Há dias em que tudo sufoca, em que se procura respirar mais devagar pro tempo passar menos depressa e assim não se sentir mais angustiado.
Há dias em que a dor não vai embora, em que chorar é mais fácil do que qualquer outra coisa, que as recordações surgem todas juntas, em flashes, em vultos, nos empurrando languidamente pro redemoinho das coisas sofríveis da alma.
Há dias em que colo de mãe, comida da vó são tudo o que se quer. Como se voltar para o útero materno, para as garras das detentoras máximas da nossa criação fosse aliviar toda a dor que comprime o peito e encurrala a alma.
Há dias em que tudo é nada, em que todos são nenhum.
Há dias em que só se pode contar com os próprios vazios e os próprios todos.
Nesses dias se entende o que é alma e o que é corpo. Como eles convivem e como sabem a hora de nos incomodar...
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Essa maldita dor que humaniza...
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