domingo, 6 de dezembro de 2009

Uma grande atriz conta história de uma grande transexual: quem diria!!!

Baseado numa obra literária que conta a história de um pintor, que vira pintora, o filme "The Danish Girl” estrelado por Nicole Kidman, é assunto da minha página predileta da revista da Folha de Hoje. Espero que esse filme dê muito o que falar, assim como o nosso queridíssimo "Do começo ao fim" que conto as horas para assistir.

A primeira 'transmulher'
por Vange Leonel

Na coluna anterior contei um pouco da história do casal de artistas dinamarqueses Einar e Gerda Wegener. Depois de posar para os quadros da companheira em trajes femininos, Einar, o marido, tomou gosto pela coisa e passou a viver como mulher. Gerda não se opôs à decisão do marido, mas o casal teve que sair de Copenhague por conta do escândalo.

Resolveram morar em Paris onde Einar assumiu a identidade de Lili Elbe, passeando pelas ruas sem que ninguém desconfiasse de seu sexo biológico. Anos se passaram até que Einar/Lili quis completar sua transformação. Com o apoio de Gerda, foi a Berlim fazer a primeira de uma série de cirurgias para mudar seu sexo. Inicialmente, teve os testículos removidos. Nos meses seguintes, retirou o pênis e implantou ovários recebidos de uma doadora.

Seu desejo de se tornar mãe era tão grande que quis um útero. Esta foi, por fim, sua derradeira cirurgia experimental. Uma rejeição ao tecido uterino e outras complicações pós-operatórias levaram Einar/Lili à morte em 1931.

Resumida aqui em suas manchetes médicas sensacionalistas, a história vai virar filme estrelado pela belíssima Nicole Kidman no papel de Einar/Lili. Indagada por que aceitou o papel, Kidman respondeu: "Nunca escolhi relacionamentos seguros ou papéis seguros para a minha carreira". Ao arriscar, aposto que ela abocanha um Oscar pelo papel do primeiro homem no mundo a mudar de sexo.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Um grito que precisa ser mais forte.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Admirável mundo que perpassa o exibicionismo

Nos mostrar, nos deixar ver, deixar que nos admiram, que nos odeiam. Permitir ser conhecido, trabalhar pra isso. A exibição, seja de adornos no corpo, seja nos modos de se comportar, seja na timidez feroz. Toda, inteira, completa. Ela está ligada diretamente ao nosso modo de existir enquanto sociedade. Antes mesmo de termos o termo sociedade, comunidade, aquilo que há em comum por um grupo.

É fato, só existe poder quando comprovado pela exibição, quando comprovado por outros, só existe comandante quando há quem queira ser comandado. Esta última frase é recente, quem sabe uma releitura da literatura explicativa do poder, mas refeita de forma mais clara. O poder, não como dominação extrema, mas como algo desejável dentro do cotidiano humano, nos aspectos que constituem a formação individual, é algo a ser conquistado.

Não queremos, de modo nenhum viver no anonimato, não queremos deixar que alguém tomo o nosso poder ou conquista algo usando de nossos méritos. Até o que não busca incessantemente, sabes, que no seu âmago, há o desejo pelo simples, solidário, e tão difícil de ser conquista: respeito!

Vendo “Budapeste” viajei em alguns pensamentos, que sabe, até poéticos, sobre a relação do poder. Algumas sacadas que neste momento já não povoam mais os meus pensamentos, pois eles são intensos demais, e por não conseguir doma-los, logo os perco e/ou os misturo aos outros tantos.

Não quero me ater ao filme, pois já tem belas críticas e com certeza, melhores; quero apenas indicar, como sempre faço, e deixar os meus breves comentários sobre aquilo que a obra despertou em mim. A vontade que perpassa o exibicionismo, a vontade que diz que o autor é muito mais aquele que apresenta a obra, transcreve, mas aquela que vive dia-a-dia, uma verdadeira obra viva. É sensacional saber que de certa maneira somos todos autores, de um livro, de uma peça, contribuintes das obras alheias, personagens de uma obra muito complexa a vida. E mesmo assim, ainda insistimos em nos exibir a qualquer custo, em todas as novas tecnologias, enquanto outros, mais tolos ainda, pensam que não precisam se utilizar delas para viver.

Depois desses rabiscos... fica a dica.


domingo, 15 de novembro de 2009

Viva o vestido curto de Geisy!!!

Ontem, na madrugada, no programa Altas Horas da Rede Globo, a tão comentada Geisey deu um show de boas atitudes, ótima educação, e ainda por cima, mostrou que sabe, inclusive, lidar muito bem com o meio midiático. Quase virei seu fã. O que me espanta ainda, e já escrevi alguma coisa sobre e também comentei no blog da Márcia Tiburi, é que muitas mulheres, infelizmente, continuam agindo em prol do machismo. Nas perguntas do programa do Serguinho, a maioria das meninas questionaram se a roupa era adequada e se por acaso ela não teria a intenção de se mostrar.

Deixo de lado os comentários que faria e apenas colo aqui um texto que saiu na Revista da Folha de Hoje. Boa leitura!!!



Mais que uma saia justa
por Vitor Angelo

Não se fala de outra coisa: a saia justa na Uniban quando a estudante Geisy Arruda, 20, foi agredida verbalmente, acuada, xingada e ameaçada de estupro por usar um minivestido. A primeira reação da universidade não poderia ser mais cinto de castidade, ao expulsar a aluna por "flagrante desrespeito aos princípios éticos, à dignidade acadêmica e à moralidade". Pressionada, a universidade teve que revogar a decisão.

O mais impressionante nessa discussão foi a reação de muitas mulheres que condenaram veementemente o uso da minissaia, esquecendo que essa peça é exatamente o símbolo da liberação feminina nos anos 1960.

Se hoje as mulheres podem frequentar uma universidade, algo se deve à redução do tecido das saias. Como bem ressaltou uma amiga, ao dizer que foi a aluna que causou a situação, temos o mesmo raciocínio machista que culpa a vítima de estupro por "provocar" o estuprador.

As mulheres continuam sendo as maiores algozes delas mesmas, assim como os gays. Quando um viado apanha na rua de uma gangue, as bichinhas são as primeiras a proclamar: "Com certeza devia estar mexendo com os bofes". Como se isso fosse algo tão condenável. Pensando dessa forma, as minorias permanecerão servas voluntárias por muito tempo. Contra isso, viva a minissaia de Geisy!

sábado, 14 de novembro de 2009

A visita de Madonna

A visita da Madonna ao Brasil está dando muitos comentários na imprensa brasileira. Críticas é o que não falta, já que algumas coisas inesperadas aconteceram, como a doação de 7 milhões de um empresário brasileiro aos projetos sociais da rainha do pop. Por não estar muito inspirado para escrever meus comentários sobre a sua visita, e por achar que ela está bem grandinha para ficar dizendo o que deve ou não fazer. Mas um fato não posso deixar de abordar. Que ela andou perdendo o encanto, com certeza, e infelizmente perdeu. Camille Paglia (entrevista a Veja deste ano), conhecida por ter colocada Madonna como a rainha do pop, hoje afirma que a mesma perdeu o direito ao trono, se desmanchou enquanto figura heróica e representativa da mulher moderno, da artista, etc.

Somente falo isso, pois de certo modo, a figura da Madonna não tem mais aquele poder que eu sentia ao mencioná-la. As lutas dela não são as mesmas, e da mesma forma que Camille vê a perda de foco, eu também vejo. Me cansa ver Angelina, Madonna, querendo resolver os problemas da fome e da educação. Mesmo Madona não perdendo seu potencial artístico - adoro tudo - preferia a Madonna que falava em prol das mulheres e dos gays, e que de uma forma mais coerente lutava por ideais de nossa época, pertinentes a sua música. Não falo da coerência burra, mas sim, aquela que esperamos dos nossos ídolos pops.

