sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Homossexuais não devem doar sangue. O QUÊ???

Contraditória no mínimo. Depois poderia dizer: desumana, imoral, sem cabimento e por aí iria difamando uma resolução do Ministério da Saúde do final de semana passado. Notícia, que não vi em lugar algum. Tudo bem que viajei na sexta-feira, mas somente fiquei sabendo deste fato graças a internet e sites de notícias não comprometidos com instituições governamentais; já que estas gastam ‘horrores’ em publicidade ‘institucional’. É apenas propaganda do trabalho do futuro candidato – na maioria das vezes.


Vamos lá, na sexta-feira passada (19/09) a Nota Técnica N0002/2008/SAS/SVS/SEGP/MS, que tem como assunto: Situação de risco acrescido para doação de sangue do Ministério da Saúde proíbe – pra ser direto – a doação de sangue por homossexuais e homens que fazem sexo com outro homem. Além de um preconceito tremendo, dizer que nós gays, não podemos ter essa atitude solidária, é afirmar que somos COISAS a ser vistas como doentes, AINDA. Pensem comigo, os héteros que conheço – a maioria dos meus amigos –, suas atitudes não são nada certinhas como deseja o Ministério. O pior, que héteros fazem sexo sem camisinha à reviriu. Não estou dizendo que gays são santos, e nem que héteros são os capetas; mas rotular, como esse órgão federal fez, é a mesma situação.Se para doar sangue, e eu já o fiz algumas vezes, a gente faz toda uma avaliação anterior com questionamentos e tal, e também, o sangue coletado vai para exames. Por isso, afirmar que esta população carrega muitas doenças consigo, não tem cabimento. E pra criticar; no Rio Grande do Sul doei apenas uma vez, no final do ano passado, e a avaliação não foi boa, quase não serviu para nada – e eu tive que mentir. Já no Paraná, quando fui doar pela primeira vez, fui submetido a uma entrevista decente, onde disse a minha orientação sexual e o médico me questionou com que freqüência tinha atos sexuais e o número de parceiros e me pediu se estava fazendo-o para testar meu sangue, ou não. Me tratou com uma forma bem CABANA e disse que é importante ajudar pessoas que precisam, independente de qualquer coisa. Nunca irei esquecer aquelas palavras saídas de um senhor com mais de 50 anos, e de um carisma imensurável.

Já para o Ministério, que mostrou quanto incoerente é, que no mês de março desse ano criou uma política para os GLBTT, dizendo que não temos somente AIDS. Lindo não, eles ficam dizendo que somos mesmo doentes. Quando isso vai mudar? Por favor, nova geração, por favor, geração atual, isso precisa mudar! O motivo dessa política de gênero é incluir, mas ignorantes de plantão!!!; incluir dizendo que somos doentes e proibindo a doação de sangue!!! Isso não dá pra engolir. Acho mesmo que eles têm medo de a homossexualidade ser transmissível; se assim fosse, gostaria demais que um deles pegasse.

Pra quem quer conferir num dos poucos lugares que sai a notícia:

A Capa
MSN – Estilo de vida
Revista LadoA

Política de inclusão dos GLBTT – Portal da Saúde

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Vídeo BOM

Paixão. Algo que não sei explicar; e sinceramente, acho que ninguém sabe fazer de forma a demonstrar a realidade. Os poetas, escritores, compositores, todos colocam ela como fonte inspiradora. O sofrimento ocorrido por uma paixão 'platônica' provaca maiores resultados. Tanto na questão: dor; quanto na questão produção; dependendo do sujeito.

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Adoro a publicidade. Ela transforma, nos leva do sonho à realidade e vice-versa. Também resumo, de uma maneira simples, o que tanto enrolamos para dizer (coisas não agradáveis da profissão deixo de lado).

O que quero é dizer, sem fazer propaganda, este comercial saiu MUITO DO BOM. Fala de paixão, de uma forma bem real, acho!


terça-feira, 23 de setembro de 2008

Por que eu sou gay e você não passa de uma bicha...


