nunca. Gastaremos nossa quota de felicidade anual? Na quinta-feira (conto com um super feriado de carnaval que, aliás, nem é feriado), voltaremos todos ao quotidiano enlouquecedor, angustiante e todos aqueles problemas esquecidos serão re-lembrados. E terão, por isso, solução?

Será que Deus é brasileiro porque nos deu um carnaval assim, que dá pra esquecer de tudo? América Latina, sempre tão colorida, sempre tão lunática e problemática. Mas sempre tão alegre, será o subdesenvolvimento colorido e alegre e ‘caliente’?

Bom, mais uma nota do realismo fantástico, prestes a acontecer!

Tenham todos um bom carnaval. Deliciem-se no pão e circo, porque na quinta-feira, a vida volta ao normal. Não seremos nem mais nem menos alienados por termos passado quatro dias foliando.

Deveria ter sido postada antes do carnaval, porém, por não ter perdas em seu significado considero válido.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Conversas

Sempre coloco no blog coisas minhas, coisas que falei com amigos e amigas e tal. E não poderia ser diferente hoje. Confesso que estou totalmente em férias, quer dizer, não estou me dedicando nadinha para atividades que possam envolver qualquer desgaste, curtindo como disse esses dias, o ócio total.

Fora isso, continuo fazendo algumas festas (e não são apenas algumas, para ser mais exato). E durante esses encontros sociais a gente fala sobre assuntos singulares e digo mais, assuntos que são tratados entre amigos enquanto estamos com um baixo domínio de nossa consciência e uma liberação enorme de desejos do inconsciente (espero que tenham entendido). Nesses assuntos surge tudo que você possa imaginar. Coisas sérias, intelectualidades até, mas acima de tudo, se fala naquilo que mais certa a vida de jovens, não apenas de idade, mas pessoas com mentes jovens, o tal dos relacionamentos, o tal do amor.

E é engraçado que falar de amor, em dias normais, em situações normais, sem nenhum tipo de alteração, a conversa fica chata, e ao terminar sentimos um peso gigante sobre nossos ombros. É uma atitude não muito interessante de se fazer, a não ser quando for no analista. Mas, falar sobre isso enquanto o som está muito alto, enquanto o álcool está efervescente na cabeça é tranquilo, é relaxante.

Quem sabe é aí que está uma diferença que venho notando das personalidades das pessoas que me rodeiam. Quem trata de assuntos do amor em mesas de bares e boates é despojado, geralmente mais alegre e tal e, quem, leva esses assuntos a sério, geralmente é mais triste, mais depressivo.

Não quero de jeito nenhum incentivar o uso de álcool, mas que durante uma festa é bom falar com amigos (os poucos que temos) e rever o a nossa vida, nossos amores de uma forma despojada. Afinal, envelhecemos a cada segundo, e nos pré-ocupar com coisas tolas não nos levará a nenhum lugar. Poderíamos sim, aproveitar esse tempo precioso para conversar com as pessoas que mais amamos, os nossos amigos. Não importa o assunto, a situação, enfim, conversar sempre é bom e revitalizante.

Abraços e boa conversa!

Olhos atentos