sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Um dia você aprende!

Essa é uma frase bem conhecida, escrita pelo maior romancista da humanidade: Shakespeare. Sempre tive-a como algo a ser seguido, pensado, enfim, levo comigo a muito tempo, desde do momento que a conheci. O trecho fala que aprendemos, em outras palavras, a não cometer tolices, a não sermos grossos conosco mesmo, a não nos mutilarmos, não nos envenenarmos e nem arruinarmos as coisas e pessoas que amamos.

Para Shaskepeare, que acredito não ter vivido seu amor ideal, colocava em textos, em suas peças, aquilo que mais lhe aflinguia. Certo era ele, pois utilizou esta amargura e ressentimento, em palavras doces que ficaram marcadas para sempre.

Acontece que também sofro quanto ele (comparação infeliz). Não sei escrever e me transpor de tal maneira. Não sei como fazer, não sei o que dizer, apenas penso que sou parecido no sentido das paixões utópicas, inatingíveis. Aquele tipo de sofrimento que faz esgotar as últimas gotas de sangue do meu corpo já em morbidade.

Se sou, ou somos exagerados perante este fato; não sei dizer. Pensar em aprendizagem como Shakespeare é acreditar que a humidade tem razão, e que nela está o sentido de nosso estado no momento. Mas ir contra isso, é afirmar - posso dizer que com mais realidade -, que somos apenas fantoches, e pior que nem somente de nossa família e patrões. Somos fantoches nos relacionamentos, nas amizades, e em tudo que você pode imaginar. Se "um dia você aprende". Dar-lhe-ei parabéns.

Abraços

1 comentários:

Anônimo disse...

É, baby. Relacionamentos são um jogo de forças entre uma parte fraca e uma forte, entre uma que cede/obedece e outra que detém o controle, respectivamente. Um jogo de interesses corporativista, num sistema facista de governo em que articulação de interesses entre grupos (?eita)jamais significará democracia (eita2).
Em resumo: quem gosta mais, exagerados por definição, sofrem mais, cedem mais, mutilam-se mais e a essa parte são compostos livros, textos, músicas os mais profundos possíveis. São aqueles que tomam as partes exageradas e sofríves nos relacionamentos que movimentam toda a indústria cornística.
Bem ou mal, somos essenciais. Além do que permitimos que outros aprendam conosco. Graça alguma haveria em viver se não sofrêssemos por amor.
Num relacionamento entre duas pessoas, sem grupos representantes de interesse, com duas partes únicas em seus desejos o ato de ceder sempre é uma mutilação, uma forma micro de ditadura...
Luiza Kettermann

Olhos atentos