quinta-feira, 2 de junho de 2011

Pensando na política

O atual governo não tem me instigado a escrever. Quem sabe, por estar me frustrando constantemente, ou talvez por ter eu criado espectativas até irreais sobre o que poderia ser feito. Não quero dizer também que está péssimo, porém, está longe de algo bom.

Não falo assim por causa do caso Palocci, ou dos esquemas de corrupção. O fato é que o Código Florestal se tornou uma vergonha nacional. Um atestado de mediocridade da população que esperava - e votou para isso - uma alternativa eficiente, não apenas eficaz. No momento de conflito é mais aprazível você ficar em cima do muro, não concordar somente com o João ou com a Maria. Uma vergonha! Nessas horas eu até gostaria que a Marina Silva estivesse a frente do Planalto (mesmo sendo muito receoso quanto a isso).

Agora tem outros dois fatos lastimáveis. O recolhimento do Kit Gay, com a alegação que isso iria induzir as "crianças". Me desculpe. Colocam um livro didático nas mãos das "crianças" com o português coloquial (sou contra o preconceito linguística, mas penso que nem em nível de universidade este assunto consegue ser tratado com uma argumentação sólida e por vezes pode ser mal interpretado) e acham ruim colocar um material que mostra abertamente a vida de um homossexual? Convenhamos - adoro esta palavra -; não quero endeusar a vida gay, mas os heterossexuais sempre fizeram isso com sua moral estruturada numa camada de gelo fina sobre as águas da realidade (que bem sabemos como é).

E pra piorar toda a decepção. Agora a bancada evangélica (nada contra a manifestação religiosa, mas cada coisa no seu lugar) entra em acordo com os parlamentares no projeto da PL122, ou vice-versa. Isto perpassa a vergonha de toda a sujeira política, de todo o descuidado com a população.

A esperança é a luta, ou seria o contrário. Daqui a pouco a maior Parada Gay do Brasil, da América Latina e quem sabe do mundo em São Paulo. Eu cá, apenas lutando nas palavras, no dia-a-dia, espero que muitos assim o façam, para não cairmos na desilusão total, no breu da solidão e do fracasso, que chegando tão perto, temos que recuar em prol do bem estar político partidário.

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