domingo, 30 de novembro de 2008

Na dúvida - aproviete!

Balada. Um palavra que expressava um gênero poético, depois uma canção pop com ritmo lento, e agora utilizada como adjetivo para festas, noitadas... As baladas são muitas. Em Santa Maria mesmo, pode-se escolher por estilos musicais, grupos específicos e outras determinações. Mas o que interessa numa balada. A música?; o lugar?; ou os alvos?

Qual é a prentesão de quem sai a noite? Se divertir, ou caçar - entende-se como ato de procura de parceiro(a). Nem eu tenho a resposta para as minhas badalações. Claro que na maioria das vezes há uma mistura. Buscamos dançar, conversar, olhar, conhecer o príncipe encantado, ou simplesmente conhecer uma boca nova para beijar.

Esses aspectos todos são desprezados por muitos. Estava essa semana conversando com um amigo sobre 'aproveitar a vida'. Ele me dizia que ele aproveitou pouco, mesmo jovem, não saiu e nem sai para balada, costuma trabalhar, namorar e ponto final. Seus objetivos estão focados num futuro promissor: comprar um apartamento, constituir família. Do contrário, não que eu não queira tudo isso, meu foco está em me divertir. E então passamos a analisar o que é melhor. Quem tinha razão ou não. Ele me falou do medo que tinha de um dia olhar para trás e ver que poderia ser diferente, poderia ter saído mais, dançado mais; quase um epitáfio. Eu fiquei chocado, nunca tinha pensado nisso. E falei que eu poderei me arrepender de não ter me focado no futuro, de me preocupar somente com o presente.

Depois de mais de duas horas de conversa chegamos a conclusão, que seria óbvia desde o princípio, que esse 'aproveitar' é muito subjetivo. O que é bom pra mim pode ser péssimo para você. E sem maiores conclusões, penso que festejar a vida, seja sozinho ou com muitos amigos ainda é o melhor remédio para a alma. E só para lembrar quinta-feira passada (27/11) era Ação de Graças, e quero dedicar este post para agradecer os amigos que conheci este ano, e coragem determinante em algumas decisões. Shalommmm!

sábado, 29 de novembro de 2008

Você sabe o que é estar só?


Passar noites seguidas de sexta e de sábado sozinha e procurando alguém que lhe procure. Procurando e-mails que nunca chegam e nunca chegarão. Brigar com o famigerado orkut por descobrir que ele é incapaz de resolver a sua falta de companhia, os seus complexos de inferioridade, de importância, de auto-afirmação? Olhando fotos de um passado que nunca mais voltará e se perguntando: “como me deixei mudar tanto?”. Tentar se salvar do abismo da solidão, sair com a suposta nova turma e constatar que você é um peixe fora d’água?

O que você sabe sobre projetar histórias de amor que nunca acontecerão? Suspirar por uma pessoa que lhe vê todos os dias, mas não lhe percebe? O que você sabe a respeito de se empenhar para lhe amarem e no final você se dar por conta de que as pessoas acabaram por amar os seus esforços e não você? O que você sabe sobre se sentir sem chão, sem ar e não ter ninguém para lhe abraçar, pra lhe dizer “vai passar”. A frase mais banalizada em matéria de ombro amigo. Ao mesmo tempo em que só que não pode mais contar com ela entende o quanto ela é perfeita em essência. O que você sabe sobre todos a sua volta serem os melhores e você não ser nem a melhor em nada, nem ter ninguém e viver num mundo à parte, com projeções, esperanças, desejos de reencontros e de reconciliações. O que você sabe sobre não saber conquistar alguém? Sobre não conseguir tirar a casca que lhe encobre e mostrar as pessoas que sim, você é legal, só não consegue se fazer valer?

O que você sabe sobre viver flutuando sem encontrar um ponto?

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Atitude de mulher

Para quem anda acompanhando a novela A Favorita da Rede Globo imagina o tema que irei abordar dessa vez. Catarina, mãe de dois filhos, uma adolescente grávida e o um menino totalmente revoltado com a figura do pai carrasco. Na pequena cidade surge uma mulher bonita, e que abre um restaurante de comida caseira, seu nome é Estela.