Há uma relação, embora mascarada, entre homofobia e desigualdade social. Mais precisamente entre identidade homossexual, o que nos remete aos interiores do “movimento”, isto é, não aos olhares marginais/periféricos ao “movimento”. Se nos delimitarmos um pouco mais, a homossexualidade masculina grita (e tem mais espaço) do que a feminina. Aqui se hipotetiza o subjugo perene da mulher na sociedade patriarcal, isto é, mesmo se assumindo como lésbica, seus graus de liberdade são, generalizadamente, menores em relação ao homossexual masculino.

GLBTT se refere a gays, lésbicas, transexuais e travestis. Antes se revelar como quaisquer dessas letras da sigla, há uma raça, uma classe social a que se pertence. Será mesmo possível que homossexuais ricos tenham os mesmos problemas que homossexuais pobres? Mais, de fato, há correspondência recíproca e equivalente entre os anseios de gays, lésbicas, travestis e transexuais? Homossexuais de países desenvolvidos enfrentam os mesmos problemas daqueles que vivem nos países subdesenvolvidos?

As comunidades e a identidade gay se erigiram e ganharam voz com o capitalismo (especificamente, desenvolvimento capitalista). A família vai perdendo seus traços de unidade de controle sobre os indivíduos e a introdução do trabalho assalariado reforça isso ao destituí-la do “posto” de unidade rural de produção auto-suficiente. Dessa forma, não só procriar deixa de ser o objetivo maior da família, como uns vão perdendo os domínios sobre os outros. Nessa brecha, os filhos puderam se emancipar e organizar suas vidas conforme pretendessem, precisamente em grandes centros urbanos.

O desenvolvimento do capitalismo impinge, por outro lado, arrefecimento gradual divisão sexual do trabalho à família. Com o que a mulher tanto se assume lésbica, quanto se engaja em causas feministas. Porém, sobre a mulher incide discriminação anterior à homossexualidade, decorrente do machismo.


Conforme se mencionou, a urbanização é condição primeira para o surgimento de relações e canais de identificação homossexual; que abre espaço para se sentir parte de uma “comunidade gay”. No Brasil, São Paulo foi uma das primeiras a incluir legislação proibitiva de discriminação por orientação sexual, o que tem se estendido a outras cidades brasileiras.

Voltando à questão socioeconômica. A desigualdade social importa por ser fator obstaculizador do estabelecimento de relações homoafetivas, de redes entre homossexuais. Especialmente pela menor possibilidade dos mais pobres se independentizarem de suas famílias. Ao passo que homossexuais de classes mais altas têm condições financeiras para “bancar” apartamentos específicos para encontros ou de pagar motéis. Há de se lembrar que homossexuais das classes "inferiores" podem representar importante ajuda financeira e material à família, tornando-a mais tolerante para com suas relações homoafetivas.

Homossexuais de classes mais baixas se deparam mais com a burocracia estatal ou dependem mais de serviços estatais, os quais apresentam limitações sérias nos países subdesenvolvidos. Fato que os torna mais suscetíveis à discriminação e vulneráveis.

As diferenças entre estilo de vida de homossexuais ricos e pobres influencia os ambientes (sobretudo os de lazer) a que freqüentam. Para ter acesso a lugares como boate, lojas, cinemas destinados ao público gay é preciso ter dinheiro (o que se denomina “pink economy”), restando aos homossexuais pobres os espaços como praças, parques, praias. Há, então, hierarquia homo-espacial, que pode intensificar a discriminação do gay pobre e negro ao aumentar a importância e, por isso, aceitação do gay rico e branco. Esse se torna aceitável por ser fonte de lucro, afinal, fomenta a pink economy.


Por fim, ao estarem restritos a espaços públicos para estabelecer redes homoeróticas (afetivas, socializantes), os gays da periferia estão mais sujeitos à violência, que pode ser tanto de grupos homofóbicos, quanto de policiais. Há para os homossexuais ricos uma redoma das discriminações gritantes, além de contarem com maiores recursos para reclamar possíveis homofobias.