Pra descontrair um pouco deixo uma charge, que não fala nada disso que me referi no texto, mas que de certo modo, faz-nos desmascarar o mito Madonna e torná-la, uma simples cantora de sucesso, com muito dinheiro, e alguns projetos sociais.


sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Um clipe desconhecido do Michael Jackson

Meu amigo blogueiro James Pizarro postou recentemente este vídeo, uma música de Michael Jackson sobre a situação do planeta, o tal aquecimento global. Quem quiser saber mais acesse o blog do James. Deixo para vocês o clipe:

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Reflexões depois de um protesto


Passei os últimos dias pensando sobre o caso Geisy e não conseguia formar opinião. Não que agora eu tomei um posicionamento, no entanto, consegui esclarecer algumas coisas perante o assunto. Hoje a tarde, cerca de 250 alunos da UnB (Universidade Federal de Brasília) protestaram nus ou com pouca roupa na reitoria. O motivo: contrários aos fatos que aconteceram na Uniban de São Bernardo do Campo (SP), que segundo eles é um ato de machismo da sociedade brasileira (veja a matéria sobre o protesto).

Agora não é novidade nenhuma a realidade machista que vemos que nos cerca. Segundo minha amiga antropóloga Fafá, vivemos ainda numa sociedade ocidental que é machista, branca, viril, cristão, entre outros. Quer dizer, esse fato com Geisy, pouco importando com o que ela disse, e espero que tenha se defendido a altura naquele momento - e acredito nisso devido a sua postura durante o caso; demonstra o quanto o nosso sistema educacional é falho. Primeiro que há uma preocupação demasiada em formação de mão-de-obra, segundo, que as insitituições (e não refiro-me as particulares, quase que generalizo) se preocupam em formar, quer dizer, dar um diploma com preocupações desligadas as questões que deveriam permear o conhecimento.

É triste, mas uma das disciplinas mais importantes no processo de melhora da educação, pela maioria das escolas e infelizmente, dos professores que a lecionam, é esquecida. AHHHH... que saudades da minha Filosofia. É, para alguns institutos ela é dada apenas porque é obrigatória, ou apenas tem o objetivo de fazer os estudantes decorrarem os grandes filósofos, muitos nomes e datas e nada daquilo que deveria ser. Ao contrário, na Filosofia deveria se encontrar o espaço para a discussão sobre o ser humano, sobre os preconceitos, os conceitos, as regras, as condutas estabelecidas. É nela que esse aprendizado se dá na escola. Segunda a professora Zélia (minha professora de Filosofia que tanto admiro) não se pode fazer filosofia sem o esforço do pensamento aplicado a uma situação real, algum fato, ou uma atitude não aceita socialmente.

Assim, formam-se milhares de universitários (estes que seriam a esperança de um futuro melhor), muitas vezes nem preparados para o mercado de trabalho e por outras somente preparados para este. Enquanto isso, milhões de pessoas sofrem caladas com situações de preconceito, de indiferença. Somente por isso, e sem adentrar ao caso dessa moça que foi ridiculizada por se vestir sensualmente, que eu a admiro, por abrir a garganta e colocar a cara a taca, numa sociedade em que se tem medo de denunciar, de se expôr em defesa de si, ao mesmo tempo que não se cansa de se expôr de todas as formas em sites de relacionamento. Dissônancia da nossa era, da nossa incessante crise de identidade, que não consegue elimiar com os conceitos de uma sociedade de falsa moral, calcada no machismo, na virilidade, no cristinismo, na pele branca e demais estereótipos elitistas.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Pra recomeçar!!


Gosto de pensar no meu aniversário como uma forma de renascimento... assim como uma fênix. E acredito, que não há nada melhor que o romantismo para se começar algo. Não quero saber o que os outros acham, afinal, ser romântico é careta demais para nossa sociedade (não confunda romantismo com posseção, perseguição, ou algo do gênero); mas sim, com aqueles sentimentos tolos que nos invadem e nos iludem, e que acima de tudo, nos fazem sentir vivos. No momento, o meu romantismo se dá aos meus amigos, as pessoas que me rodeiam, as pessoas que eu amo de verdade.

Penso, que é no dia do aniversário que devemos agradecer por tudo, pelas nossas escolhas, pelas nossas idas e vindas, nossos altos e baixos, nossos aprendizados, nossos erros, enfim, sobre a nossa vida, cada segundinho dela, cada barreira enfrentada, cada desafio que surge, e claro, cada arco-íris que vislumbramos no próximo riacho.

Para os que amo!!! Essa música - Entreolhares (Ana Carolina e John Legend)



terça-feira, 3 de novembro de 2009

Não preciso dizer mais nada

Hoje, assistindo a Ana Maria Braga, numa manhã não muito agradável, escuto essa mensagem. Acho que não preciso dizer mais nada, ela fala por si. Então, para começar uma semana na terça-feira, com uma boa chuva aqui em Santa Maria, deixo o texto para vocês:


Me chame do que quiser


Se parece ingênuo que eu acredite nas pessoas, que me chamem de tola.
Se parece impossível que eu queira ir onde ninguém conseguiu chegar, que me chamem de pretensiosa.
Se parece precipitado que eu me apaixone no primeiro momento, que me chamem de inconsequente.

Se parece imprudente que eu me arrisque num desafio, que me chamem de imatura.
Se parece inaceitável que eu mude de opinião, que me chamem de incoerente.
Se parece ousado que eu queira o prazer todos os dias, que me chamem de abusada.

Se parece insano que eu continue sonhando, que me chamem de louca.
Só não me chamem de medrosa ou de injusta. porque eu vou à luta com muita garra e muita vontade de acertar.
E foi lutando que eu perdi o medo de ser ridícula. de ser enganada. de ser mal entendida.
Perdi, na verdade, o medo de ser feliz.

Não me incomoda se as pessoas me veem de forma equivocada.
O importante mesmo é como eu me vejo...
Sem cobrança. sem culpa. sem arrependimento.
A gente perde muito tempo tentando agradar aos outros. tentando ser o que esperam de nós.
Eu sou o que sou e não peço desculpas por isso.

No meu caminho até aqui, posso não ter agradado a todo mundo, mas tomei muito cuidado para não pisar em ninguém.
Sendo assim, me chame do que quiser, eu não ligo...
Porque eu só atendo mesmo quando chamam pelo meu nome, que eu tenho o maior orgulho de carregar.

Texto: Lena Gino


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Para quem se considera um bobo

Sou escorpiano.... de novembro. Então, o mês de novembro tem algo espiritual, tem a ver com a formação do meu ser, com a minha presença neste espaço físico e tal. Ando num momento, assim, meio Clarice Lispector em alguns sentidos. Uma amiga, me alertou, dizendo que ficamos assim, quando diminuímos o nosso amor próprio. Mas eu fico com a idéia de introspecção mesmo.

E na busca de algo de Clarice para ler e ouvir, fui no you tube. Esse texto, com uma narração digna, e com um texto maravilhoso, nos encanta. E como resposta a minha amiga. "Eu sei que sou um bobo, mas um bobo louco e feliz, que mesmo fazendo um monte de burradas, eu tento ser legal e na verdade, não tento ser muito esperto. Apenas um bobo".

Oussam esse texto maravilhoso:

sábado, 31 de outubro de 2009

Antes que chegue o meu doce novembro

Os últimos segundos de outubro, os últimos instantes do tão mal cultuado Dia das Bruxas no Rio Grande do Sul. Um dia de calor terrível em que todas as partes vivas e não tão vivas do meu corpo suam, exalam cheiro proveniente da mistura de milhões bactérias que se proliveram com altas temperaturas, ainda mais, contando com esse abafamento comum de Santa Maria.

E são nesses dias de muito calor, muito cansativos, em que se mistura o estado físico com aquilo que se acredita - no caso as sensações do Dia das Bruxas - que paramos para refletir sobre a nossa vida. Você deve estar pensando, esse louco, vive refletindo sobre a vida, afinal o que é um blog - no caso do meu pelo menos - uma ferramenta para a reflexão, um lugar para jogar coisas que não se quer mais, ou àquelas a que se quer dar mais atenção. Mas digo, que parei hoje, e especificamente, neste momento, em que parei para escrever, para pensar sobre o limiar, a corda bamba que é a nossa vida.

E relembrando uma crônica de Lia Luft em que ela resgata o seu primeiro contato com a morte, que foi com uma ave que morreu e ficou caída no pátio de casa e por horas ficou acarriciando-a para tentar proteger, quando de repente vieram lhe dizer que a mesma estava morta. Depois foi a morte de um amigo da rua, mais tarde dos avós, e, segundo ela, a maior aproximação que temos da morte, é quando o véu sombrio passa pelos nossos olhos, mesmo que distante. É nesse momento que sentimos a existência da fronteira, que separa a vida da morte.

É chato, é estranho, e tudo o mais, ficar falando de morte. Dizem, que devemos deixar isso de lado, apenas falar das coisas da vida, porém, hoje é um dia especial para isso, para pensar nas questões que precisamos resolver, precisamos nos focar, ou as coisas que simplesmente devemos abandonar, afinal, o Dia das Bruxas é o dia para nos voltarmos a nossa natureza, a nossa existência, as nossas origens, e melhor respeitar os limites de nosso corpo e de nossa alma.

Ainda faltam alguns segundos para começar novembro, e que de amanhã em diante, eu respeite mais os meus limites, me ame mais, e me faça mais feliz. Quero que essa madrugada seja responsável pelo rito de passagem de uma visão de mundo para outra... E espero que cada um, assim, como no Natal e Ano Novo, renove votos no final deste dia.

Grande abraço!!! Deixo para vocês o trailer do filme "Doce Novembro", que trabalha exatamente com isso, com os modos de enfrentar essa fronteira, entre a vida e a morte. Para quem não assistiu, eu indico que vá rapidamente a locadora mais próxima e veja, mais de uma vez, e pense o que seria o seu doce novembro?!


quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Iniciativa bacana



Procurando notícias do mundo LGBT como a militância prefere utilizar - sou redimensionado a um site desconhecido. A princípio, é o que mais acontece, e se tratando desse assunto, geralmente para um site com material erótico, tudo bem, sem problemas também. Mas dessa vez, me deparo com o site Maringay.

Bah!!! Primeiro adorei o nome, e logo pensei, tem ligação com a cidade de Maringá no Paraná. E dito e feito. No site, procurei por informações, não encontrei se pertence a uma ONG, a um grupo de militância, enfim, ele é bem produzido, bem interessante, e o mais legal, reúne informações que encontramos em outros sites de notícias especializadas em LGBT.

Entretanto, tem algo que me chamou atenção por demais. Dois banners publicitários inseridos no site. Utilizando jargões: "ameiiiiiiiii"; com sinceridade digo que achei o trabalho muito bem feito e estou louco pra perguntar pro pessoal de Maringá se estes banners aparecem na cidade no formato de outdoors ou cartazes. Criativos, informativos, e inclusivos. Esta idéia deveria ser abraçada pelos governos, principalmente pelo federal, a o banner tem a melhor ideia e deveria ganhar um prêmio de melhor frase contra a homofobia: "Alguns maringaenses são gays. Supere isso". Está mais do que na hora do povo todo superar isso.

Abraços!!!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

E o nosso amor???

Tem aquela história: "não vá atrás das borboletas, apenas cuide do seu jardim". E outras mil com o mesmo sentido. Mas não consigo concordar com essa estaticidade, deixa eu explicar, não gosto de dizer que se está esperando por algo, quer dizer, parece-me submisso demais. Afinal, tudo gira em torno do amor? Que busca é essa, que os que acompanhados estão passam reclamando e os solitários passam o tempo buscando se acompanhar?

Já devo ter falado aqui, de um filme maravilhoso, o "Sob sol de Toscana". Uma amiga acha muito chato este longa, pois considera o papel principal, a mulher, sem atitude. Fico pensando, as vezes não nos parecemos com ela? Será que há mais dias nublados do que ensolarados?

É respostas para tudo não temos, e utilizando de jargões publicitários, 'o mundo é feito de perguntas', e tudo volta a filosofia. E quem sabe nesses pequenos ditados populares (que eu sempre confundo, claro) deve estar inserido uma grande cultura ou experiência popular. No filme, o ditado conta a história dos trilhos do trem que foram assentados antes mesmo de saberem que iria passar o trem por aí. Então, precisamos assentar os trilhos, deixar tudo pronto, estarmos bem conosco mesmo, e se um dia, tiver trem, que passe.

Assim, precisamos requerir de nós mesmos o amor próprio. Algo tão trabalhoso, cansativo, pois estamos aí, o tempo todo do nosso lado, mas não nos damos conta. Sofrer ou ser feliz por nós mesmos é difícil. Quanto melhor não é depositar no outro os motivos que nos deixam bem, depositar no outro a culpa da nossa infelicidade? A busca do outro, não é apenas para a contemplação, mas muito mais, para poder ter um motivo cabível de lamúrias.

Na tentativa de dar um rumo ao texto, deixo para vocês um poema maravilhoso que fala de amor, e seu título já diz tudo. Com vocês.... Maria Bethânia.


domingo, 25 de outubro de 2009

“Aos bons amores que por mim passaram…”

Hum, e existiriam maus amores?

Quando nos deixamos sentir, mais, quando permitimos que outra pessoa entre em nossa vida, incorremos em muitos riscos. Há aqueles que os enfrentam, há aqueles que fogem e aqueles que ficam numa mistura da fuga com a entrega. Mais, há quem nem deixe pele, respiração, olfato, transpiração se exaltarem por quaisquer sentidos de outrem.

Arriscar-se não é para qualquer um, mas sofrer por um ‘mau amor’ e, principalmente, superá-lo é mais difícil ainda. No contexto, para alguns, há aquela cobrança burguesa, conservadora, familiar de encontrar a cara metade. Quiçá, o melhor seja a busca... Amores que se iniciam – e com eles toda aquela história que muitas vezes é mais do mesmo, mas sempre é exuberante em ânimo e força de sentimentos – para depois se findar – carregando toda aquela mesma história de sempre de lágrimas, lenços, amigos preocupados, ombros oferecidos, porres desafiantes de fígados já (ou não) sôfregos, ligações confusas com lamentos e lamúrias sem chances de evoluíram para abraços e sorrisos de reconquista – transcendem a dor da perda e lamentações do tipo ‘porque eu fui me apaixonar por ele(a)?

E isso, somente o tempo mostra. Como diria o poeta ‘tempo é mercúrio cromo’. Tudo se ajeita. Isso é quase que uma lei de sobrevivência e de superação nessa selva de amores partidos, urbanos, rápidos, fugazes. Bom seria aprendermos a essência de se deixar ir e se permitir voltar pra nós mesmos...

Como diria Vinícius de Moraes:

“Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada não

Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa
É melhor que a solidão”


Mas há quem diga que ‘amar é um jogo de perder’... Se fosse de ganhar, seria melhor?

*Faço a minha contruibuição, do texto da minha amada Luiza, que ficou descançando num sono profundo, mas agitado, e retorna com suas belas palavras.... deixo a música que está presente no texto... vale a pena prestar atenção nesta letra... e viva aos amores. Obrigado Luiza... espero te ver sempre por aqui!


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Tentando descrever a felicidade

Já falei aqui do filme "Minha vida em ruínas" e hoje tive a oportunidade de assistí-lo. Minha amiga de início disse que ficou confusa com as falas, acho que por elas serem muitas e em rítmo acelerado. Eu, ao contrário, adorei desdo do início. Primeiro, aquele cenário da Grécia que tanto sonho em conhecer, depois a atriz maravilhosa, e com certeza, a leveza dos diálogos que o torna engraçado, mas sem deixar de fazer um papel de instigador.

A história da moça, Georgia, que perdeu o seu kefi (termo grego equivalente a entusiasmo) nos leva a filosofar - afinal é um filme que tem como parte do elenco a Grécia. De parar um pouco e questionar exatamente o que queremos. No filme, como em toda comédia romântica, o alvo é o amor, mas me pergunto, se por vezes não deixamos o nosso entusiamo de lado em todos os sentidos. Com os amigos, com as coisas que nos rodeiam, e principalmente, com a nossa vida, esquecendo que podemos ser felicidades da nossa forma, com o nosso jeito.

Tentamos de certo modo, nos adequar aquela felicidade receitada que podemos comprar nas farmácias, por meio de cirurgias de correção, ou até de roupas novas e de bens de luxo. Hoje, verificando as frases que seguem os nicks no msn - sempre gosto de ler dos meus amigos - uma amiga escreveu que desistiu da felicidade, e isso a tornava feliz, por saber que não precisa de mais nada.

Vi aquilo de manhã e tive que esperar o dia terminar, jantar e assistir um filme com uma amiga, e falar durante este tempo sobre alguns poblemas, para perceber o quão sensata é esta afirmação. Afinal, o pior da busca da felicidade, são os parâmetros que adotamos, seja por influência da sociedade, do sistema, da mídia, mas sobretudo, por acharmos que os outros são mais felizes, satisfeitos e sem problemas do que nós. Na verdade, a felicidade deve ser esse bem-estar conosco mesmo, e não quero aqui confundir essa tranquilidade do ser com a desistência em sonhar alto, e buscar seus objetivos. Porém que esse progredir não seja o principal, não seja o que nos mova, ao contrário das teorias propostas, acredito que devemos seguir em frente simplesmente por querermos desfrutar do que somos, do que jeitinho que somos, com nossas peculiaridades e nossas fraquezas.

Desses momentos em que falo sobre felicidade, deixo afirmado aqui, que apenas sei falar, sei expor alguns dos meus pensamentos sobre, mas que a felicidade, assim como todos os sentimentos que envolvem o ser humano, são difícies de entender, de explicar.... assim, como tudo na vida.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Me avisaram... mesmo assim..... valeu!!!

Sempre me disseram para ter cuidado com o que se deseja. Sempre me disseram que as coisas tem uma medida, que não é legal exagerar. Sempre me disseram para cuidar de mim mesmo, pois ninguém cuidaria. Nostalgia, conselhos, ou simplesmente verdades. Todas essas colocações se tornam muito presentes quando nos deparamos com algum problema. E não digo, problemas corriqueiros, cotidianos, financeiros. Quando nos deparamos com algo que nos assusta, que nos deixa acoados.

Uma sábia amiga uma vez me disse que devemos sempre cantar: "não somatize, não somatize". Eu acho que esqueci disso, afinal, não sou muito de seguir regras, conselhos, e enfim, não faz parte do meu show viver dentro daquilo que é considerado normal. O que eu me esqueci, que tudo tem conseqüências, seja a tal "normalidade" e todas as suas perversões enrustidas, ou seja a libertinagem e todas as mazelas que o ser humano pode chegar. Claro, que a princípio eu não exagerei a tal ponto, de me desintegrar, mas o suficiente a fazer um bom estranho, seja fisicamente, e pior ainda, mentalmente.

Não acho legal começar uma frase negativamente, e nem fazer um texto assim. Simplesmente tomo essa decição, por me determinar, que desta semana em diante, vou escutar mais o meu coração, viver mais de acordo com aquilo que acredito, tendo como parâmetro a minha qualidade de vida, o meu bem-estar. Cansei um pouco de ser uma figura divertida e simpática; também não quero me tornar alguém sexo, sério e projetista do meu futuro. Apenas quero viver mais leve, sem culpa, mas tendo em mente que o que faço terá uma resposta no futuro.

Para as coisas ruins que fazemos, para as coisas boas que deixamos de lado, e como despedida de uma fase em que fiz os meus principais alicerces, deixo uma música!!!


segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Uma musica para relembrar!!!

Enquanto desfruto do feriadão do dia das crianças, que na verdade é em homenagem a Nossa Senhora de Aparecida.... aproveito para relembrar algumas coisas... e nada melhor do que a música a seguir!!!

sábado, 3 de outubro de 2009

Mesmo assim "Eu adorei"

Tem coisas que a gente só entende quando mora no interior. No meu caso, sempre morei em cidades do interior. Digo isso, pois um fato de ontem afirma ainda mais algumas convicções. Primeiramente, fiquei sabendo do show da Pitty em Santa Maria apenas ao meio-dia, no Jornal do Almoço da RBSTV. O curioso, não sei o porquê, é que o show era uma promoção da rádio Atlândida que pertence ao grupo RBS aqui do Rio Grande do Sul, e não houve anúncios antes de quarta-feira dessa semana.

Quer dizer, trazer a Pitty na cidade deveria ser algo um tanto melhor produzido. Infelizmente, e isso me indignou, preciso dizer que a equipe de produção da turnê patrocinada pela Pepsi é falha, e segundo, que o grupo RBS não fez menor esforço para compensar o problema da produção.

Não quero saber os motivos ou os fatos que fizeram que o show não fosse divulgado, mas penso, que enquanto grupo de mídia a RBS fez um dos piores eventos, pois não fez jus ao seu nome e pior, desrespeitou a artista baiana de grande musicalidade e ainda mais, o público ouvinte da Pitty, que também ouve a rádio Atlântida e, portanto, consome os produtos/festas dessa.

Enfim, a Pitty estava maravilhosa, mesmo com um público muitíssimo pequeno. Eu como fã, pude apreciar de muito perto a sua desenvoltura no palco, e comprovei fortemente a grande artista que ela é, e o que ela representa para o cenário da música brasileira. Desconsidero as críticas que o seu rock é apenas comercial, e falo mais, considero suas canções uma nova forma de expressão do rock no Brasil, digamos assim, o rock de volta as suas origens, com letras que evidenciam problemas. Outrora eram questões de estados e de liberdade de grupos sociais, e hoje, a Pitty aborda as questões que cercam o ser humano e seu convívio.

Alguns até dizem que divago demais ao fazer tais afirmações. Tanto que era o meu desejo fazer uma entrevista com ela ontem a noite, e graças ao produtor da turnê e o pessoal da rádio Atlântida não consegi tal proeza, já que gostaria de conversar com ela sobre isso. Considero-a a Clarice Lispector do rock, e gostaria aqui, de me estender com as percepções dela, que com certeza ficará para uma próxima oportunidade, para um novo show maravilhoso.

Para terminar, pulei a noite toda, gritei as letras das músicas e me emocionei quando ela tocou "Equalize", e vou deixar essa música pra vocês e a "Me adora", música do novo álbum.




quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A gente nunca esquece!!!

Vocês já ouviram falar que devemos beijar, amar, e mais um monte de coisas como se fosse sempre a primeira e a última vez? Dizemos isso, pois acreditamos que a primeira e a última vez são marcantes. E me refiro no caso de paixões que deixam de lado sofrimentos. Não que obrigatoriamente essas paixões são calcadas apenas no prazer, pois assim, iria contra aquilo que ainda acredito. Mesmo não querendo, mesmo dizendo não estarmos disponíveis, mesmo colocando mil impecilhos materiais e imaginários, nós sempre estamos querendo algo que envolva carinho, afeto, e por que não dizer, um relacionamento estável.

E é nesse congruado em que se mistura aquilo que achamos que queremos e aquilo que verdadeiramente desejamos, que mitificamos o primeiro beijo. Eu creio piamente que o primeiro beijo diz tudo. Ahhh!!! Sei que muitos beijos ruins de cara se tornaram maravilhosos num outro pôr-do-sol. Mas como diz Drummond, se o primeiro beijo for bom, não pense duas vezes, não largue, agarre com todas as suas forças.

Os versos do poema são um tanto diferentes, a minha interpretação é essa, e quem sabe até minha filosofia de vida. Não quero julgar essa percepção que faço, essa mística que incorporo no beijo, nos meus romances. No entanto, não posso deixar de dizer, que o primeiro beijo, o último beijo, a gente nunca esquece.

Esse post é para alguém, que tive a honra de já ter tido o primeiro e o último beijo.

Para contemplar essa minha séria musical, digamos assim, deixo uma dica para vocês.


quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Nada melhor que o Sol

Eu deveria colocar um vídeo ou uma foto de sol, mas, convenhamos, seria muito óbvio! Então, naquela mesma idéia do post anterior, deixo pra vocês um clipe de uma música linda, de uma banda gaúcha, que infelizmente não existe mais, mas que deixou sua marca (minha opinião).

Abraços!!!



terça-feira, 29 de setembro de 2009

Para um dia bonito!!!

Sentado na minha futura sacana, admirando os raios do sol a iluminar as construções antigas da cidade do coração gaúcho, me deparo com sentimentos sublimes. Ontem, certamente não imaginaria que este dia fosse tão maravilhoso. Adoro o mês de setembro, adoro o dia 29 de setembro. Gosto de dizer que na semana final de setembro a gente decide o que vai ser do nosso próximo ano.

E não digo isso pois ouvi de um guru, li num livro, ou coisa do tipo. Mas por que simplesmente isso acontece comigo, e sem querer, sem pestanejar, as coisas tomam um outro rumo por esses dias. Mas isso não faz muito tempo também, uns 3 anos para cá.

Deixando de lado as explicações do que acontece no final de setembro, remeto-me apenas ao sol maravilhoso de hoje e que, aqui em Santa Maria, acompanhado de um dia friozinho, nos faz feliz.

Pra vocês eu deixo uma das minhas músicas prediletas!!!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Um beijo entre dois caras

Enquanto há um crise democrática em Honduras, gerada por golpe militar e tudo mais, e o Brasil abriga o presidente deposto Manuel Zelaya, o site da ACAPA publicou um matéria sobre um provável beijo gay entre dois jogadores.

Dei uma zapiada rápida pela rede mundial de computadores, e observei os comentários dos internautas. "Se não aconteceu ficou muito perto de acontecer" - frase retirada de um comentário. O que me leva a pensar na situação descrita, que depois do término do jogo os dois jogadores envolvidos desmentiram, afirmando apenas terem trocados confidências. Se foram precionados pela equipe técnica do time, ou apenas se deram conta da confusão moral em que se meteram, não posso afirmar, apenas supôr.

O que me deixa feliz, é imaginar que isso possa acontecer de verdade, e assumidamente uma hora dessas. Seria lindo, se o jogador fizesse o gol e mostrasse a foto do namorado estampada na camiseta de baixo. AHHH!!! Até parece sonhos de um mundo fantástico gerado pelas descobertas da adolescência. Mas, acreditar nessa possibilidade me dá esperanças no dia em que as diversidades poderão conviver na paz, com muito respeito, sem olhos grilados e sem comentários sobre um fato que deveria comum ao comportamento humano.

Enquanto isso não acontece, eu deixo o vídeo de uma reportagem sobre o fato de Honduras, esperando que a iniciativa de frizar um fato ligado aos homoafetivos permita que o sistema social, e todo o seu inconsciente coletivo vá percebendo que isso é de fato uma realidade e precisa ser vista com outros olhos, ser acima de tudo respeitada.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Para quem ainda acredita!!!

Quem nunca sonhou com o grande dia, em que você selaria com a sua outra metade todo o afeto e toda a cumpliciadde sentida por ambos. Sim, falo do casamento, da cerimônia, e com tudo que tem direito. Uma ótima decoração, um bom bufê, muita gente, tios, tias, amigos, enfim... figuras certeiras para que haja todo o encanto e toda a babaquice de uma cerimônia de enlace, segundo alguns descrentes no amor eterno.

Ver, participar disso nos sensibiliza, ou abre questionamentos para uma verdade sobre o amor. Se estamos sozinhos, meu caso, podemos manter aquela pequena faísca de esperança e acreditar em contos americanos, que no final você encontra a sua outra metade. E se você está acompanhado, já foi o meu caso, você tenta não olhar para o lado, não fazer nenhuma expressão de entusiasmo demasiado e nem de tristeza. Ao mesmo tempo que pretendes incentivar o seu parceiro, fica se indagando se ele é o cara que você quer para a vida toda. Pior, quando ele olha pra você e diz: "Um dia seremos nós dois". AHHH!!! A gente perde toda a racionalidade e o controle emocional. A gente se derrete e segundos depois larga aquele jargão comum aos que acreditam estar apaixonados, ou seria a frase utilizada apenas para corresponder ao ato, a prova de amor, e sutilmente você fala no ouvido: "EU TE AMO".

Gosto de dizer: 'coisas do amor'; acredite ou não, as pessoas fazem isso, o tempo todo, com ou sem motivos, falando a verdade ou não, por pura conveniência. Amar pode ser tolice, mas com toda a certeza, é o amor, independente de qualquer padrão, a melhor fórmula para viver. Alguns diriam, o melhor motivo para sofrer.

"No Recife, renomados arquitetos celebram união homossexual com ritos tradicionais e com convidados ilustres", uma manchete que apareceu apenas em alguns sites e revistas de fofocas do país. O melhor de tudo, ou o mais revoltante quem sabe, é que nenhuma discussão, ou melhor, nenhuma ressalva sobre a união homoafetiva foi levantada. Claro que estou excluindo os comentários feitos pelos internautas. Afinal, nas manchetes era mais lucrável falar das celebridades e da poupa do evento, do que da situação que ainda é vista com muito preconceito no Brasil.

Um comentário especificamente me chamou atenção. Temos como cultura social, perdoar toda e qualquer atitude, desde que ela pertenla ou venha de pessoas abonadas, bem vistas socialmente, em outras palavras, pessoas com dinheiro e com fama.
Mesmo assim, considero digno uma união homoafetiva, entre pessoas que possuem esse destaque, e que de certa forma contribuem para a quebra de conceitos, as barreiras preconceituosas que cerne a nossa sociedade. Assim, com a esperança que eu possa ser protagonista de uma cerimônia semelhante a esta, deixo o vídeo desse momento, que deve marcar a união homoafetiva no Brasil, mesmo que esta ainda não seja legal para os olhos do nosso sistema judiciário infame e de nossa política de inclusão ineficaz.

Grande abraço.


segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Filme em tributo a Michael Jackson

Saiba mais aqui.

Uma história na Grécia

Nessa de tentar mudanças e de buscar diversão num momento inusitado, em que muitas questões precisam ser resolvidas (... ) e; como um bom morador do nosso tempo, em que os gurus não são os mesmos, e as profecias podem vir de todos os lados, eu fico com a do cinema. Algo instantêneo, prontinho, um bom enlatado americano, para no mínimo, dar esperanças.
Assim no mesmo anseio do filme, que ainda não assisti, deixo vocês com o trailer do "A minha vida em ruínas".


quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Sem mudanças, apelamos para a diversão

Para quem acompanha filmes de temática gay produzidos mundo afora já deve ter visto, no mínímo, falar do "Mambo Italiano". O longa mostra como uma família de origem italiana, inserida num meio italiano, vive e problematiza a questão da sexualidade de seu filho. E como todo italiano e principalmente, os que deixaram a Itália, fazem de suas vidas pessoas um assunto comunitário.

Para quem quer saber mais sobre o filme, acesse esse link. Porém, o que me interessa é relacionar este belo e divertido filme com a minha situação. Também sou filho de descendentes de italiano. Mesmo passando gerações, e ocorrendo muitas misturas étnicas, quando se trata uma novidade na família, ou a resolução de uma situação, me remeto as cenas desse filme.

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Em meio a tentativa de mudanças, que não andam ocorrendo em minha vida, deixo o trailer do filme "Mambo italiano" e a promessa de voltar a escrever no meu amado blog. Um bom feriado, e que a idenpendência do Brasil seja lembrada como um marco das muitas lutas que temos a frente. Dia-a-dia conquistando o nosso espaço. Fico feliz em saber que o IBGE perguntará no Censo 2010 sobre casais homoafetivos.
Bom final de semana e ótimo feriado!!!


quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Ainda no período de transição

Entre procuras por apartamento para morar, entre tentativas de organizar uma vida que nunca teve organização e planejamento como parâmetros, aqui estou para dar um respingo de vida ao meu blog. Pobre coitado, não tenho dado nenhuma atenção a ele. Quem sabe falta de criatividade, de tempo, de recurso técnico, ou melhor, todos esses ingredientes super mega misturados.

Procurar apartamento nunca foi algo que eu aprecio. Geralmente decido no primeiro que vou ver e é isso - mesmo que não me agrade. Odeio ficar entrando e saindo, pegando chaves em imobiliárias ou coisa do tipo. Dessa vez estou fazendo algo diferente. Procuro morar com quem já mora, uma que facilita um monte, já que estou com uma super pressa para fazer a mudança. Pois acredito que uma mudança possa oxigenar a minha vida.

Assim, vou até os classificados, marco o anúncio, depois ligo, vou conhecer o apartamento e consequentemente a figura que quer dividir. E tem muitas figuras diferentes, na verdade, dessa vez só tenho conhecido pessoas "normais". É que convivo e amo isso, conviver com a diversidade. Personalidades bem marcantes, que se tornam esquesitas até aos olhos de muitos.

Enquanto isso, a mídia inteira, não só do Brasil, mas de alguns lugares do mundo, falam do desaparecimento anunciado pela própria família do cantor e compositor Belchior. Se ele sumiu ou não, se ele está doente, pouco me importa. Verefico apenas que esse evento de mídia deu oportunidade para muitos brasileiros que não conheciam a obra de Belchior.

Abraços, me desejem sorte com na busca por apartamento.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Aos meus leitores

No momento estou numa fase que espero ser de mudanças. Vendo muitos filmes fazendo muitas leituras, buscando alinhar os meus pensamentos, os meus objetivos de vida e enfim, dar um novo rumo.
Mês de agosto, para os povos antigos, principalmente do velho mundo, é o mês em que acontece a renovação celular em nosso corpo, portanto, espero que nesse mês de agosto eu consiga fazer acntecer outras mudanças necessárias em minha vida.
Enquanto isso, estou dando um tempo, na verdade já dei esse tempo desde o mês de julho do blog. Uma das causas é que estou sem internet, mas espero que até o final do mês eu volte a ativa. Quem sabe com abordagens diferenciadas, falando mais das minhas percepções, ou fatos que apenas me interessam nesse mundinho louco e gostoso de se viver.
Uma boa semana, um ótimo mês, e que seja um tempo de muita renovação em nossas vidas!!!!
Abraços

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Um final de semana romântico

Quando o amor pode ser ou não a solução para a felicidade??? Que tipo de amor você acredita. Aquele de contos de fadas, com todos os detalhes e todas as frescuras possíveis.?Ou você é ainda aquelas pessoas que se colocam no fantástico mundo de Bob, que depois de encontrar o grande e verdadeiro amor, tudo fica perfeito, todos os problemas desaparecem?

Você pode ainda mostrar-se frio o tempo todo, mas acreditar que o amor é algo que acontece e marca. Que é surpreendente, que fará você fiel, que fará você se sentir completo, nas nuvens. Tem ainda os que acreditam que o amor não existe, ou que acreditam que o amor é unilateral, que o amor verdadeiro e entre os amigos e com a família. Há também os que acreditam numa alma gêmea, destinada para cada um. Outros acreditam que essa alma já morreu ou está muito longe.

Existem outras milhares de formas e concepções, de pessoas que diferentemente do conceito que empregaram no amor e na forma de amar, tem uma pequena semelhança. Todas elas colocam na centralidade de suas vidas o estar junto, o estar ao lado de quem se ama, e que torna a felicidade possível. Idealizada ou não, fantasiada ou até pessimista. Amar é uma dádiva, é um ato de coragem, e que não está ligado a carne, não está ligado a emoção, não é somente a paixão. O amor, se manifesta, mesmo na indagação, mesmo com dúvida, mesmo não querendo. Se ama quando não se quer, se ama mesmo querendo deixar de amar.

Na superficialidade do meu conceito de amor, depois de ver um filme, simplesmente apaixonante, “Uma questão de amor”, um longa francês que conta a história de um garoto que esconde dos pais sua homossexualidade. Bem tradicional o enredo, porém essa história em si é apaixonante. Ou é apaixonante um final de semana banhado com muito orvalho e o frio gaúcho, pelo aconchego da família, por uma boa caminhada e por um mundo de indecisões pela frente.

Falar de amor sempre é assim, é tornar-se uma poesia mesmo sem rima, é valer-se de todo o sofrimento, de toda a paixão e de todo o prazer para expressar. Não vejo o amor de outra forma. Mas tenho uma explicação da minha forma de amar. Assim como os amigos quando conheço, alguns me apaixono de cara e digo na mesma noite que adorei e que serei amigo pra sempre. Outros, na primeira vista não gosto muito, esqueço-os até com o tempo, mas de repente vejo o quanto os amo. E desses dois jeitos meus, vejo que o amor é uma construção, daquilo que se vive, daquilo que não se vive, daquilo que é dito e o que não precisa nem dizer. É quando sabemos de verdade o que o outro está sentido, e sabemos que está nos enganando e pior, enganando a si mesmo. Assumir um amor, gay, hétero, entre amigos, entre pais e filhos, sem dúvida nenhuma é uma decisão difícil, é um ato de extrema lealdade consigo mesmo. Afinal, e muito me padece, amar ainda é tido como algo para os fracos, para os sensíveis, para os de pouca razão.

Para os sábios, o amor se dá por interesses, por aptidões, por objetivações. É muito mais um negócio do que um elo. É muito mais uma parceria do que companheirismo. Quem sabe as poucas histórias de amor em filmes, livros, a nossa volta, entre nossos amigos, são o resultado desse medo de amar quem se ama de verdade, mesmo que isso gere muitos sofrimentos.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

VIVA!!!


Viva!!! Pode designar uma ação indicativa do ato de viver, ou também, e é no nosso caso, uma forma de expressão de um ato feliz, uma comemoração. Toda essa alegria por ver noticiado ontem de tardinha que um americano, após uma união estável de mais de 11 anos com um brasileiro, ganha o visto de nacionalidade brasileira.

Este caso é comum em casamentos heterossexuais, e o primeiro a ser dado para um sujeito devido a sua relação homoafetiva. Claro que há três anos eles já tinham legalizado a união, por meio de um ato de uma juíza, situação de direito semelhante de um casamento.

O que me chamou a atenção, foi que na entrevista que eles concederam à Globo News, o brasileiro disse que para ele não interessa se são casados ou não. Não quer saber deste termo, apenas quer ter os mesmos direitos dados a todos os heterossexuais e aos parceiros dos mesmos. Para ele isso é que importa.

Com certeza um ato que marca a história do direito homoafetivo no país. Sabia mais acessando este link.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Em busca do 'Princípio de Igualdade'

Nova York, 27 de junho de 1969, há exatos quarenta anos acontecia a que conhecemos como Revolta de Stonewall, em que gays lutaram num bairro novaiorquino contra os policiais que fizeram mais uma incursão violenta num bar gay. Este protesto é tido como o ponto de partida de todo o movimento de liberação dos gays nos EUA e também como primeiro passo para a busca dos direitos iguais aos homossexuais.

Digo isso pela proximidade da data, mas muito mais, porque na semana passada eu tive um vislumbre por meio de uma nova possibilidade. Além de ter defendido a minha monografia, na terça-feira dia 30, com o título "As representações da identidade gay na mídia gay: uma análise de duas revistas especializadas" eu soube de notícia sobre a possibilidade de reconhecimento no Brasil da união entre homossexuais.

Quer dizer, aquilo em que eu estudo, mesmo não tendo nada a ver com a militância e com a busca de direitos pelos gays, de certa forma é a maneira que eu encontrei para me apoiar e apoiar ainda mais esse modo de vida, e está diretamente relacionado com aquilo que nossa amada Procuradora aposentada, a gaúcha Maria Berenice Dias tanto defende, que é a possibilidade do Estado apenas cumprir o seu papel de legislador, de norteador das relações sociais e estabelecer o direito aos homoafetivos, já que estes não necessitam do direito para existir, mas que na lei precisam ser acolhidos já que fazem parte do sistema.

Falo isso, pois no meu trabalho mesmo, sem querer, acabei concluindo que os gays, e todos os homoafetivos - com a abrangência que o termo possibilita - têm grande potencial comercial, vide os anúncios publicitários encontrados nos veículos direcionados, que vão desde grifes de roupas, perfumes, até marcas de automóveis de grande valor.