Entre as muitas brigas de Catarina e seu marido ela decide aceitar o convite e trabalhar com Estela. A história vai se desenrolando até chegar o dia em que Leo (Leonardo) marido de Catarina fala no bar para todos ouvirem que Estela é lésbica. O restaurante que antes era sucesso cai no desagrado. Tudo parace se voltar para ela e para a Catarina. Rola buato que as duas andam 'trocando figurinhas'.

Depois o Domenico começou a ser alvo de preconceito na escola. Catarina forte, enfrenta tudo que diz respeito ao desrespeito daquela gente. Ela argumenta a todo instante que antes de saberem que Estela era lésbica o restaurante era visto com bons olhos, assim como a sua dona. Ela pergunta para as pessoas qual é o problema.

Tenho que parabenizar o autor da novela, João Emanuel Carneiro, está tratando do tema muito bem. Posso dizer que a questão do Orlandinho também ganhou uma roupagem diferenciada, pois conheço muitos que escolheram viver como ele, escondidos em casamentos, namoros e baladas. Não sei se isso é uma questão psicológica ou apenas auto-defesa, mas colocar isso na tela da Globo para as pessoas poderem tirar suas conclusões ou apenas se incomodarem com o fato, já é de grande valia para um país e uma sociedade que está longe de aceitar o homossexual, o diferente, o exótico.

No entanto, a personagem Catarina que começou a novela fraquinha, sem auto-estima e sem nada, poderíamos dizer, no capítulo de hoje mostrou que além do preconceito está a vontade e a amizade. Vontade em buscar a liberdade e amizade por devolver a Estela a luz que um dia recebeu. Não me importo se as duas ficarão, o que me importa mesmo é que as discussões do ser homossexual. A novela está quebrando barreiras e arquétipos.

Um vídeo da atitude de Catarina:



quarta-feira, 26 de novembro de 2008

É o que eu desejo

Indo na onda da Luiza, também quero falar de desejos. Mas quero aqueles banais, básicos; aqueles que não nos custam caro. Afinal, as pessoas mais felizes que eu conheço são aquelas que vivem com pouco - comparação ao sonho consumista de ter.

Tem um comercial muito bacana de um chinelo que também trabalha com o desejo e acredito que se inspiraram neste poema de Drummond. Entretanto, tiveram uma grande sacada e que irei usar aqui: "Desejo o dobro pra você". Degustem esse poema maravilhoso...



Síntese da felicidade (Carlos Drummond de Andrade)

Desejo a você

Fruto do mato

Cheiro de jardim

Namoro no portão

Domingo sem chuva

Segunda sem mau humor

Sábado com seu amor

Filme do Carlitos

Chope com amigos

Crônica de Rubem Braga

Viver sem inimigos

Filme antigo na TV

Ter uma pessoa especial

E que ela goste de você

Música de Tom com letra de Chico

Frango caipira em pensão do interior

Ouvir uma palavra amável

Ter uma surpresa agradável

Ver a Banda passar

Noite de lua Cheia

Rever uma velha amizade

Ter fé em Deus

Não Ter que ouvir a palavra não

Nem nunca, nem jamais e adeus.

Rir como criança

Ouvir canto de passarinho

Sarar de resfriado

Escrever um poema de Amor

Que nunca será rasgado

Formar um par ideal

Tomar banho de cachoeira

Pegar um bronzeado legal

Aprender um nova canção

Esperar alguém na estação

Queijo com goiabada

Pôr-do-Sol na roça

Uma festa

Um violão

Uma seresta

Recordar um amor antigo

Ter um ombro sempre amigo

Bater palmas de alegria

Uma tarde amena

Calçar um velho chinelo

Sentar numa velha poltrona

Tocar violão para alguém

Ouvir a chuva no telhado

Vinho branco

Bolero de Ravel

E muito carinho meu.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

“Basta ser sincero e desejar profundo”


Essa frase, na realidade verso, da música ‘Tente outra vez’ do Raul é cheia de conotações, transversalidades. Nos últimos dias a vi, a mentalizei tal qual um mantra, tal qual uma prece. Nossa mente é muito poderosa, cada vez mais eu me assevero de que nossos desejos são mais do que simples devaneios. Bem verdade é que não basta ficar no pensamento positivo, isso seria contra um desejo muito maior, que todos deveriam ter por sinal, que é o de viver.

