Na segunda-feira a noite me dispus a ir há um evento sobre a Consciência Negra. O Sindicato dos Professores da UFSM organizou um Cultura na SEDUFSM com o tema: Novembro Negro. Então, sentei, guardei lugar para uma amiga. As esplanações começaram e eu aí, só ouvindo, e diga-se de passagem, meu nível de concentração era enorme. Até que do nada surge uma ex-colega de curso, que ainda está na faculdade.
Papo vai, papo vem, ela está produzindo o seu trabalho final de graduação, também conhecido como Monografia. Enfim, ela estava com seu projeto em mãos pois acabara de falar com sua orientadora. A primeira coincidência, a mesma que me orientou nas minhas nuances passadas. Então perguntei se poderia ler e o fiz. Ao terminar, e colcoar as minhas sugestões ela olha pra mim e diz o seguinte: "Julio, este trabalho eu tive a ideia a partir daquela Jornada Científica em que você apresentou o seu projeto de monografia e disse 'se eu não fizer um trabalho sobre os gays, quem fará?'"
Vocês não imaginam como isto me emocionou, correram lágrimas, me senti frágil, coisa que não gosto de admitir, de jeito nenhum. A situação era oportuna, eu estava me sentido lisonjeado, e mais que isso, percebia que as minhas palavras avulsas fizeram sentido para alguém, além de eu mesmo.
Continuamos a conversa - eu tentando disfarçar a minha exitação. Disse-lhe que devemos sim sairmos do silêncio, deixarmos os cantos escuros, pois para mim a identidade positivada como muitos teóricos tratam têm cabimento no momento em que não só os movimentos sociais, ou situações de grande impacto promovam a discussão e portanto deêm um passo a conquista de direitos civis a estes excluídos; mas sobretudo, que cada indivíduo, dentro do seu habitat, daquilo que produz e vive, possa demonstrar o quanto se orgulha, de ser gay, de ser negro, de pertencer e se sentir representado - mesmo que não de maneira global.
Deixarmos apenas que alguns fiquem criticando, sugerindo ou criando ideias sobre o que é ser gay, o que é ser negro (apenas como exemplo) é deixar os outros decidirem o rumo que queremos para a nossa vida. Pois podemos trabalhar, casar; levar uma vida 'normal', mas não conseguiremos deixar de ser negros, não consiguiremos deixar de sermos gays - por mais que os evangélicos e alguns psicologos andam prometendo cura. Somos isto é pronto.
Não tenho como terminar este texto, afinal, é interminável as reflexões sobre o assunto. Deixo paa vocês apenas mais um debate que precisa ser assumido. A homofobia que dia-a-dia vem sendo demonstrada pela mídia - antes apenas ela não aparecia, mas existia - precisa ser resolvida. Começemos pela escola: 'matéria sobre'.
Papo vai, papo vem, ela está produzindo o seu trabalho final de graduação, também conhecido como Monografia. Enfim, ela estava com seu projeto em mãos pois acabara de falar com sua orientadora. A primeira coincidência, a mesma que me orientou nas minhas nuances passadas. Então perguntei se poderia ler e o fiz. Ao terminar, e colcoar as minhas sugestões ela olha pra mim e diz o seguinte: "Julio, este trabalho eu tive a ideia a partir daquela Jornada Científica em que você apresentou o seu projeto de monografia e disse 'se eu não fizer um trabalho sobre os gays, quem fará?'"
Vocês não imaginam como isto me emocionou, correram lágrimas, me senti frágil, coisa que não gosto de admitir, de jeito nenhum. A situação era oportuna, eu estava me sentido lisonjeado, e mais que isso, percebia que as minhas palavras avulsas fizeram sentido para alguém, além de eu mesmo.
Continuamos a conversa - eu tentando disfarçar a minha exitação. Disse-lhe que devemos sim sairmos do silêncio, deixarmos os cantos escuros, pois para mim a identidade positivada como muitos teóricos tratam têm cabimento no momento em que não só os movimentos sociais, ou situações de grande impacto promovam a discussão e portanto deêm um passo a conquista de direitos civis a estes excluídos; mas sobretudo, que cada indivíduo, dentro do seu habitat, daquilo que produz e vive, possa demonstrar o quanto se orgulha, de ser gay, de ser negro, de pertencer e se sentir representado - mesmo que não de maneira global.
Deixarmos apenas que alguns fiquem criticando, sugerindo ou criando ideias sobre o que é ser gay, o que é ser negro (apenas como exemplo) é deixar os outros decidirem o rumo que queremos para a nossa vida. Pois podemos trabalhar, casar; levar uma vida 'normal', mas não conseguiremos deixar de ser negros, não consiguiremos deixar de sermos gays - por mais que os evangélicos e alguns psicologos andam prometendo cura. Somos isto é pronto.
Não tenho como terminar este texto, afinal, é interminável as reflexões sobre o assunto. Deixo paa vocês apenas mais um debate que precisa ser assumido. A homofobia que dia-a-dia vem sendo demonstrada pela mídia - antes apenas ela não aparecia, mas existia - precisa ser resolvida. Começemos pela escola: 'matéria sobre'.
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