terça-feira, 24 de junho de 2008

PCC expulsa homossexuais - Por quê?

Que nada. Já estamos acostumados. Mas nunca imaginaria grupos revolucionários ou criminosos como alguns gostam de dizer, sendo tão preconceituosos. Hoje, no site do JB, uma notícia ganhou destaque: SP: PCC decide expulsar integrantes homossexuais.

A informação chegou até mim, pois uma amiga me falou: "Julio, olha lá no Terra. Estou sem entender direito a situação." Fiquei pensando, vou procurar o que tem sobre o assunto na internet. Infelizmente, no jornalismo da web, como temos hoje, de um veículo para outro, a informação não altera, mal mudam de palavras. Alguns até copiam indicando a fonte: menos mal. Tirando esta indignação de um jornalista, vamos lá para o que interessa.

O Primeiro Comando da Capital (PCC), já fez alvoroço em todo o país. Quem não lembra dos episódios de rebelião em 2006? Enfim. Segundo a notícia de hoje, eles começaram a expulsar os integrantes homossexuais do movimento, embora que afirmam não permitir tal orientação entre eles. Como assim?: me pergunto. Quero entender também isso. A notícia pode ser uma estratégia bem bolada para dar mídia. Já que o PCC se mostrou muito bem articulado dentro das questões de midiatização. Sempre os maiores acontecimentos se davam exatamente quando entrava o Jornal Nacional da Rede Globo no ar: no mínimo engraçado; ou eles tem uma assessoria de imprensa montada... risoss... e quem duvida.

Porém fico ainda em dúvida. Paro, leio mais uma vez a notícia. Tem algo errado nisso, não sei bem o que, mas tem! Vamos tentar supor........ Como disse a moça que faz parte do PCC e que é lésbica, esse preconceito não era conhecido entre eles, ou pelo menos não era declarado, como vemos na sociedade também. Acontece que, como alguns artigos e publicações sobre sistema carcerário mostram, os gays são em grande número. Na hora de apoiar a revolta, talvez, foram importantes. Mas agora, com essa questão toda, de que tem gay até no exército, o pessoal quer "moralizar" o PCC, afirmando que aí não tem gays.

Uma jogada de mestre... quer dizer... não sei a intenção deles de retirar os gays, ou fazer que estes se escondam dentro de algo que já não pertence à sociedade. Afinal, na prisão vai tudo o que renegamos enquanto seres pertencentes de uma comunidade, de uma sociedade fraterna. Diferente do que a maioria pensa, lá estão todos os que cometeram crimes, mas não os verdadeiros criminosos.

E mais uma vez, o dilema.... porque estão discriminando os gays. Ahh, minha amiga disse para tentar ver o caso de uma forma jornalística. Vou responder assim: precisa ser melhor investigada essa informação. Uma fonte só não serve pra muita coisa, e órgãos públicos menos ainda, já que deixaram acontecer as rebeliões, na verdade, eles não sabem de nada... termino rindo.... ou chorando.... vai saber....

Abraços

Mais um videozinho

Dessa vez, é de uma marca de maionese que precisou tirar do ar o seu comercial, pois era protagonizado por um casal gay.

Queria saber até quando iremos ter que engolir esse preconceito todo... isso não é apologia, isso não fere com a moral; é apenas uma demonstração social de que podemos ser diferentes, e sendo assim, não haverá distinções.

Ou vocês preferem continuar a esconder os loucos no sanatório, os deficientes em casa??? Lógico que essa citação é apenas um exemplo, já que a orientação sexual não muda em nada. Desculpe, deixe me expressar melhor. Muda sim, muda muito. Principalmente porque apresentam jeitos mais femininos, ou escandalosos, porque não tem vergonha de dizerem o que pensam.

Mas daí, são as peculiaridades. Entre os héteros têm mulheres das mais peruas às mais conservadoras; entre os homens têm os que são tímidos e os que gostam de azarar, ou melhor, metralhar toda a mulher ou qualquer outro tipo de objeto que possa lhe servir sexualmente. Já que para estes, não há pessoas, pois vê o outro como um proporcionador de desejo.

Fora estas discussões e devaneios pessoais e vai saber o que.... vejam o vídeo. E depois comentem, pois gostaria de saber a opinião, se é ou não agressivo aos olhos dessa sociedade infame.

domingo, 22 de junho de 2008

Não preciso dizer mais nada

O pior de tudo é ver gays, lésbicas, travestis e transexuais agindo de forma repressiva, intolerante e desumana. Qual o problema de um deles declarar que o Exército é um sucesso para os gays? Os homens héteros não comentam aos quatro ventos quando trabalham em algum lugar que o sexo feminino está presente em quantidade e qualidade? O mesmo pode ocorrer com as bichas. Não só o Exército deve ser invadido por um batalhão de novas idéias. Nessa guerra, os homossexuais são o mais certeiro fogo amigo. Deixem as bichas de farda em paz, invejosas!

Trecho da coluna do jornalista Vitor Angelo - revista da Folha de São Paulo de hoje (22/06/2008) - para quem for assinante do UOL. Abaixo o texto na íntegra.... pra quem não for....

Abraços


quinta-feira, 19 de junho de 2008

E assim nasceu Santa Maria

O theatro nem sempre é um espaço democrático. Poucos podem freqüentá-lo. Ao contrário do que acontece pela segunda vez neste ano com o espetáculo Imembuí. Os realizadores pensaram também no público. O espetáculo com entrada franca voltou ao palco ontem (18/06).

Por meio do trabalho coreográfico e musical são reconstituídas as cenas de amor entre a índia Imembuy e o bandeirante Rodrigo. Imembuí e Morotin, como conta a lenda deram origem à próspera cidade coração do Rio Grande. Seu primeiro habitante foi José. A história destes personagens foi escrita pela primeira vez pelo tradicionalista Cezimbra Jacques.

Imembuy era chamada Ibitory-retan (Terra da Alegria) pelos Tapes e Minuanos que viviam nesta terra. Um bandeirante capturado pelas duas tribos torna-se objeto da paixão da filha do chefe Iapacany. Imembuy implora ao pai que não sacrifique o guerreiro branco. O pai atende o desejo da filha, Rodrigo passa a chamar-se Morotin e os dois se casam.

Quem tiver a oportunidade de assistir terá seu dia enriquecido. A impressão é de que você sai mais leve do theatro. Quando é hora de ir embora, tem-se a noção que passou rápido demais. A magia que envolve as cenas não faz ver que o tempo passa. São pequenas sutilezas que fazem a diferença.

Por Regina Vogt - Estudante de Jornalismo da Unifra

domingo, 15 de junho de 2008

Soltando o verbo


Assim Caetano Veloso expôs a importância da fala para se entender a idéia de pertencimento, na música "Língua". Não é por signo do acaso que as diferentes tribos, desde a idade primitiva até as mais contemporâneas, acabam trazendo novos termos para a linguagem. Um capítulo à parte no universo gay é a linguagem beeem peculiar usada no meio. Como toda "tribo", o mundo GLS também elege suas gírias de tempos em tempos e algumas até invadem o dia-a-dia da população. Não é raro algum moderninho hétero falar que o último CD de sua banda favorita "é tudo de bom" e até a doméstica mais desligada já incorporou ao seu léxico termos como “vou te contar um babado”.

Mas, você já imaginou um dicionário que incluísse todos aqueles termos indecifráveis que suas amigas mais pintosas e babadeiras costumam dizer quando estão caçando aquele bofe bombado? Pois é, esse dicionário existe e foi lançado pela Editora do Bispo: “Aurélia, a Dicionária da Língua Afiada” (assim mesmo no feminino porque bicha que é bicha trata a outra no feminino). O primeiro dicionário de expressões gays do Brasil é escrito pelo jornalista Victor Ângelo, 38, que assina com o codinome de Ângelo Vip, e Fred Libi, que na obra se descreve como um "gay de nascença que refugiou-se nos estudos para entender o mundo que o hostilizava". De acordo com eles, o que era "o" vira "a" entre os homossexuais.