Esse verso me lembra um trecho muito conhecido de um livro do Paulo Coelho - “Quando você quer alguma coisa, todo o universo conspira para que você realize o seu desejo”, aliás, ele era parceio do Raul nas composições. Detesto Paulo Coelho, acho-o uma verdadeira enganação, seus livros são auto-ajuda romancezada e me compadeço daqueles que SÓ O LÊEM. Pior, que o defendem...
Mas, voltando ao tema. Sim, nada acontece se não o quisermos. É preciso desejar o que queremos, é preciso se imbuir de uma atmosfera positiva que nos acalente para realizar nosso querer. Pessoas felizes são crentes naquilo que almejam, são crentes na vida. Nada de bom pode acontecer por simples arranjo de planetas, de luas astrais. NÓS precisamos nos tomar conta de vontade, de bondade para realizar o que desejamos.

Realizar. É a esperança (e que palavra bonita essa) de todos nós quando o ano se inicia. Um novo ano, uma nova grande oportunidade de fazer tudo melhor. Promessas, planos, metas... Alguns ficam no papel outros se realizam. Que nesse ano nossos desejos, quereres ganhem vida, tenham conotação real, enfim, saiam do papel e deixem de ser planos inconclusos.

Mentalize, reze, sorria, abrace, ame, acredite. Afaste-se da negatividade, porque meus caros: “Basta ser sincero e desejar profundo”. Reflita sobre cada palavra desse verso e talvez você concorde comigo que ele tem a força de um mantra, de uma oração. Contagie-se de coisas boas, o mundo está abarrotado de pessoas do mal, não seja mais um.

DESEJE COM FÉ, COM AMOR. Tudo de que precisa está dentro de você. Levante-se e continue a vida!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Colaborando com a cultura!

Confesso, é um tanto pornográfico, mas é real. Tem essência, e por isso a escolha de colocar no blog que tem a pretensão de ser sério, mas não careta e muito menos chato. Dizem que sexo vende, mas aposto que os idealizadores do curta-metragem brasileiro 'Noturno' não tiveram essa intenção.

Mostrar o cotidiano gay, com o olhar de aprensão. No curta, tudo começa com um olhar, mas a grande sacada é a relação do gay com o cara não assumido - classificaria dessa forma. Assistam; vale a pena!


domingo, 16 de novembro de 2008

E sobre casamento gay...

Não poderia deixar no mesmo post. Afinal somos os que ainda sofremos com isso. Não temos esse direito, e enfim, acredito que teremos um dia. Até lá, tem uma cena linda de uma cerimônia de um casamento gay, do seriado 'Brothers and Sisters'.

Confira:


Será que acabou?

No estado da Califórnia, nos EUA, havia uma lei que regulava o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Nas últimas semanas isso mudou. Gerou polêmica. A Igreja, como sempre, começou a dar seus 'pitis' e tal. Só pra citar, disseram que irão fazer testes psicológicos com os futuros seminaristas, e que então, à partir disso, desclassificarão jovens com quaisquer traços que detectarem de homossexualidade.

Me digam, qual é o motivo de dizer publicamente que irão fazer isso. Por que simplesmente não fazem e pronto? Por que a Igreja adora intimidar? Olha, não sou tolo a tal ponto, sei dos motivos não aparentes e da necessidade de reafirmação como entidade sacra. Mas, foi ela que colocou o sexo como algo terrível e por causa dela, muita gente carrega esse peso. É só falar com seu tio mais velho, quem sabe seu pai; todos eles fazem, mas jamais vão falar abertamente sobre ele. Alguns pulão cerca, inclusive, mas jamais deixarão sua mulher falar com as filhas quase adultas sobre as maneiras de evitar a gravidez. O resultado todo, sabemos, os filhos fazem e acontecem e acabam não se cuidando e pior, não sabem lidar com sua sexualidade como algo natural e sadio.


Tentando não perder o foco, sobre casamento, seja ele gay ou não. Na semana passada fui perguntado sobre o que eu acho da cerimônia de casamento, e se, como futuro jornalista, que concepções eu teria. Então, respondi, que mesmo alguns afirmando que a família está acabando - esses alguns são pessoas desinformadas, geralmente pertencentes a alguma entidade religiosa ou coisa do tipo - o casamento é, e, quem sabe será, cada vez mais freqüente. E digo, o cerimonial e não como apenas um papel assinado que diz e afirma direitos, e não estabelece o laço afetivo.

