sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Tentando descrever a felicidade

Já falei aqui do filme "Minha vida em ruínas" e hoje tive a oportunidade de assistí-lo. Minha amiga de início disse que ficou confusa com as falas, acho que por elas serem muitas e em rítmo acelerado. Eu, ao contrário, adorei desdo do início. Primeiro, aquele cenário da Grécia que tanto sonho em conhecer, depois a atriz maravilhosa, e com certeza, a leveza dos diálogos que o torna engraçado, mas sem deixar de fazer um papel de instigador.

A história da moça, Georgia, que perdeu o seu kefi (termo grego equivalente a entusiasmo) nos leva a filosofar - afinal é um filme que tem como parte do elenco a Grécia. De parar um pouco e questionar exatamente o que queremos. No filme, como em toda comédia romântica, o alvo é o amor, mas me pergunto, se por vezes não deixamos o nosso entusiamo de lado em todos os sentidos. Com os amigos, com as coisas que nos rodeiam, e principalmente, com a nossa vida, esquecendo que podemos ser felicidades da nossa forma, com o nosso jeito.

Tentamos de certo modo, nos adequar aquela felicidade receitada que podemos comprar nas farmácias, por meio de cirurgias de correção, ou até de roupas novas e de bens de luxo. Hoje, verificando as frases que seguem os nicks no msn - sempre gosto de ler dos meus amigos - uma amiga escreveu que desistiu da felicidade, e isso a tornava feliz, por saber que não precisa de mais nada.

Vi aquilo de manhã e tive que esperar o dia terminar, jantar e assistir um filme com uma amiga, e falar durante este tempo sobre alguns poblemas, para perceber o quão sensata é esta afirmação. Afinal, o pior da busca da felicidade, são os parâmetros que adotamos, seja por influência da sociedade, do sistema, da mídia, mas sobretudo, por acharmos que os outros são mais felizes, satisfeitos e sem problemas do que nós. Na verdade, a felicidade deve ser esse bem-estar conosco mesmo, e não quero aqui confundir essa tranquilidade do ser com a desistência em sonhar alto, e buscar seus objetivos. Porém que esse progredir não seja o principal, não seja o que nos mova, ao contrário das teorias propostas, acredito que devemos seguir em frente simplesmente por querermos desfrutar do que somos, do que jeitinho que somos, com nossas peculiaridades e nossas fraquezas.

Desses momentos em que falo sobre felicidade, deixo afirmado aqui, que apenas sei falar, sei expor alguns dos meus pensamentos sobre, mas que a felicidade, assim como todos os sentimentos que envolvem o ser humano, são difícies de entender, de explicar.... assim, como tudo na vida.

1 comentários:

@_-¯Cristiano Quaresma¯-_@ disse...

Pois é...
Atos, palavras e pensamentos
exteriorizados tornam nosso
entusiasmo um pouco anestesiado e,
com o dia-a-dia, acabamos por
não perceber sua dormencia.
Se faz necessário a busca quase
insana pela intensidade de ações,
palavras e momentos, sem esquecer
de resguardar limites e exageros!
Muito bem colocadas suas palavras!
NAMASTE!

Olhos atentos