sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Pasto verde para a imaginação

Final de ano chegando. Já estamos a dois meses revisando nossas vidas e nos projetando para o próximo ano. Afinal, é de sonhos e esperanças, e, de muita persistência em acreditar neles(as) que levamos a nossa vida, encaramos a realidade e buscamos aproveitar todo seu sumo.

E para quem sonha, e quem é persistente o bastante, aqui vai um alívio: não temos idade e nem momento certo para coisas maravilhosas acontecerem. No entanto, conheço poucas histórias reais, a maioria está na ficção. Eu como gosto mesmo é de viver com muita imaginação, vai a dica para quem desejar regar ela. O filme Elsa e Fred. Confiram o trailler:



terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Não dá para deixar passar

No dia de Ação de Graças eu e uma amiga saímos da aula, último dia por sinal, em busca de um bar na cidade. Passamos por aqueles que costumamos a ir, e todos lotados. O calor arrebatador do verão abafado de Santa Maria era presente numa noite muito linda. Como de costume, nossas conversas sobre nossas inquietudes nos levaram a um lugar desconhecido, para mim. Sentamos e pedimos. Comemos um monte, bebemos um pouco. Enfim, brindamos o nosso ano. Fizemos nossa ceia de Ação de Graças – considero até mais importante que o Natal. Fomos para casa cedo.

(...)

Algumas semanas depois. Também numa quinta-feira, depois de ter feito festa na madrugada e ter ficado na TV em que estagio o dia todo, sai sem rumo com um amigo para também comemorarmos o ano. Dessa vez, era uma comemoração que eu havia prometido para ele, em agradecimento a parceria que fizemos profissionalmente. Diferente em diversos aspectos, mas num mesmo patamar do dia que sai para agradecer o ano.

O curioso que paramos no mesmo bar. Tomamos outra tipo de cerveja e comemos outro petisco. A conversa se norteou por algo que me chamou atenção. No início falamos de peculiaridades da vida profissional, dos estudos, dos amores, etc. e tal. Em meio a cervejas que caíram muito bem (fazia um calor danado) nossa conversa parou nas identificações que temos com os nossos ídolos.

‘Demos’ uma de analistas de lixeira e começamos a verificar os traços de nossos conhecidos com seus ídolos pops. Por incrível que pareça, e infelizmente, percebemos que a maioria se espelha nas figuras americanas. Acho que o tema veio à tona devido a presença da nada mais nada menos, rainha do pop e da comunidade GLBT ou LGBT, Madona, que está em turnê por nossas bandas.

Em resumo, não chegamos a nenhuma conclusão. Mas o que vale é que estamos no verão – mesmo que eu goste – é um momento agradável para estar ao ar livre. Ver a lua que hoje está cheia e conversar amenidades nas mesas de bares pelo mundo afora. Essas coisas a gente não pode deixar de fazer, não dá para deixar passar.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Uma viagem qualquer!

Era final de novembro (acredito) de um ano qualquer. Eu e mais 4 colegas resolvemos viajar com a turma da noite. A princípio não conhecíamos quase ninguém, o que não demorou muito. O roteiro era simples, entretanto, encantador. Sairíamos em direção à Argentina e depois de um breve percurso por terras castelhanas chegaríamos ao destino, conhecer a Usina de Itaipu e claro, desfrutar um pouco da cidade de Foz de Iguaçu.

Nos divertimos pra caramba. Aquelas viagens de final de ensino médio que são projetadas para todos se divertirem muito. Fazer muita festa, conversar, ficar, e tudo o que você pode imaginar... (mas nada além de uma normalidade). O que eu não poderia imaginar é que um lindo amor iria nascer em meio aqueles momentos.

Eu fiquei no quarto com mais três amigos. Um deles o Miguel (futuro compadre) e ele me disse, dá um toque na Taíze (também futura comadre) que eu estou afim dela. Eu, como bom cupido que sou, dei um super toque. A Taíze até disse que não queria e eu diz as gurias me ajudarem na missão de juntar os dois. Afinal, estava chegando a nossa formatura e sempre fui a favor de proporcionar a felicidade aos meus amigos. Mas, o que eu não esperava era que aquele encontro, tímido, e de uma viagem de escola, que geralmente fica na nossa lembrança como algo que fez parte daquela etapa, se tornaria um sólido romance.

(...)