Sublinhou-se no texto que a condição social, a raça e o sexo podem configurar quadros diferentes de discriminação aos homossexuais. Discrepâncias que podem levar a discordâncias e lacunas dentro do movimento (na representação) gay, tornando-o menos homogêneo na luta pelos direitos da comunidade gay. Principalmente pelas necessidades não serem comuns, obrigatoriamente.

Salienta-se que nada do que está escrito é imbuído de regra, de lei universal, de dogma. Apenas se intentou evidenciar que fatores transversais, como os socioeconômicos, à identificação homossexual influenciam na discriminação sofrida.



*Texto base para esse: MARSIAJ, Juan P. Pereira. Gays ricos e bichas pobres: desenvolvimento, desigualdade socioeconômica e homossexualidade no Brasil. Cadernos AEL, Campinas, v.10, n. 18/19.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

A gente se reveste

Vivemos sozinhos e/ou isolados. Ao mesmo tempo em que ao nosso redor encontramos milhares ou milhões de outros sujeitos, parece que algo está faltando. Alguma coisa como aquelas amizades de infância. O pior nisso tudo é que temos amigos, e daqueles bem grudentos, mas mesmo assim fica faltando algo.

Hoje, só para deixar claro, não falo de alguém ligado a paixão ou sinônimos. Nada disso. Falo apenas daquele ombro que nos falta a todo o momento. Pra isso, por incrível que possa parecer, a internet tem sido uma ótima solução.

As pessoas têm buscado por meio dela, relacionamentos de amizades, onde confidências - das mais cacaborradas possíveis - são reveladas. Alguns afirmam ser uma forma de extravasar sem correr o risco de ser rotulado, já que os amigos virtuais se encontram a quilômetros e quilômetros de distância. Outros dizem que somos uma sociedade de sociopatas. Não queremos saber e nem nos envolver com a vida dos outros.

Engraçado, que com esse amigo distante, totalmente desconhecido – fotos apenas pelo Orkut, MySpace, Hi5, etc. e nada de contato físico, e por vezes tendo a aproximação apenas por meio do telefone – confidenciamos muitas coisas. Ficamos sabendo cada detalhe do dia do outro. Como naquelas amizades de outrora, daquele jeito inocente.

Coisa engraçada (adoro ficar coisificando), mas esta é a nossa vida. Enquanto isso você deve estar me perguntando qual é o objetivo do meu título. Confesso: sou péssimo em títulos e este já tinha criado há semanas e não pude deixar de usá-lo, claro que com sentido. Olhem só!!!

Será que esse distanciamento todo, essas amizades irreais – virtuais pelo menos –, estes elos estranhos; não fazem parte do conjunto de formas que arrumamos para nos revestir. Tem muita gente por aí, quem sabe eu mesmo, quem sabe você; que apenas curte a vida, que apenas usa as pessoas, os amigos, porque gosta de se revestir, se cobrir de camadas, se metamorfosear de acordo com seus interesses.

Sei que opções não faltam na nossa era, e motivos também. Porém para um cara que acredita no ser humano como eu; uma dica legal: se cubra sim, faça camadas, mas somente para amar e divertir os outros, para se alegrar e não para se enganar e enganar aos demais.

A gente se reveste...
Se coloca num vermelho
Se dá um jeito!...

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Um dia você aprende!

Essa é uma frase bem conhecida, escrita pelo maior romancista da humanidade: Shakespeare. Sempre tive-a como algo a ser seguido, pensado, enfim, levo comigo a muito tempo, desde do momento que a conheci. O trecho fala que aprendemos, em outras palavras, a não cometer tolices, a não sermos grossos conosco mesmo, a não nos mutilarmos, não nos envenenarmos e nem arruinarmos as coisas e pessoas que amamos.

Para Shaskepeare, que acredito não ter vivido seu amor ideal, colocava em textos, em suas peças, aquilo que mais lhe aflinguia. Certo era ele, pois utilizou esta amargura e ressentimento, em palavras doces que ficaram marcadas para sempre.

Acontece que também sofro quanto ele (comparação infeliz). Não sei escrever e me transpor de tal maneira. Não sei como fazer, não sei o que dizer, apenas penso que sou parecido no sentido das paixões utópicas, inatingíveis. Aquele tipo de sofrimento que faz esgotar as últimas gotas de sangue do meu corpo já em morbidade.

