quarta-feira, 7 de julho de 2010

A Copa do Mundo é nossa!!!


Os semifinalistas da Copa 2010 são exemplo de respeito aos direitos LGBT. Tudo bem que o Brasil não chegou até a disputa, mas a gente tem ao menos um motivo para comemorar a presença dos quatro times que segueram lá. Uruguai, Espanha, Alemanha e Holanda estão entre os países onde a população LGBT têm acesso a direitos civis equivalentes aos concedidos aos heterossexuais.(texto adaptado do site mix brasil)

O que me deixa mais feliz nessa toda onda de Copa do Mundo de futebol é que não somos os favoritos, nem de longe. Nem tudo que foi, ou representa algo, pelo percurso histórico, quer dizer que é bom ou tem chance. A Copa na África do Sul mostrou isso. Digo, pois está quase no finalzinho. Independente de quem ganhar ou não, nos lembrou que não podemos - isto para nós brasileiros - nos basearmos em prol somente do futebol, ou de qualquer esporte que seja.

Melhor ainda, e com certeza, agora as pessoas devem estar me achando louco, é o caso que envolve o goleiro do Flamengo, o tal Bruno. Não sei se ele matou e nem quero saber. Pois se mata a cada instante nesse país, de maneiras mais cruéis possíveis, de maneira velada por vezes, e não se faz nada - assunto para outra hora. Mas, nesse momento quero enunciar uma teoria que sempre compartilhei. Que o esporte pode ser apenas um instrumento contra a criminalidade, mas ele está longe de ser eficaz enquanto tal.

Vão dizer, mas é exceção. Não, não e não!!! Quantos jogadores têm ligação direta ou indireta com o tráfico. Quantos??? A gente nem sonha o número. Empresários, pessoas que ajudam a financiar tudo isso, no caso, as torcidas ligadas ou reflexo de gangues. Está mais do que na hora de percebermos que esporte é importante, senão fundamental para o bem-estar do corpo, da mente, etc.; mas que esperar dele algo além, é pura exceção.

Sou muito mais de algo ligado com a arte, com a promoção da cultura, do conhecimento e resgate histórico da cultura daquela comunidade, a introdução e o aprendizado de outras formas culturais, e toda a problematização que isto gera. Claro, que é muito mais interessante promover algo que já está aceito socialmente. Uma escolinha de futebol para meninos de rua é o máximo, já uma escola de ballet para meninos de rua é degradante e sem motivo de ser. Sempre dizem: "Você já conheceu alguma bailarina que ficou rico?"

Quem sabe "o fim não justifica os meios".

E só para terminar. No hoje de ontem, dia 6 de julho, entre o Uruguai e a Holanda, esta ganhou. Claro, até estava torcendo para os hermanos, mas na questão de direitos acessíveis aos gays, a Holanda é referência e com certeza deve mostrar isso. Afinal, ouvi muito gente sem noção - desculpe a constatação (até rimou) - dizendo que não passavam de um bando de 'drogaditos'. Sejam o que forem, acontece que precisamos fazer jus ao princípio da liberdade de expressão, e lá fazem. Chega um momento que nos cansa perceber que estão, de uma maneira sutil, nos tirando direitos e não nos permitindo a viver e ser aquele que desejarmos.

Fico feliz que quem for campeã, possibilita a população LGBT direitos iguais. VIVA....

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