O título é uma referência ao famoso "Aurélio", de Aurélio Buarque de Holanda, um dos maiores lexicógrafos do Brasil. "Aurélia" contém 1.300 verbetes, todos descritos, na forma, como em um dicionário tradicional. "O nome é uma homenagem ao Aurélio. Ele é pop. Tanto que quando você fala em um Aurélio, se refere a um dicionário. Seria muito feio se fosse Houaissa”, explica Ângelo. O autor afirma que prefere chamar o livro de "dicionária" e acha que a classificação das expressões gays é importante. "O livro pode ser usado para que os pais entendam o que os filhos falam. E também para que bofes (heterossexuais masculinos) compreendam melhor as frases de suas namoradas, já que muitas mulheres falam como os gays”, explica.

O dicionário inclui palavras usadas por gays de Portugal e de outros países que falam o português, como São Tomé e Moçambique. Além da classificação formal utilizada pelos dicionários convencionais, “Aurélia” traz os bons e velhos substantivos, adjetivos, advérbios e a origem dos vocábulos e expressões.

“Muitos termos do candomblé foram apropriados pelos gays, para que eles fossem entendidos entre si, mas não por pessoas de fora desse grupo. A esse conjunto de termos dá-se o nome de bajubá ou pajubá”, explica Fred. O Bajubá ou Pajubá é o conjunto de vocábulos que tem suas origens nas línguas africanas e que é empregado em rituais religiosos como o candomblé, que aliás sempre aceitou muito bem a homossexualidade.
Quem quiser ser universal e entendido no bajubá vai dar muita risada com expressões como “monsteróide” – bicha monstra e bombada nos esteróides,
”uó” - algo ou alguém ruim, feio, desagradável, “ramé” – bixa mal-vestida e “omivará” – esperma.
Os autores contam que a idéia de reunir os verbetes surgiu há dez anos quando ambos trabalhavam em um site. A pesquisa partiu da prática verbal deles mesmos, com pesquisas pela Internet e com a colaboração de amigos que iam se lembrando de outros termos e os enviavam através de e-mails. Além disso, em cada cidade que eles visitavam para fazer um roteiro gay, surgiam palavras de uso muito restrito a determinada região. “No Rio Grande do Sul a colaboração através de pessoas que nem conhecemos. Elas curtiram a idéia e passaram a nos mandar os termos e seus significados”, conta Vip.

Segundo eles, os travestis são os responsáveis, por boa parte dos termos. "O bajubá é muito interessante, pois antes era um código entre eles. Quando dizem, por exemplo, "aqüenda o alibã", querem dizer cuidado com a polícia", lembra Ângelo.O tom de "Aurélia" é politicamente incorreto. Na primeira página, os autores já avisam: "Este dicionário não tem a pretensão de ser politicamente correto. Muitos termos são chulos e pejorativos, podendo ser ofensivos para determinadas pessoas ou grupos. Nesse caso, recomendamos a interrupção imediata da leitura". "Não teria graça alguma fazer um livro gay politicamente correto. E também, que coisa chata ter que ser chamado de gay. É viado, é bicha. Muitos grupos ficam com essa coisa de chamar de "homossexualidade", o que é uma chatice", conta Fred.

Apesar de escrito por dois homossexuais, o livro várias vezes tira sarro dos próprios gays. No verbete "piti", por exemplo, eles explicam: "Nervosismo, histeria, ataque de bichice". Em “dislexia”: “bicha confusa, com crises múltiplas de identidade, que anda sempre em busca de si própria... e nunca encontra”. “Aurélia, a Dicionária da Língua Afiada” funciona como a “versão bicha” do Pai dos Burros. Para os héteros, que bóiam quando ouvem expressões do tipo, é um excelente guia de sobrevivência. Para as bichas cultas, serve como prova de que a língua é dinâmica e está sempre em transformação. Apesar de tão "politicamente incorreto", parte da renda obtida é revertida a instituições de apoio a soropositivos.
“Que ninguém se prenda a essas chatices de gênero, que são sempre excludentes. Que tem que ser bicha, que tem que não ser, que tem que ser macha ou fêmeo. Seja aquilo que você é e seja feliz. E vamos nos divertir que tudo é truque”, finaliza Ângelo Vip.

