quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Rabiscos, quase isso...


Todo mundo tem algo inacabado. Aqueles planos escritos em papéis, em agendas que se empilham em caixas bonitas para serem guardadas como recordação – estranho, mas com o passar do tempo nos esquecemos desses detalhezinhos. Anos depois, se abrem essas agendas e pra evitar frustrações, pensa-se “foi melhor que não tenha dado certo”.
Mas por quê?

Elencar planos em amontoados de agenda deve ter alguma utilidade que não a de se confrontar futuramente com o que se poderia ter sido e não foi. Possivelmente, seja uma exteriorização de vontades sufocadas, de anseios impregnados de esperança e que acabaram na esperança, somente. Porém, quando se chocam com a realidade, caem por terra.
Mas por quê?


Aquelas velhas promessas de emagrecer, começar a academia, fazer curso disso e daquilo. Esquecer fulano, esquecer ciclana... Se houvesse um índice para mensurar desejos partidos ele certamente seria quociente entre vontade de uma parte e não vontade da outra. Se maior do que um, a parte rejeitada escreveria em sua agenda “esquecer fulano (a)” e vice-versa. Como se materializar abandono em palavras representasse remédio para rejeição. No final das contas, esse é o tipo de plano que é levado a cabo, “tempo é mercúrio cromo”.
Mas por que venho eu escrever isso tudo?

Simplesmente porque ontem li algo que me deu estalo “é, isso!” dizia (mais ou menos) que a vida não deveria ser feita de poemas pela metade, histórias sufocadas, planos inacabados e textos inconclusos...


Enfim, sempre busco uma caneta para colocar pontos finais em planos inconclusos...

Mas elas sempre me faltam....

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