Se sou, ou somos exagerados perante este fato; não sei dizer. Pensar em aprendizagem como Shakespeare é acreditar que a humidade tem razão, e que nela está o sentido de nosso estado no momento. Mas ir contra isso, é afirmar - posso dizer que com mais realidade -, que somos apenas fantoches, e pior que nem somente de nossa família e patrões. Somos fantoches nos relacionamentos, nas amizades, e em tudo que você pode imaginar. Se "um dia você aprende". Dar-lhe-ei parabéns.

Abraços

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Rabiscos, quase isso...


Todo mundo tem algo inacabado. Aqueles planos escritos em papéis, em agendas que se empilham em caixas bonitas para serem guardadas como recordação – estranho, mas com o passar do tempo nos esquecemos desses detalhezinhos. Anos depois, se abrem essas agendas e pra evitar frustrações, pensa-se “foi melhor que não tenha dado certo”.
Mas por quê?

Elencar planos em amontoados de agenda deve ter alguma utilidade que não a de se confrontar futuramente com o que se poderia ter sido e não foi. Possivelmente, seja uma exteriorização de vontades sufocadas, de anseios impregnados de esperança e que acabaram na esperança, somente. Porém, quando se chocam com a realidade, caem por terra.
Mas por quê?


Aquelas velhas promessas de emagrecer, começar a academia, fazer curso disso e daquilo. Esquecer fulano, esquecer ciclana... Se houvesse um índice para mensurar desejos partidos ele certamente seria quociente entre vontade de uma parte e não vontade da outra. Se maior do que um, a parte rejeitada escreveria em sua agenda “esquecer fulano (a)” e vice-versa. Como se materializar abandono em palavras representasse remédio para rejeição. No final das contas, esse é o tipo de plano que é levado a cabo, “tempo é mercúrio cromo”.
Mas por que venho eu escrever isso tudo?

Simplesmente porque ontem li algo que me deu estalo “é, isso!” dizia (mais ou menos) que a vida não deveria ser feita de poemas pela metade, histórias sufocadas, planos inacabados e textos inconclusos...


Enfim, sempre busco uma caneta para colocar pontos finais em planos inconclusos...

Mas elas sempre me faltam....

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Mais vídeos sobre Homossexais

No caso Marília Gabriela entrevista Edith Modesto (GPH) e André Fisher (do mix brasil e da revista Junior). Não temos todos... mas vale a pena conferir.

Confira!!!








Pais de homossexuais

Olha só... sempre há um grande problema entre a família e a pessoa homossexual. Este fato, levou Edith Modesto estudar o tema. Este estudo resultou no livro: Vidas em Arco-Iris - Depoimentos sobre a homossexualidade, da Editora Record. Também fundou o Grupo de Pais de Homossexuais (GPH) - www.gph.org.br .

Vou deixar também este vídeo do You Tube, em que ela deu entrevista para o Jô Soares. Confire.










sábado, 13 de setembro de 2008

Mulheres modernas são gays...


Ser considerada moderna é, para muitas mulheres, um elogio. Como se assim tivessem rompido com o redemoinho de privações, de quereres sufocados, secularmente, pela conspiração dos seus amos, leia-se, homens.

Todas nos achamos modernas de alguma forma. Seja porque estamos no século XXI e, obviamente, todo o passado feminino humilhante é apenas passado. Somos emancipadas, donas do nosso nariz, transamos e casamos com quem quisermos (se quisermos). Somos guerreiras, cravamos as unhas em uma boa colocação profissional, temos filhos, marido (ou mulher...) e cuidamos do lar, do (a) companheiro (a) e dos filhos com muito esmero. Pomos o útero em tudo o que fazemos. Afinal, somos mulheres do século XXI...

Enquanto isso, como estão os homens? Tão modernos quanto nós? Se assim é, porque eles ainda não enfrentam dilemas de conciliação de carreira-casamento-filhos ao mesmo nível que as mulheres costumam enfrentar? Será pela pela concepção ser intrinsecamente feminina, de sentir crescer um zigoto até um bebê em nosso ventre?

O que está por trás da modernidade feminina é a liberdade ou a capacidade de fazer mil coisas ao mesmo tempo? A maternidade é uma forma de nos manter atadas a privações, talvez. A menos que ela seja uma escolha... Mesmo com todo o aparato “séculovinteum”, há um legado de subjugações com o qual não poderemos romper. Não deixamos de ser mulheres, não nos tornamos homens.

Os homens são livres por si só, nessa concepção. Portanto, gays são mulheres modernas. São feministas que deram certo.


E sobre os feminismos e sufixos: próximas seções.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Melancolia parte II

O dia parecia melancólico, e foi até certo momento. Por isso, considero a bipolaridade natural algo essencial para o ser humano. Conseguimos, não sei de que maneira transformar o dia chato e repugnante; num dia produtivo e feliz.

Os passos são simples: um bom banho, daqueles demorado. No caso você pode desligar o chuveiro para ser mais ecológico. Um bom café, forte. E, acima de tudo um sorriso encantador de alguém que você não esperava. No meu caso, foi da mãe de um amigo... eheheheh. Que alegria. Sem motivo nenhum o dia se transfomou, as coisas renderam e tudo se ajeitou.

Aqui escrevo nesta postagem a declaração dessa melancolia contínua, de altos e baixos que estou, como o tempo, que no momento está úmido e quente, sinalizando chuva e muito frio. E que o final se semana seja iluminado por tudo que há de bom.

Abraços

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Para esses dias de melancolia

Adoro poemas, desde SEMPRE. Acredito que poemas nos tornam pessoas melhores: introspectivas, analíticas, pessoas que amam e que procuram amor, sempre estão agarradas a poemas e canções. Claro que quando falo de amor, não é apenas aquele de fogo, de paixão, de sexo e coisa do tipo. (Não sei por que, mas adoro escrever em alguma momento a palavra coisa). Sim falo do amor sentido por amigos, independente do sexo e de qualquer outra situação. Esse amor, que falta muito nos lugares de trabalho e de convívio social ao qual reclamo neste momento.

Cheio de palavras repetidas estou hoje. Não consegui parar de pensar e nem de escrever. Quem sabe, Deus, este é meu destino; quem sabe eu não tenho; ou quem sabe isso é apenas um mito.

Tudo isso pra dizer que tem um poema lindo, que fala de amor. Ele é breve, mas não é curto, é profundo e intenso, ao mesmo tempo em que promove um vazio. Fui apresentado a esta autora por uma bibliotecária maravilhosa do Cairu em Santa Rosa.

Confira:

Pranto para comover Jonathan Adélia Prado

Os diamantes são indestrutíveis?
Mais é meu amor.
O mar é imenso?
Meu amor é maior,
mais belo sem ornamentos
do que um campo de flores.
Mais triste do que a morte,
mais desesperançado
do que a onda batendo no rochedo,
mais tenaz que o rochedo.
Ama e nem sabe mais o que ama.

Outra atitude...

Nossas atitudes, ou a atitude de outros sobre nós, juntas formam a nossa vida. E dessa junção podem sair coisas bem agradáveis e até maravilhosas, MARA - diriam por aí - como podem resultar em situações desconfortantes e nada boas.

Nem preciso dizer qual é o tipo de situação que ocorreu comigo esta semana. Mesmo sendo uma semana planejada, onde tudo daria certo, a princípio; a gente espera mudanças, mas não tragédias. Agora vocês podem até se apavorarem, mas tenho que dizer, sou do signo de escorpião, não sei em que lua e uns afirmam que meu ascendente é em Libra e outros em Peixes. Não sei dizer. Porém, tenho certeza que quando nasci tudo estava muito cruzado no mundo, as estrelas provavelmente tinham mudado de lugar, ou qualquer coisa do tipo.

Chega de reclamações! Mas outras atitudes deveriam ser aquelas que nos protegem das amarras alheias, das ignorâncias, das insensibilidades do mundo. Claro que este discurso é anarquista, num sentido horizontal da palavra e também um discurso de um utópico afim de uma vida feliz e cheia de amor.