Confira agora as expressões mais utilizadas no mundo GLS:
amapoa de canudo - Travesti não-operada
Bater bolo - Masturbação entre gays
Bater bolacha - Masturbação entre lésbicas
Bigodón - Lésbicas com bigode
Cagar no Maiô - Pagar mico
Capô de Fusca - vagina grande
Fazer a lôca - Ficar com muitos em uma só noite
neuza - homossexual japonês ou descendente
levar um banzai - levar um fora do(a) namorado(a)
Lassie - Mulher ou bicha cachorra com cabelos descoloridos
Lamber o carpete - Sexo oral entre lésbicas.
wonder woman - bicha multimídia performática e iluminada
vera boiola - bicha emergente
zoraide - bicha metida a clarividente; esotérica
manja-rola - (SP) gay que se masturba em banheiro público
barbie - homossexual de corpo inflado, adepto da musculação e das bombas
susie - barbie que não toma bomba; musculosa natural
mela-tecla - pessoa viciada em sexo cibernético e que se masturba na frente da tela do computador
nefertite ou matusalém - bicha muito muito velha, embalsamada, mas que ainda conserva uma aura de mistério
Picumã - Peruca, cabeleira, cabelo.


Por Carlos Sanchotene

Matéria feita pra ser publicada na Revista Plural da Unifra sobre a temática gay e não foi publicada.... uma pena... já que em 2008, os gays estão com tudo.... Obrigado ao Carlos, o Arte e Comunicação agradece pela colaboração...

Um abraço

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Uma questão a ser analisa - uma mudança histórica no mundo

Pra quem gosta de acompanhar a política do país e do mundo... Para os defensores do marxicismo e para aqueles, como eu, que foram defendem teorias que apenas ganharam o respingo de Marx, mas que acima de tudo defende a heterogeneidade... tah aqui uma notícia agradável.

Lógico que isso numa visão muito superficial, de uma realidade desconhecida na prática. Cuba pra mim, sempre foi sonho de adolescente... Quando fiquei sabendo daquele lugar me encantei. Quis entrar para a política. Entrei numa chapa do Grêmio Estudantil na 6ª série e por aí foi. No governo do PT no RS partipei ativamente na Constituinte Escolar como representante dos alunos e vi o sonhei com um mundo mais justo.

As coisas foram se construindo, fui descobrindo coisas. Coisas que não entendia antes, apurei as informações, comecei a pensar mais... e então vi o quanto, aquilo tudo que tinha sonhado não poderia ser real. Também fazia mal.

Felizmente vamos nos construindo e reconstruindo dia após dia. E dessa forma, me vejo hoje como um agente político em 'molho', mas ainda assim, um agente.

Segue a notícia do Filtro de hoje da revista Época

8. Cai a igualdade salarial em Cuba – O Granma, jornal oficial do governo cubano, noticiou ontem que o vice-ministro do Trabalho, Carlos Pereira, deu prazo até agosto para as empresas começarem a pagar seus funcionários de acordo com o rendimento deles. Na prática, será extinto o teto salarial, que vigorou na ilha por décadas. Segundo o Granma, a decisão vai acabar com “o igualitarismo e o paternalismo na economia” e dará maior produtividade às empresas. É mais uma prova de que, pelo menos no campo econômico, o presidente Raúl Castro vai se livrando de amarras obsoletas mantidas por Fidel.

Abraços

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Essa foi encomendada: Sobre a Parada Gay 2008/SP

A Parada Gay de São Paulo deste ano chamou a atenção de todo o país. Claro, já está na sua 12ª edição e de certa forma, a população começou a perceber que isso é uma realidade. Principalmente por movimentar a mídia. Quer dizer, ela se tornou plausível dentro da sociedade de informação. Passou de 2 mil participantes para a sigla de milhões, e espero, profundamente que alcance números ainda maiores... bem maiores.

Alguns, pertencentes a comunidade gay, ou gays nada colaborativos, que preferem ficar enrustidos devido ao medo, pro precaução burra, pro aceitarem de certa forma a homofobia...; ficam dizendo por aí que a Parada não passa de um carnaval gay. Eu não concordo.

Tudo bem, nós gays, somos festivos mesmo. Em qualquer lugar, com os amigos e amigas, na turma... enfim... divertidos, confidentes.... e por aí vai... Mas, a Parada é muito mais que isso. Ela é acima de tudo um impacto visual. Um constrangimento. E me desculpem, se questionar posturas, questionar atitudes, promover a diferença; se isso não é política, acho que é melhor revisarmos toda nossa democracia. E como amo esta palavra, que já está ‘falida’ há muito tempo: não acham?

