Estou a falar com um amigo na internet. Coisa do nosso tempo. Onde as relações deixaram de ser cara-a-cara. Tudo passa por uma rede, por um sistema. Nós mesmos funcionamos de arcodo com o sistema de nossos amigos, de nossa família, do nosso trabalho. Para mim, é aqui que está toda a problemática das minhas angístias e dos meus medos.
As pessoas, de modo geral, e falo aqui, a maioria, estão sendo coniventes com isso. Quer dizer, tudo está de acordo com a empresa que trabalho. O telefone tem que ser o da empresa. A roupa precisa ser da empresa, os horários de acordo com a empresa... etc... A famíla, nem se fale. Eles querem tudo de acordo com seus costumes, e quem sair disso, está ferrado. É considerado, como diria a nossa gloriosa Rita Lee, A Ovelha Negra da Família.....
No outro lado, deixamos - me tiro disso, mas uso este verbo para expressar a sociedade como toda - de lado e nos costumamos com essas maneiras globalizadas de viver. Quer dizer, relacionamento sério, nunca é sério. Alguns até casam, vão morar juntos, mas continuam a afirmar que 'cavalo atado também pasta'.
As pessoas querem sexo, querem carinho, estão totalmente carentes. Poucos amigos, quase nenhuma relação de amizade a não ser as bebedeiras nas baladas e por aí vai. E por falar em bebedeiras!? Estava escutando hoje, o Jornal do Almoço da RBSTV, onde mostravam as maneiras de continuar se divertindo nas casas noturnas da serra gaúcha. Quer dizer, a repórter considerou possível o divertimento apenas com o uso de álcool.
Como todas essas questões, que tentei abordar, a grande problemática toda é a nossa relação de contuda nessa nova sociedade, onde somos - e aqui me coloco - os fantoches. Não somos sujeitos e nem se quer cidadãos. Somos aquilo que é moda. Aquilo que nos dizem fazer bem. E bebemos, e bebemos muito, pra tentar em minutos algo que nunca conseguimos fazer: ser nós mesmos.
Abraços
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Confusão de palavras e pensamentos
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário