sábado, 25 de abril de 2009

Tempo nosso, do nosso Tempo

Hoje é terça-feira/ O céu borrou a cor/ Ó minha mão do céu/ Ó meu pé do chão
Eu não ouço vocês/ Eu não ouço vocês/ Eu não creio em vocês ..
Só acredito no semáforo/ Só acredito no avião/ Eu acredito no relógio/ Só acredito ...

Se é terça-feira ou não... Esse a música Semáforo do Vanguard tem ou não sentido... Dissonâncias de um tempo em que não temos caminhos, rumos, lugares determinados para sermos felizes. E aí eu volto aos temas que tanto tem ocupado minha cabeça, meu blog, meu dia-a-dia. O que é ser feliz? Que tipo de felicidade que eu quero? Parecem tolas e medíocres, mas quantos de nós fazemos estas perguntas? Eu pelo menos tenho duvidado demasiadamente sobre a questão da minha felicidade e também desta que nos é vendida.

Assunto sem eixo, quem sabe, mas não se preocupem: “Eu tenho um propósito”. Estava conversando com uma amiga sobre algo que aconteceu comigo na semana passada. Ela sempre paciente ouviu a minha história longa e repleta de detalhes. Depois, como observado nata, que és, me olhou nos olhos e perguntou: “Como você classifica o teu tempo?” Ohh!, perguntinha difícil, eu nunca pensei que o tempo tivesse classificação. Me contou, então, sobre o mito de Chronos e a divisão do tempo para os gregos da antiguidade, e quem sabe, para muitos cidadãos do nosso mundo globalizado.

Para os gregos, você pode medir o seu tempo pelo Chronos ou pelo Kairos. O primeiro é o tempo cronológico que estamos acostumados. O Kairos seria o tempo medido pela intensidade das coisas. Conclui rapidamente que prefero considerar o meu tempo Kairos e usar-me da imortal frase de Vinícius de Moraes, ‘Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.”

Nessa de querer aproveitar um momento que consideramos ser excelente, podemos cair na armadilha da auto-sabotagem. Continuamos ‘felizes’, ou achamos que estamos, para ficar aonde estamos, não precisar mudar nada. É muito mais cômodo ser aquilo que já somos acostumados, e agora ser o que deveríamos ser, mesmo que não nos fizesse mais felizes, mas que nos abrisse, pelo menos, os olhos para as outras possibilidades.

Dessa confusão de pensamentos palavras não muito bem arranjadas, vou deixar pra vocês uma dica, o filme Vestida para Casar. Às vezes esquecemos de controlar o tempo para o que queremos de verdade, às vezes precisamos que alguém entre ou sai de nossa vida para percebermos isso. Mas por que somos assim???

Um ótimo final de semana!



1 comentários:

@_-¯Cristiano Quaresma¯-_@ disse...

Me vem Caimmi, em devaneios, "seu mundo não é esperado!"... o que esperar? Ação constrói... e assim se segue! NAMASTE!

Olhos atentos