Direitos, no nosso país são conquistados com atitudes; nunca, em nenhum momento eles vieram de graça. É uma forma branda, inteligente, criativa, de juntar o “gueto social”, e mostrar que de gueto não tem nada.

Graças as Paradas espalhadas pelo país, as pessoas que assumem a sua orientação, e tudo o mais, que estamos caminhando para um processo de desrotulação do gay. Tudo bem, temos peculiaridades, somos diferentes; mas não queremos mais sermos vistos como exóticos, anormais; não mesmo. Se uns preferem uma maquiagem mais forte, não significa que todos são assim. O contrário também, não quer dizer que todo o gay precisa ser recatado e intelectual. Somos parte da sociedade, e queremos literalmente, desempenhar nosso papel de cidadãos.

Me orgulho em dizer que o Brasil tem uma grande Parada Gay que acontece em São Paulo, e mais um punhado que acontece em todo o país. Lógico que ela é um passo para essa transformação social desejada. Depois disso, não podemos esquecer em quem depositamos nossos votos, nossa confiança. Pensem bem, este ano tem eleição, e é em nível municipal que as coisas começam a acontecer.

Alguns links de notícias sobre a Parada 2008:

Folha de São Paulo

Vídeos no site da Folha de São Paulo

No portal Terra

No site Mix Brasil

No site da revista A Capa

Abs

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Incomoda e é eficaz

Esse vídeo eu recebi de uma amiga, jornalista das boas, que vive fuçando o mundo virtual em busca de atitudes novas, em busca do jornalismo consciênte. No caso, dessa indicação dela, é da publicidade eficaz, melhor dizer.

Vemos campanhas contra o tabaco, contra o desmatamento, mas nada que nos faz pensar, refletir. São comerciais, que até lembramos; sabemos detalhar eles, mas não aprendemos nada com isso. É que não interfere, não provoca, não machuca algo que já está cristalizado. É nisso que as campanhas precisam focar.

Mas, então, vamos lá. Veja e comente....

Abs

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Crise de alimentos

Estamos em 2008. No momento o mundo todo está em crise: é isso que aparece nas capas dos jornais do mundo todo. As crises, têm origens diferentes, umas culturais, outras políticas, outras de uma moral envelhecida, outras econômicas, e claro, que eu considero as mais sérias: as que dizem respeito à ecologia e a saúde coletiva.

Esta semana, ou digo melhor, nesse segundo trimestre de 2008, uma discussão não muito problematizada na mídia veio a tona. O problema com o abastecimento alimentar para a humanidade. No entanto, os países subdesenvolvidos como o Brasil, são considerados culpados. Pois, para a ética e a razão dos mais ricos, nós, os pobres, além de tudo, precisamos dar comida a eles. 'Que absurdo'. Lógico, que nos preocupamos com isso, pois ao contrário deles somos humanos e nos importamos com a falta de comida. Mas essa falta de comida, dita pela mídia, dita e reafirmada pelos principais chefes de estados, é muito confusa. Pra eles o problema econômico, e não de grãos reais, já que há uma preocupação da produção alimentícia ser cada vez menor: 'não acho'. Considero uma besteira. Concordo com o Lula, nosso presidente, que não é a cana-de-açúcar que vai acabar com a produção de grãos no país, e nem os biodiesel do óleo de soja, mamona, etc..

Mas quero deixar essa análise pra vocês. Quero que pensem, discutem, e conversem sobre esse assunto, na rua, com a vizinhança, na roda de amigos. Afinal, não podemos ficar sem comida. Porém, quero levantar outro ponto, que não vi, posso estar errado, ser abordado pela grande imprensa. Como a maioria das crises atuais, essa diz respeito ao excesso. Primeiro, muita comida é desperdiçada. Desde a produção até chegar as nossas casas. Tudo é classificado e muita coisa simplesmente vai fora. Nos estabelecimentos acontece da mesma forma. E nas nossas casas: "um verdadeiro horror". Tudo vai parar no lixo. Desperdiçamos muito. Como tudo.

Um verdadeiro ciclo de excessos....

Quem quiser informações sobre o problema do abastecimento no mundo, indico algumas matérias:

Boa semana.

Olhos atentos