Esse final de semana estive em casa, e lá estava, em cima da minha escrivaninha o convite do casamento. Aquele convite me remeteu a mil fatos, mil acontecimentos. Fiquei horas degustando-o, relembrando cada momento da viagem, do segundo grau e de uma amizade. Minha emoção ganhou profundidade quando percebi que minha irmã, que conclui a 8ª série, foi viajar hoje com seus colegas para Foz do Iguaçu. Não que isso signifique o encontro de um grande amor, afinal já fiz mais vezes e não encontrei ainda, mas que marcou um momento feliz da minha vida.

Agora delegado o meu testemunho desse amor, sinto-me honrado, e as emoções e arrepios me inundam de alegria e um bem-estar fantástico me envolve. É por isso que eu desejo, antecipadamente a todos um 2009 repleto de amor, literalmente.

Abraços

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

“SIN MAIZ NO HAY PAIS”


Imagine se o Brasil assinasse um acordo de livre comércio com os EUA e desde então todo os nossos grãos se destinassem a esse país a um preço irrisório e, em contrapartida, tornassem-se caros para nós. Imaginem, perdermos o controle sobre o bem de consumo que nos é mais essencial: o alimento.


Isso ocorre no México. Esse país tem perdido cada vez mais sua identidade e, como se não bastasse, o milho já não lhe pertence. O milho é o México, a cultura, as festas giram em torno dele. Portanto, muito mais do que um produto alimentício, é uma extensão da vida desse povo.


DERECHO de los pueblos, de sus Países o Uniones de Estados a definir su política agraria y alimentaria, sin dumping frente a países terceros” esse é um dos elementos da soberania alimentar elaborado, defendido pela Via Campesina.

Sem milho não há país...


O vídeo abaixo mostra isso muito bem. É da UNICAM – Universidad Indigena Campesina.





terça-feira, 9 de dezembro de 2008

O que ainda me preocupa

Um jovem foi morto. Independentemente das circunstâncias, do contexto de rebelião, essa morte foi vista pela sociedade grega como a explosão de uma bomba atómica de poder do governo e de seu primeiro-ministro conservador. E as manifestações estudantis e agora também contra a repressão continuam por lá.

Agora a minha pretensão enquanto sujeito pensante é perguntar-lhes: qual é a diferença da sociedade grega e da brasileira? Por que uma morte apenas leva o povo a revolta e promove que sua justiça funcione rapidamente.

Se fosse no Brasil até poderíamos nos revoltar, ir para a rua e tal, mas nosso sistema judiciário não permitiria o julgamento, do caso por exemplo dos policiais responsáveis pela morte do rapaz, tão instantaneamente. É um horror sabermos que o jovem que matou de forma bruta um índio com fogo enquanto durmia, trabalho hoje como funcionário público. É terrível ter noção de quanto somos desamparados por nosso sistema falho. Sonho em sermos um pouco gregos nisso, pelo menos, um dia!

sábado, 6 de dezembro de 2008

Uma nota 10

O objetivo de todo estudante, até aquele mais desatento e preguiçoso é a nota 10. Ninguém nunca quis, mesmo que diga, uma nota 7. Muita gente vem com aquela conversinha e tal, por vezes até eu me utilizei desta estratégia de enganação, pois sabemos que não teríamos mesmo capacidade para ficarmos com a nota máxima.

Essa tão desejada nota 10 faz parte de muitas discussões. Alguns tem como premissa que somos incapacitados de ser tão bom para merecermos o 10; outras a observam como reconhecimento por um percurso, por um trabalho bem construído e por que não, um icentivo moral para seguir em frente.

Eu particularmente acredito que a nota 10 pode ser aplicada. E é tão bom receber um 10. Olhem só: Um amigo defendeu seu trabalho de conclusão de curso - a monografia - na quinta-feira. Durante o semestre além de produzir a monografia, trabalhou como editor de um jornal e implantou um projeto multimídia para o mesmo, fez 7 disciplinas, e saiu bastante, se divertiu. A banca, mesmo com algumas correções e questionamentos pertinentes para o entendimento, a banca considerou o trabalho nota 10. E pessoal, foi uma situação indescritível. Todos estávamos imóveis, não sentíamos nossos corações baterem. A felicidade inundou a todos.