Quem sabe, por verem que somos em grande número, que também temos potencial financeiro, que somos instruídos e informados, começam haver manifestações de políticos, que eu sempre fico com o pé atrás, como do deputado... Mas tem outras demonstrações como, a da procuradora-geral da República em exercício, Deborah Duprat que me fazem acreditar no sistema, na Justiça e no Estado. No entanto, a proposta dela depende do STF e como todos devem saber, as coisas por lá não estão como deveriam, há jogos políticos, há decisões duvidosas e pouco fundamentadas, então, provavelmente a inteção de legalizar as uniões estáveis entre homossexuais não passe de um projeto. Quero deixar claro, um projeto que a Deborah propõe neste momento, que a Maria Berenice Dias vem lutando e conquistou muito no RS, pioneiro na questão do direito aos parceiros homoafetivos, e que venham muitos outros que apoiam essa questão. Porém não como forma de alavancar carreiras, mas no sentido autrísta mesmo, de ajudar aos próximos, aos irmãos, essa é verdadeiramente uma comunhão, diferente da pregada por muitas religiões.

Grande abraço! (as matérias estão nos dois links, é importante leiam)

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Para animar a segunda-feira



Recebi hoje um e-mail de uma pessoa que está adentrando no meu dia-a-dia. Ou o contrário, afinal é engraçado como as amizades surgem na minha vida. Deixando isso de lado, o e-mail tinha no título o homem mais bonito do mundo, claro que fiquei doido para ver. Apressadamente entrei e vi um cara deslumbrante. A surpresa é que não é nenhum dos bonitinhos conhecidos e aclamados pela mídia, pelo menos a brasileira. Segundo o site xxy a sua sexualidade é posta em dúvida, mas quem está interessado nisso. É um verdadeiro deus grego, seu nome é Sakis Rouvas. Vou deixar um clipe e algumas das imagens desse belo cantor grego.



sexta-feira, 26 de junho de 2009

O dia dos Michel/Michael

Em 25 de junho de 1984, há 25 anos atrás, morria um dos maiores pensadores, tanto da filisofia, da psicologia e por que não dizer da psiquiatria. Michel Foucault desamarrou muitos nós que ainda estavam em discussão. A homossexualidade e todo o discurso do sexo, pode ser considerado, ou pelo menos eu considero, como as maiores contribuições para a humanidade. Quem sabe, gerado por suas próprias indagações que na juventude o fez tentar suicídio.

É conhecido por suas obras relacionadas a discussão do poder e do discurso enquanto agente de poder ativo do ser humano. Revoluciona, por meio das teorias discursivas, aquilo que outros pensadores como Lacan vinham trabalhando. Deixa claro que somos seres culturais, influenciados não somente por nossos desejos e nossas perversões, mas por tudo aquilo que nos rodeia. Combateu ainda a idéia de que apenas a herança genética, ou o fator biológico marcariam o ser humano.

Sua morte se deu por complicações do vírus HIV, numa época de ápice da doença.

Não quero aqui, de forma alguma comparar, ou fazer qualquer aluzão que congrege essas duas personalidades geniais da humanidade. A primeira que já relatamos, Michel Foucault, e a segunda, que deixa este nosso mundo também no dia 25 de junho deste ano (ontem). Michael Jackson, cantor, compositor, ídolo pop, o que revolucionou toda uma cultura nos anos 80. Os clipes musicais que conhecemos são pertencentes ao seu legado, entre muitas outras transformações e revoluções dentro do mundo artístico. Polêmico, doente, esquesito.... muitas e muitas adjetivações que o definiram nos seus 50 anos de brilhantismo na Terra.

Deixo para vocês um pouco da história desses dois caras, um que é meu mestre enquanto pensador e o outro, que mesmo não sendo fã, não posso deixar de lado a sua relevância dentro do mundo artístico e cultural da contemporaneidade.

Sobre Michel Foucault - no UOL; na G News

Sobre Michael Jackson - vídeo da globo (abaixo)

terça-feira, 23 de junho de 2009

Um curta premiado

Quero deixar para vocês o curta-metragem brasileiro, Café com Leite. Com temática GLS, muito bem produzido e, repito mais uma vez, não temos acesso para vê-lo, senão pela internet.

Vale a pena!





Uma terça-feira de chuva!!!

O mês de junho ainda nem acabou, mas já estou com aquele sentimento nostálgico daquilo que passou. Devera, pois pode ter sido o mês mais marcante. Muitas coisas aconteceram, não tive tempo nem para respirar, quer dizer, tenho ainda alguns dias para isso. Algumas viagens, alguns eventos, a finalização da minha pesquisa. Tudo junto, somados ao mundo que me rodeia, um verdadeiro aglomeramento de emoções, sentimentos.

Hoje, neste dia maravilhoso de chuva, mesmo tendo acordado cedo, já que me acostumei a dormir no máximo quatro horas por dia nos últimos tempos, estou fazendo aquilo que mais tinha saudade. Ver filmes, e um atrás do outro, somente apreciando as imagens, degustando a narrativa, sem esforço nenhum.

Porém, não consigo me abster de uma dica, um comentário, ou seja lá o que for. Esse filme eu encontrei por acaso, Mulligans (2008). Infelizmente não encontrei muitas informações sobre ele, fato comum ao cinema com temática GLS. Nunca achamos nas locadoras, nunca conseguimos legenda em português e muito menos sabemos que eles existem.

Este é um filme lindo, bom de ser apreciado. A temática ainda é tratada como percebemos ser de fato. Ser gay ainda gera conflitos, e assumir-se gay, então, nem se fala. O filme tem esse foco, não é triste, não é instigante, apenas faz seu papel, e deixa uma pulga atrás da orelha, pelo menos deixou em mim.

Para quem for ler este post ainda nesta terça-feira, e está em alguma cidade gaúcha com chuva e um friozinho, não pense duas vezes. Assista um bom filme, leia um bom livro, tome um bom vinho, aprecie a vida, aprecie a arte. Não somos aquilo que temos ou construímos, mas sim, somos o resultado daquilo que apreciamos.

Frases feitas, nostalgia pura, de uma terça-feira, em que sempre acreditei ser o dia que marcaria a minha vida. Quem sabe será, afinal ainda faltam doze horas. Deixo o trailer para quem estiver interessado no filme, vale a pena!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Momento de reinventar!!!

Quando algo me feria, ou eu simplesmente não me sentia bem, recorria a escrever, questionar, ficar horas tentando construir, engendrar aqueles pensamentos em busca de uma solução. Não a solução do problema, mas sim um bom desenrolar para as minhas questões, as minhas culpas, aquilo que eu acreditava ser o motivo, a verdade.

No entanto, coisas nos acontecem, dia a após dia somos surpreendidos. E o engraçado que gostamos de lembrar, ou melhor, nosso cérebro é que gosta, de lembrar fatos marcados por certa negatividade. Agora mesmo, estava vendo uma pessoa e seu bom estado de espírito do lado de outra pessoa (acho que fui claro). Tempos atrás isso me levaria há longes períodos de reclusa e de muita cognição. Agora, posso dizer que de princípio, como toda a atitude humana, eu senti raiva. Muita raiva, mas deixo claro, de mim mesmo, das minhas escolhas, dos meus posicionamentos, da minha falta de inteligência.

Começo este meu post falando de mim, e das minhas intermináveis reflexões. Termino ele, de uma forma mais cautelosa e quem sabe a que ando adotando desde que algo muito interessante aconteceu em minha vida. Como disse, gostamos, ou melhor, gosto de frisar aquilo que me magoou, entretando, neste momento, quero ressaltar as coisas maravilhosas que aconteceram nos últimos 21 dias, as pessoas que conheci, e os amigos que fiz. Sabem aquele dito, "ao fechar uma janela, abram-se várias portas"? Eu não acreditava nele, não! Quem diria, isso acontece até mesmo com um cara fora dos padrões.

No mais, o voto de minerva do STJ que coloca a não obrigatoriedade do diploma de bacharel em Jornalismo para atuar na profissão, me mostra o quanto nós precisamos que aconteça algo aparentemente ruim, que nos magoa, que nos faço sofrer; para que algo de bom, uma mudança surja. Não falo de felicidade instantânea, até porque tenho meu "pé atrás" quando a observo. Falo sim no espírito de buscar o novo, de estar sempre lutando por seus desejos, suas vontades e se reinventar a cada instante. Seja profissionalmente, individualmente ou nas questões do coração.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

"Casos de Intelerância"...

Não sei explicar o que levou o repórter da Rede Globo colocar assim os casos de atrocidades ocorridos durante a Parada Gay de São Paulo deste ano. Gentem!!! Como diria Sissa Guimarães, não existe intolerância, ninguém está pedindo para ser tolerante, não quero isso, e não sei se alguém que estava na Parada pensa assim. Na verdade a primeira coisa que queremos é ser vistos, lembrados, nos mostrar. Parece frufru ou coisa do tipo, mas até o momento, tudo que se conquistou foi deste jeito. Formamos um multidão e até colocamos medo em muitos grandões.



E é sim para provocar que a gente vai para uma Parada, que a gente gasta toda a voz e grita pensando que estamos num carnaval gay fora de época. Mas também é para ter os mesmos direitos, como bem fala a constituição, sem nenhuma distinção, seja ela qual for. E no caso, a nosso visibilização se dá pelo bem. É ridículo ver que os fracos, os que não conseguem convencer que suas ideologias estão corretas se utilizam da extrema violência, e o pior que isso não acontece somente contra os homoafetivos. Vemos isso no futebol, nas milenares brigas religiosas e políticas, enfim, todos querem que suas verdades sejam as coletivas.

Em meus estudos, consegui uma fala de um professor que colocou a questão de vivermos em tribos e que uma possa conhecer as peculiaridades da outra, mas nenhuma delas precisa necessariamente ter ou adotar os aspectos da outra, cada um dentro de seus conceitos. A verdade é que isso é um papo teórico e que dificilmente irei ver acontecendo numa totalidade.

Acredito na mudança e algumas coisas me animam. Os casamentos gays na Igreja Anglicana, o príncipe indiano assumidamente gay e que esteve no Brasil, e até o Serra falando bem (apoiando); o que os políticos não fazem por votos de uma massa, como diz Caligaris, cuidados com os movimentos de massificação, eles podem ser utilizados como instrumentos ideológicos para campanhas e para que ninguém discuta nada.

A Parada Gay paulista continua linda. Mas infelizmente o jornalismo, e desse eu falo mal mesmo, pois pertenço ao grupo, não deu o devido valor. Nunca ouvi durante a cobertura de um carnaval alguém falar dos vários foliões que passaram mal por causa do álcool, agora dos gays eles citaram até o número de atendimentos. E intolerante, como diz um amigo meu, a sua mãe é que deveria ser (no caso a mãe do jornalista que escreveu o tal off). Existe outros termos, poderia ser atrocidades, extrema violência, desrespeito com as diferenças... tudo menos intolerantes. Acho que está mais do que na hora dos homoafetivos serem intolerantes com gente que pensa dessa forma, e só para constar: intolerância não tem nada a ver com violência direta, é bom dar um olhada no dicionário...

Leia matéria da BBC Brasil sobre índices de violência contra homossexuais!

Coisas legais pra ler do Mix Brasil e que tratei neste post, você encontra aqui.

domingo, 7 de junho de 2009

O desrespeito às diferenças!!!

O texto que segue abaixo foi retirado da Folha de São Paulo (assinantes) deste domingo, dia 07 de junho, da seção Opinião. Uma amiga mandou para mim e claro, não poderia deixar de colocá-lo aqui.

Boa leitura!!!
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O desrespeito à diferença

JORGE WERTHEIN e MIRIAM ABRAMOVAY


Recente pesquisa revela que os homossexuais são o grupo que sofre mais discriminação nas escolas de Brasília

AS CIÊNCIAS biológicas, humanas e sociais avançam, e seus estudos fornecem, cada vez mais, elementos para derrubar mitos, tabus e preconceitos. Mesmo quando não apresentam resultados conclusivos, elas apontam para concepções e percepções mais razoáveis que as do senso comum, muitas vezes carregado de equívocos.

No caso da homossexualidade, a biologia e a psicologia indicam, há muito, que não se trata de doença física, tampouco mental, como se tentou demonstrar durante anos. A sociologia e a antropologia, por sua vez, já demonstraram que as identidades sexuais são construções humanas, e sua aceitação e rejeição variam conforme tempo e espaço, ou seja, são relativas. Curiosamente, essas ideias parecem não ter ainda penetrado suficientemente no seio da maioria das sociedades. O desvio de um padrão de comportamento sexual continua provocando estigma e discriminação.

Mais uma pesquisa demonstra que as ciências têm passos mais céleres do que a sociedade em geral. Lançado há poucos dias em Brasília, sob os auspícios da Secretaria da Educação do Distrito Federal e da Ritla (Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana), o estudo "Revelando Tramas, Descobrindo Segredos: Violência e Convivência nas Escolas" apresenta dados e depoimentos que explicitam, uma vez mais, a homofobia no ambiente escolar.

As autoras da pesquisa não têm dúvidas - até porque já realizaram estudos semelhantes em outros Estados - de que o problema afeta escolas de todo o país. Trata-se, portanto, de um fenômeno nacional e, certamente, internacional, como o comprovam outros tantos estudos, depoimentos e denúncias mundo afora.

Para ter uma ideia, a recente pesquisa revela que os homossexuais são o grupo que sofre mais discriminação nas escolas de Brasília: 63,1% dos entrevistados (em uma amostra de 10 mil estudantes e de 1.500 professores) alegam já ter visto pessoas que são (ou são tidas como) homossexuais sofrerem preconceito.

Mais da metade dos professores também afirmam já ter presenciado cenas discriminatórias contra homossexuais nas escolas. O dado torna-se mais chocante quando 44,4% dos meninos e 15% das meninas afirmam que não gostariam de ter colega homossexual na sala de aula. É muito. E é grave.

Cumpre reconhecer que o Brasil tem discutido a questão da homofobia. A Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República lançou, no último dia 14 de maio, o "Plano Nacional de Promoção da Cidadania e dos Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais", que contém 50 diretrizes e ações necessárias para garantir a igualdade de direitos e o pleno exercício da cidadania a esse segmento da sociedade brasileira. No entanto, a escola avança de forma muito mais lenta, como se observa na recente pesquisa. Apelidos grotescos, maus-tratos, ofensas e ameaças são constantes, implicando sofrimentos maiores.

A pesquisa mostra também que, quando o tema é ser ou parecer homossexual, a violência é banalizada, naturalizada, não é vista como um grave problema, mas como brincadeira. Não há a percepção do desrespeito.

As consequências da discriminação e do preconceito podem ser decisivas no desempenho escolar e para a autoestima dos estudantes. Sabe-se que eles perdem o interesse pela escola, como foi verificado na pesquisa, ou são transferidos constantemente de sala, de colégio, e a reprovação e o abandono escolar acabam sendo uma constante.

A homofobia nas escolas, aliás, merece atenção especial no contexto de uma questão mais ampla, que a abrange: a das violências no ambiente escolar. Esse problema não tem recebido, ainda, a atenção devida por parte das autoridades responsáveis pela implementação de políticas públicas (a preocupação recente do governo do DF é uma das poucas exceções), e os educadores em geral mostram-se espantados e assustados.

Urge que pais, professores, estudantes e funcionários das instituições de ensino organizem-se para construir ferramentas e estratégias pedagógicas de enfrentamento da homofobia no ambiente escolar, bem como das demais formas de estigma, preconceito e discriminação. Afinal, não há como negar o problema.

É preciso que a sociedade avance e torne seu comportamento adequado ao que há de mais atual nas ciências biológicas, humanas e sociais.


JORGE WERTHEIN, sociólogo, mestre em comunicação e doutor em educação pela Universidade Stanford (EUA), é diretor-executivo da Ritla (Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana). Foi representante da Unesco no Brasil.
MIRIAM ABRAMOVAY, socióloga, mestre em sociologia da educação pela PUC-SP, pesquisa violência nas escolas.

Olhos atentos