quinta-feira, 2 de outubro de 2008

A janela


O que vejo da minha janela não me assusta, me acalma, me coloca nos eixos. Tem dias, que só vejo sons, tem dias que só vejo situações. Dessa minha prosa, um tanto em verso, que nem sei compor, estou com saudades, pois é na poesia que há amor.

Do meu âmago saem sensações. Umas de arrependimento por um passado muito imaturo, e outras de preocupação com um presente muito calculado, frio. Tenho medo das coisa que me cercam, tenho medo das sombras dos prédios, não gosto do buraco e nem do telhado da casa do vizinho, sempre penso que vão invadir a minha janela.

Só que janelas são limitadoras, de um aspecto, e de outro, podem ser consideradas libertadoras. Não sei dizer em qual delas colocaria a minha, só sei que é uma janela grande e com vários focos. E está aqui, no foco, naquilo que você escolhe enxergar, aquilo que você prefere esconder, que está o que você realmente é!

Um dia em que as coisas não começaram nada boas, que o sol foi tomando forma aos poucos e que a noite trouxe aconchego, me despeço e agradeço, e como poeta que quero ser; sou um pequeno filósofo.

Abraços

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