Vou repetir o que uma amiga disse: "Não sei se daremos certo!?" Ela estava se referindo a minha pessoa, a dela e de outra criatura adorável num momento em que falávamos de relacionamentos.

Abraços

domingo, 7 de setembro de 2008

Atitude

Este final de semana estou de molho!


Esse tipo de situação nos transforma. Não poder andar, correr, dançar e fazer atividades normais nos angustiam - nenhuma novidade, já que sou alvo fácil para este sentimento. Desde sexta estou assim, dentro do meu apartamento, comendo, vendo tv, zappiando no pc, etc..

Mas não iria postar algo somente sobre mim, fiz uma promessa que o blog seria sobre o Outro, não necessariamente alguém, mas, principalmente aquele Outro que encontramos dentro de nós... e dá-lhe Lacan..

Afinal, o que acontece que esses Outros têm dificuldade em se tornar adulto. Essa hipótese é simples e nada contestável . Um exemplo: o governo federal lançou a campanha contra a rubéola para homens e mulheres entre 20 e 39 anos. Fizeram as campanhas como sempre, nada demais. A surpresa é que ninguém - exagerando; ou grande parte da população, principalmente a ala masculina, não estão indo se vacinar.

Cada qual com uma desculpa. Uma amiga me falou que porque ela já teve não precisa se vacinar. Bah! As pessoas não estão notando que estamos voltando ao início do século passado, onde acreditava-se que nas vacinas viriam doenças mortíferas. Onde está o bom senso, gentemmm!!!???

Afinal! Pensamentos muito peculiares para um dia de descanso.

VAMOS NOS VACINAR!

Abraços

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Distância


Percebo que não escrevo nesse adorável blog há quase um mês. Sinto-me, então, inquieta com idéias borbulhantes. Abro o word, olho fixamente para documento 1, 2, 3... Minhas sinapses não se materializam em palavras, em períodos dotados de algum sentido. Desespero-me e me ponho a pensar no porquê dessa abstenção literária.


Faço um passeio por meu âmago, único “lugar” em que poderia encontrar essa resposta. De fato a encontro, entretanto, encontrar respostas não é o mesmo que encontrar soluções. Respostas são perguntas às avessas, emaranhados cognitivos que podem ser perigosos, caso se tenha acesso a elas somente.


Bom, alcancei a resposta. E agora? O que fazer com aquelas palavras que martelam em minha cabeça? As sinapses se intensificam, embora para mostrar o quanto estou perdida. Sim, estar perdido é diretamente proporcional ao número de respostas que se encontra, mas inversamente ao número de soluções que lhes são cabíveis.


Todavia, não encontrei soluções. Sei que não conseguia escrever pelo medo, pela timidez, pela tristeza. Sim, por coisas tão banais (será mesmo?), porém capazes de impedir que a vida siga o seu curso. Constatei que não havia remédio. Poções mágicas funcionam muito bem no mundo dos duendes e das fadas. O meu é bem real, com seus dissabores e sabores doces.


Sem remédio, dei-me um beliscão dolorido, respirei fundo e como diria Gonzaguinha “...se olhar bem fundo até o dedão do pé...” para resolver (ou tentar) a minha apatia. Apatia. Apatia... bom, ia escrever sobre ela, mas me tornei apática, assim, de repente.


É dos recomeços diários que se engrandece.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Uma crítica

Adoro manifestações culturais, artísticas e reivindicatórias. Até ai, tudo bem. No entanto, toda a vez que a imprensa 'cobre' (utilizando uma linguagem comum entre os repórteres), me espanto. Ontem, em Santa Maria, a Caminhada do Orgulho Gay, em outras palavras uma Parada Gay, coloriu as ruas da cidade. Concordo com a repórter que também usou este sentido em sua reportagem.