Depois veio as comemorações e só posso dizer, que um 10 nos liberta, nos faz não pensar, nos faz bem. O melhor, ele não precisa ser seu, pode ser do amigo ou de alguém que você gosta muito. Vamos dar 10 para as pessoas, vamos confiar naquilo que os outros fazem, claro, se eles fizerem por merecer.

Abraços

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Triste notícia

Não tenho muito a falar... Mas o boom editorial de revistas de gênero gay no Brasil não consolidou esse mercado. Vejam o que André Fisher - diretor do Mix Brasil e da revista JUNIOR - escreveu, mesmo não concordando com ele em alguns aspectos. Sinto apenas pesar.

O estouro da bolha gay


Finda a maratona do Festival MixBrasil em São Paulo, tempo de retomar a vida em seu tempo normal. Evento foi um sucesso, cada vez maior e mais profissional. Vi filmes que me tocaram profundamente, mas sobre eles falo depois.

Passei algumas horas com Bruce Labruce conversando sobre os estouros da várias bolhas que a atual über crise financeira detonou. Ele se referia especialmente à bolha das artes, que fez os leilões e galerias transacionarem valores estrondosos de artistas contemporâneos nos últimos anos e cujo valor caiu pela metade, ou mais, nas últimas semanas.
A matéria que saiu na Ilustrada sobre o assunto dois dias mencionava que no caso de arte latinoamericana as perdas não foram substanciais pelo fato de não haver uma bolha nesta área.

As bolhas são criadas pelo aumento vertiginoso de valor de algo em função de expectativas baseadas em algo sem lastro na realidade. Quando o mercado acorda e se dá conta, a bolha estoura. Foi assim com as empresas de internet em 2002. Está sendo assim agora com os imóveis nos EUA, o preço do petróleo, a cotação do real, as ações na bolsa.

E também com o tal mercado editorial gay. No último ano dei dezenas de entrevistas sobre o chamado boom desse mercado, que nada mais era do que a publicação de três títulos distribuídos nacionalmente em banca direcionados ao público masculino gay sem conteúdo erótico. Com o fechamento da Dom anunciado pela editora Peixes, posso falar um pouco mais sobre o tema sem incorrer no risco de ser deselegante falar da concorrência.

Em primeiro lugar é evidente que não há mercado no Brasil para tanto. Se na França e na Alemanha, onde há comunidades gays maiores e mais ricas, apenas duas revistas disputam esse segmento, porque aqui haveríamos de ter três?

Foi uma iniciativa um tanto ingênua – e também de uma certa arrogância – acreditar que o mercado publicitário e a lógica editorial iriam mudar. Ninguém de verdade acredita que existam 18 milhões de gays no Brasil. Pode haver até mais homossexuais ou bissexuais, mas gente que consuma gay, que compre revista gay...esse número é bem, bem menor. Trabalhando há 15 anos nesse mercado já deu para entender qual nosso tamanho e limitações.
Em nenhum lugar do mundo há editoras não-gays fazendo revistas gays, pelo simples fato de que é preciso inserir os fatores militância e tesão (de fazer uma revista gay) para essa conta fechar. Tiragem de 50 mil, pagar valores acima do mercado a modelos, contratar uma equipe de revista grande, tudo isso mensalmente... difícil imaginar quem continuaria cobrindo o vermelho por tanto tempo. Ele não resistiu a um CEO novo, preocupado só com a contabilidade da empresa.

A Dom era bastante profissional, mas se levava a sério demais, ao acreditar na existência da fina que compra carrões, tem vergonha de ver homem sem camisa e que não fala bobagem- a edição que está na banca chega ao ponto de recomendar, em matéria sobre etiqueta na cama, que não se deve falar palavrão ao fazer sexo!!!

O departamento comercial da Peixes fazia questão de dizer no mercado que a Junior era para teens e a Dom para maduros. Só que pesquisa realizada na UFMG, que será divulgada mês que vem, mostra que o leitor da Junior é mais velho (na média, 33 x 26 anos) e mais abastado que o da Dom.
Eu tenho uma teoria... A Junior é uma revista mais assumida, para quem é melhor resolvido (pelos temas e linguagem) e bem informado – ao contrário da Dom, Aimé e G, a Junior não tem noticiário, pois contamos que quem a lê acessa internet e já teve acesso àquelas notícias de um mês atrás. E ser rasgadamente jovem não é algo que, de forma alguma, exclua homens gays mais velhos. Pelo contrário.