- Por quê? - Me perguntou.

Respondi com entusiasmo.

Por que as pessoas enchem de fotos seu álbum no orkut. Por que as pessoas criam my space, hi5 e outros mil codinomes que eu nem lembro e alguns e nem sei. É a situação. Estamos vivendo numa sociedade em que há a necessidade de se mostrar. Quer dizer, isso sempre existiu, apenas agora temos os meios facilitados para isso. Antes as pessoas casavam e festejavam com seus familiares. Hoje isso continua, mas além disso se coloca em revistas, em blogs, em orkuts, etc. E se casa quantas vezes se acha necessário para encontrar a pessoa ideal. O casamento continua sendo uma cerimônia pública pra dizer que você ama alguém e acima de tudo, que alguém também está te amando, ou qualquer outra coisa.

Acredito que nunca iremos acabar com essa cerimônia, mesmo que muita gente vai morar junto e nunca mais pense em comemorar essa união com outros, ainda assim nos casaremos e tentaremos ser 'felizes para sempre'.


Fome?


Todos somos iguais e livres perante à lei. A toda população brasileira cabem direitos humanos, que são interdependentes e inter-relacionados. Acesso à saúde, à educação, à alimentação, à terra, à renda, ao trabalho, são relacionados ao exercício da cidadania pela liberdade de expressão, de associação.

Portanto, num mundo ideal, toda a população brasileira, latino-americana, africana deveria estar alimentada, educada (em processo de). Não é preciso ser muito afeito à leitura de artigos especializados para saber que esse arranjo não existe no mundo subdesenvolvido, especialmente.

E de quem é a culpa? Bom, simplista seria indicar um ente para assumí-la. Mas certo é que se trata de um conjunto de fatores e fenômenos bem relacionados e articulados que se especializaram em ganhar em detrimento de outros povos. Transnacionais alimentares, organizações multilaterais – OMC, FMI, Banco Mundial, inserção periférica das economias subdesenvolvidas na economia mundial.

A fome é um reflexo de inacessibilidades crônicas, de descasos. Embora exportemos volumes consideráveis de produtos agrícolas, parte de nossa população está à míngua. E como escreveu Galeano em Veias Abertas da América Latina: “El latifundio integra, a veces como Rey Sol, una constelación de poder que, para usar la feliz expresión de Maza Zavala, multiplica los hambrientos pero no los panes.[…] Los latinoamericanos que producen, en jornadas de sol a sol, los alimentos, sufren normalmente desnutrición: sus ingresos son miserables, la renta que el campo genera se gasta en las ciudades o emigra al extranjero”.Abocanham-se nossos pães, os pães dos povos. A autodeterminação dos povos é pisoteada pelos oligos: oligopólios, oligarquias. Mas, a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação/Nutrição) brindou os governos latino-americanos com as Diretrizes Voluntárias, material com instruções aos governos para realizar progressivamente o direito humano à alimentação.

Assim fica mais fácil, não? Vamos elaborar e implementar uma lei que instaure a proibição de nossos povos passarem fome, porém sem desmantelar toda a estrutura de poder, de exploração que os mantêm famélicos.

A partir de agora esse tema será recorrente na minha coluna nesse adorável blog.

sábado, 15 de novembro de 2008

Planos: chega!!!

Sexta-feira. Dia quente, e eu com meus planos todos acabados. Iríamos comemorar, o grupo das BÉééé!, o aniversário de um amigo. No entanto, ele foi visitar o seu namorado, então pensei, acabou meu final de semana. Fiquei triste Pacas no início, depois propus para o pessoal a nossa ida no bar, mesmo sem o aniversariante, depois eu já queria sair e fazer festa.

Então, acabou que fomos para o bar. Sentamos na calçada, bem coisa de verão. Isso me lembra amigos, conversas bacanas. E a nossa foi. De primeira, com o chegar da maravilhosa lua cheia começamos a conversar, comer e beber. Passava gente, passava carro. Chegou um grupo de rapazes na mesa ao lado. E tudo continuou normal.

Agora, o que não estava normal era eu. Nem estava pensando na decepção do final de semana, já que nos meus planos ele estaria completo de festa e amigos. Outra vez, paro e me pergunto - adoro dizer isso - por que temos essa imensa necessidade de auto-afirmação social: precisamos sair sempre, ter muitos amigos, estar sempre rindo, etc. etc. e tal. Penso que nos tornamos um tanto sem graça, e tenho certeza que muito egoístas. Queremos nos sentir bem nas custas de alguém, seja a pessoa amada, os amigos, ou quem for.

De planos e conversas furadas todos devem estar cheio, mas prometo; irei falar do mundo que me interessa, do mundo que ainda choca... Até a próxima postagem.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Meu desejo!

Eu vivo indignado, e isso não é novidade pra ninguém. Porém a minha indignação tem aumentado e tem atingido as faces das pessoas que eu tanto gosto. Não estou sendo suficientemente claro, mas quem sabe, é o que desejo. E essa última palavra carrega um problema muito grande. Quem deseja o quê? e quem respeita o desejo do outro? Nunca tive sorte quanto aos desejos, e vejo que infelizmente a maioria vive à sombra de desejos embutidos, por lá sabe-se quem!

Agora, fico muito triste quando nos cobram padrões. Hoje mesmo, fui cobrado por algo que considero muito bom. Fui questionado quando a aproximação que ganho com certas pessoas e que possam prejudicar a minha vida. Tenho que explicar que não é uma aproximação de jornalista com o delegado de polícia, algo nada bom para o fazer jornalístico. Mas aproximação de uma pessoa que eu busco para me ajudar. Tem problema? A sociedade diz que sim, a ciência também. E aí!? E a minha opinião não conta.

São nessas pequenas situações que vemos o quanto nossos desejos, vontades, ou qualquer coisa que possamos fazer independentemente da vontade alheia é julgado pelo coletivo. Olha, sinceramente, não quero mais saber se posso, se deixo de poder, o que eu quero dizer, que devemos nos aproximar, devemos nos ligar, quanto mais melhor, quando a respiração minha e a de meus amigos estiverem na mesma sintonia, no mesmo compasso, poderei dizer que segui meus instintos e me satisfiz.

sábado, 8 de novembro de 2008

Preconceito até a morte

Todos sabem, estou viciado em colocar vídeos no meu blog. Também, há toda uma convergência aí e temos que usufruir, não acham?

Então, esse vídeo de um seriado americano, Grey's Anatomy, que eu nem assisto, mas para resumir a história se passa no hospital, tipo ER do Warner Channel. Enfim, o que me chamou atenção é a cena. A legenda não é em português, mas é bem fácil. Assitam, vale a pena.



Fora Rituais

Meu aniversário. Nunca fico bem no dia, sabe, deve ser algo com a minha lua ou sei lá o que é. Mas dessa vez foi diferente. Também, me esforcei para ser. Tentei não me importar com as coisas alheias a mim, e tenho feito isto nos últimos tempos.

Descobri uma coisa legal, a gente precisa desfazer alguns estigmas, e quebrar o gelo para o novo. Por exemplo, eu nunca tinha comemorado o meu aniversário fora do convívio familiar. Quer dizer, meus amigos sempre iam, mas ou era lá em casa ou em alguma festa da região próxima dela. Nunca comemorei nas cidades que morei para estudar. E isso passa tão despercebido, nem tinha notado, notei na quinta-feira, quando fiz uma retrospectiva breve dos meus aniversários e percebi que era pragmático nas comemorações. Primeiro a tradicional janta lá me casa, com lasanha, um chester e muitas saladas, com a presença da tia Ivone, da Haide e do Zeca e a família. De tarde, eu e as gurias fazíamos aquela roda, ao redor do bolo e de alguns quitutes, com direito a muita conversa. E se tinha naquele dia, reunia todo mundo, passava pegar em casa, e ia pra festa.

O máximo de diferente que fiz, foi nos 15 anos reunir uma galera pro churrasco e nos 18. Mas sempre o mesmo ritual. Anos após anos. Outro ritual que acabei desconstruindo nas minhas comemorações foi o reveillon. Sempre passei com a família. A última virada resolvi inovar e passar com a família de uma amiga. E sabem, ocasionou tantas mudanças. Foi divertido, e acima de tudo, parece que me libertou de alguns rituais que eu temia serem 'eficazes' e que agora percebo o quanto ficamos chatos, tentando cumprir as regras que nem sabemos quem as criou.

