sábado, 13 de setembro de 2008

Mulheres modernas são gays...


Ser considerada moderna é, para muitas mulheres, um elogio. Como se assim tivessem rompido com o redemoinho de privações, de quereres sufocados, secularmente, pela conspiração dos seus amos, leia-se, homens.

Todas nos achamos modernas de alguma forma. Seja porque estamos no século XXI e, obviamente, todo o passado feminino humilhante é apenas passado. Somos emancipadas, donas do nosso nariz, transamos e casamos com quem quisermos (se quisermos). Somos guerreiras, cravamos as unhas em uma boa colocação profissional, temos filhos, marido (ou mulher...) e cuidamos do lar, do (a) companheiro (a) e dos filhos com muito esmero. Pomos o útero em tudo o que fazemos. Afinal, somos mulheres do século XXI...

Enquanto isso, como estão os homens? Tão modernos quanto nós? Se assim é, porque eles ainda não enfrentam dilemas de conciliação de carreira-casamento-filhos ao mesmo nível que as mulheres costumam enfrentar? Será pela pela concepção ser intrinsecamente feminina, de sentir crescer um zigoto até um bebê em nosso ventre?

O que está por trás da modernidade feminina é a liberdade ou a capacidade de fazer mil coisas ao mesmo tempo? A maternidade é uma forma de nos manter atadas a privações, talvez. A menos que ela seja uma escolha... Mesmo com todo o aparato “séculovinteum”, há um legado de subjugações com o qual não poderemos romper. Não deixamos de ser mulheres, não nos tornamos homens.

Os homens são livres por si só, nessa concepção. Portanto, gays são mulheres modernas. São feministas que deram certo.


E sobre os feminismos e sufixos: próximas seções.

0 comentários:

Olhos atentos