Não acredito que a remanescente dure muito mais tempo.
Pode ser que a Junior também tenha que fechar um dia (pé de pato mangalô três vezes), mas não são esses os sinais que estamos tendo até agora.
Conseguimos fazer uma revista bacana, mas com pé no chão, que cabe na nossa capacidade de investir e que tem objetivos maiores, não apenas comerciais.


Uma proposta de vida

Recebi ontem da Bruna um meme - é considerado uma unidade que pode de alguma forma autopropagar-se (explicação livre). Falando em internet, poderíamos definí-lo como uma corrente, com pequenas diferenças. Não sou adepto as correntes e por isso não repassarei o meme, mas, para quem gostar da idéia, faça no seu blog, faça para si, enfim, faça se quiseres.

A proposta é levantar 8 obejtivos de vida, que sejam cumpridos antes da passagem para as bandas do além terra. Sem se importar se haverá algo depois. Resumindo, fazer aquilo que a gente sempre busca fazer no final do ano, como se referiu na sua postagem a Bruninha. A gente escreve mil coisas que desejamos fazer no ano novo e geralmente não fazemos nada daquilo.

O que vale na verdade são as intenções que temos em mudar, em procurar melhorar, em procurar viver com intensidade e alegria. Confesso, que fiquei relutando em escrever o que eu gostaria de fazer antes de morrer. Afinal, a gente quer mesmo distância da morte, tem medo em planejar qualquer coisa, mesmo que seja antes dela.

Tomei coragem hoje de manhã, mesmo com muitas atividades atrasadas, etc. Vamos lá então:

1ª - Viajar de carro por todo o território brasileiro, com um amigo(a);

2ª - Entrar para a academia e seguir uma dieta;

3ª - Aprender a não sentir culpa;

4ª - Passar um tempo na Grécia (sonho cultivado desde a infância);

5ª - Estudar Filosofia;

6ª - Me tornar um escritor;

7ª - Casar com um cara que seja bom para mim (sonho de consumo);

8ª - Ter um filho(a).

Olha demorou para sair, mas nem foi tão difícil. Estava relendo agora e vi o quanto os meus objetivos são alcançáveis, alguns pelo menos. Sou um sonhador, daqueles que acredita que conseguirá viver os seus planos. Não traço metas como empresas, afinal, não sou um capital. Claro, que desejo fazer tudo isso regado de muito amor, mesmo que seja por mim mesmo e pelo mundo.... eheheh!!!

Com Amor (P.O. Box)

Eu quero mais é ser feliz
Eu quero mais é calor
Assoviar, pedir bis
Descontrolar por amor

E com amor você precente
Aceita qualquer loucura
Uma proposta indecente
E ninguém mais te segura

Porque com amor
A gente vai pra festa
Se arruma bem pra viver

Sem amor
A gente se detesta
Não presta nem pra se esconder

Eu quero a sensação
De alguém olhando pra mim
Meu nome é tentação
E o seu é desejo sim

E com amor a gente cresce
Deixa cair, faz levantar
Engorda, emagrece
Aprende a dançar

Alieluh


segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Brasileiro e bom

Quem disse que o cinema brasileiro não é bom?! Opiniões à parte, eu também não sou fã de filmes nacionais. Esta semana fiquei sabendo que, nós gaúchos, somos os principais vilões do cinema produzido no país. Uma pesquisa apontou como o povo que menos prestigia a sétima arte produzida em terras de Vera Cruz. Eu gosto de filmes fáceis. Aqueles que te colocam pra cima, te fazem rir, sem a necessidade de ser tolos. Tanto que meu predileto é Legalmente Loira - o primeiro.

O filme brasileiro Se Eu Fosse Você, estrelado por Tony Ramos e Glória Pires fez sucesso e agora ganha uma segunda versão, que chegará nos cinemas no verão de 2009 (daqui uns dias). Um casal, semelhantes aos demais, com brigas, discussões, com pequenas diferenças. Aquela velha história que opostos se atraem. O que acontece, no entanto, é que há uma inversão de papéis. O corpo dela ganha a alma dele e vice-versa.

O desenrolar é fantástico e vale a pena. Apenas vi o trailler da segunda versão e acredito ser bom quanto foi a primeira, que é algo difícil já que o enredo é o mesmo. Mas vamos lá. Esperar faz parte e acreditar num amor lindo como o deles também, que mesmo com todas as diferenças tem o tão sonhado final feliz.




Olhos atentos