Enfim, a festa foi ótima. Tanto do ano novo quanto a do meu aniversário. Pra contemplar ainda mais, no dia 5/11 tivemos a primeira transmissão de sinal digital no Jornal do Almoço da RBSTV Porto Alegre e também ficamos conhecendo o novo presidente americano, Barak Obama. E que venham mais mudanças, agora tenho que pensar em como irei passar o Natal...

Em busca de um ícone

Essa semana fui surpreendido. E olha que acompanhei a Globo News e alguns sites confiáveis de notícias. É que eu não acreditava, e confesso, até a Suprema Corte empossar Barak Obama, eu não irei acreditar que um negro se tornou presidente do país que influenciou toda a cultura mundial das últimas décadas, com o tal sonho americano.

Hoje, diante da crise econômica, num programa da Oprah Winfrey Show, exibido pelo GNT, os americanos comentavam de suas táticas para economizar energia, comida, combustível e também de como iriam lidar com os presentes de Natal. Teve uma senhora que resolveu fazer um geléia de ameixas - frutas do quintal - e embalar em potes para presentear a sua família e amigos. Ela disse que nos outros anos costumava gastar cerca de 5 a 6 mil dólares nos presentes. Uma mudança, não?!

Mas por falar em mudança. Parece que o mundo todo, inclusive EU, tomamos um fôlego novo nos pulmões. Claro, não lembrávamos a quanto tempo isso não acontecia. Na verdade aconteceu comigo quando vi o LULA subir a rampa do Planalto Federal. Me emocionei. Sabemos que o governo dele não é tudo aquilo que idealizamos, mas é acima de tudo diferente. Tem a proposta vinda de uma pessoa que jamais imaginávamos no poder - eu não, a sociedade.

Arnaldo Jabor, na quinta-feira (06/11) em seu comentário no Jornal da Globo falou da necessidade de sofrermos um monte para buscarmos a mudança. Ele agradeceu ironicamente todo o mal que Bush fez para o mundo e para os americanos e agradeceu a ditadura militar do país. Querendo ou não, Jabor tem razão.



Somos assim. Deixamos a água 'bater na bunda' para somente depois tentarmos aprender a nadar. Obama quem sabe não irá mudar o mundo, como todos nós esperamos. Quem sabe vai piorar. Porém, saber que um negro está a frente do poder, olha é uma conquista sem precedentes. No Brasil precisamos ainda de um presidente gay e casado. Já pensaram, que ícone maravilhoso. Desde que seja competente suficiente, pois essa história de colocar gays no poder, não tem dado muito certo no país. Acaba indo os mais famosos por festas, roupas e outras coisitas não comentáveis por aqui.

Precisamos sim de ícones, mas que pelo menos sejam como o nosso Lula, o Obama do mundo. Um gay capaz de mostrar para que ele veio ao mundo, mostrar que ele também pode estar a frente, e também servir de modelo. Por enquanto, temos apenas o príncipe indiano Manvendra Gohil, que assumiu sua homossexualidade para o mundo no programa da Oprah, quer adotar filhos e conhecer o príncipe encantado... ficou até engraçado.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A arte mostra

Dessa vez a Sétima Arte nacional abre o espaço para a temática homossexual. E não é somente no Festival Mix, mas também no cinema tradicional, produzido por atores famosos. Este é o caso do filme, "A Festa da Menina Morta", que estará nas telonas do país no 1° semestre de 2009. O longa é protagonizado por Daniel Oliveirae tem a estréia na direção de Matheus Nachtergale.

Pra quem quiser conferir mais sobre o filme:
http://www.acapa.com.br/site/noticia.asp?codigo=6168&tipo=1&codalbum=615

http://meninamorta.blogspot.com/

Tem também o curta-metragem "Café com Leite". Mas este não sei como conseguirei assistir, espero conseguir baixar pela internet, afinal não moro nos eixos de circulação cultural deste país, o que dificulta o acesso aos bens culturais que não fazem parte do mercado tradicional.

Veija o trailler:


Espero ver esses trabalhos. Sonho com que isso se torne super normal daqui um tempo. Que esses assuntos sejam tratados como os romances mal resolvidos dos heterossexuais e que os dramas não sejam carregados de preconceito e esteriotipizações.

Abraços

Vem aí!

16° Festival Mix Brasil da Diversidade Sexual



Em São Paulo (12 a 23 de novembro de 2008).

Olhos atentos