No entanto, todas as fotos da Caminhada, que estão na edição on line do Diário de Santa Maria de hoje (só não coloco o link, pois a edição fica disponível apenas durante a semana que foi publicada), só mostram drags, cenas de beijos, cores e no caso, nem a Marquita a organizadora do evento eles mostraram. O texto é bom, diga-se de passagem, mas um pouco de bom senso, no mínimo, deve se ter ao lidar com assuntos ainda tabus na sociedade. Ao invés de ajudar, esse tipo de matéria só piora o preconceito, colocando em voga apenas aquele lado, que acho lindo, mas que a sociedade ainda condena; divertido de ser dos GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e trangêneres).

A matéria na íntegra:




Tarde colorida
Parada Livre levantou bandeira contra o preconceito
RENATA BIANCHINI



Evento reuniu gays, lésbicas, transexuais, travestis e simpatizantes para celebrar a diversidade

As cores do arco-íris iluminaram a tarde de domingo na Avenida Presidente Vargas. O símbolo mais conhecido das comunidades gay, a bandeira colorida, estava no palco da 7ª Parada Livre da Região Centro, assim como nas mãos, nas costas e nos carros de quem participou do evento, que celebrou o Dia do Orgulho Gay, comemorado em 28 de junho e festejado agora por aqui.

A movimentação começou na Praça Saldanha Marinho, reunindo gays, lésbicas, transexuais, travestis e simpatizantes para a 1ª Caminhada Contra o Preconceito. Por trás de tanto riso, plumas e paetês, uma reivindicação séria. No caminho até o largo da locomotiva, levando faixas e cartazes, os participantes pediam igualdade e respeito e convidavam o público a assinar um documento contra a homofobia.

- Chega de preconceito. Somos cidadãos, trabalhamos, pagamos nossos impostos e merecemos respeito - diz Marquita Quevedo, organizadora do evento.

Na chegada, o espaço atrás da Bioblioteca Pública se transformou em palco para shows musicais, performances de drag queens e brincadeiras. Balões e fantasias coloridas descontraíram a platéia. Centenas de pessoas aproveitaram o domingo de sol e foram prestigiar a movimentação.

De Cruz Alta, Everlei Martins, 26 anos, veio com integrantes do Grupo Diversidade para participar da Parada Livre.

- É importante sair para a rua e mostrar para as pessoas que homossexulidade não é doença e que um gay não tem motivos para se envergonhar do que ele é - diz ele.

( renata.bianchini@diariosm.com.br )

Mais
Arco-íris
A bandeira do arco-íris apareceu pela primeira vez, em 1978, na San Francisco Gay and Lesbian Freedom Parade, nos Estados Unidos, criada pelo artista Gilbert Baker

As fotos e as LEGENDAS


Vale a pena

Para quem quiser conferir um pouco de Gael Garcia Bernal, no site da A Capa, tem um textinho - pobre; mas tem umas fotos interessantes. Vale a pena conferir.

Gostaria de participar - IV Congresso da ABEH

Olha só! Estou a seis meses projetando o meu projeto (gostei dessa redundância) de monografia. Claro que o tema tem a ver com os homossexuais. Mesmo você não me perguntando o por quê eu respondo. Se de alguma forma a sociedade não se articular, e digo, de todas as frentes possíveis, sejam elas à partir de manifestações, falas e estudos científicos; nunca seremos respeitados.

Mas, quero deixar essas milhares de explicações de lado e colocar aqui o que eu vi neste final de semana. Primeiramente me considero um desantenado, desinformado e tal. Primeiro porque não fiquei sabendo da Parada Gay de Santa Maria que aconteceu ontem a tarde. Ano passado que sabia não pude ir. Outro motivo é que eu não sabia da existência de uma associação que tratasse de estudos de homossexuais e de outros gêneros; pura ignorância minha, confesso.

Porém, o que vale é a dica. A primeira é do Centro Latino-americano em Sexualidade e Direitos Humanos (CLAM) e o segundo é da Associação Brasileira de Estudos de Homocultura (ABEH). Na semana que vem, do dia 9 ao dia 12 de setembro, vai acontecer em São Paulo o IV Congresso da ABEH - Associação Brasileira de Estudos da Homocultura e o I Encontro Hispano-brasileiro de Militantes Homossexuais. Infelizmente não poderei ir, já que só vi isso hoje. Mas dêem uma conferida no site.

Grande abraço

Olhos atentos