terça-feira, 27 de outubro de 2009

E o nosso amor???

Tem aquela história: "não vá atrás das borboletas, apenas cuide do seu jardim". E outras mil com o mesmo sentido. Mas não consigo concordar com essa estaticidade, deixa eu explicar, não gosto de dizer que se está esperando por algo, quer dizer, parece-me submisso demais. Afinal, tudo gira em torno do amor? Que busca é essa, que os que acompanhados estão passam reclamando e os solitários passam o tempo buscando se acompanhar?

Já devo ter falado aqui, de um filme maravilhoso, o "Sob sol de Toscana". Uma amiga acha muito chato este longa, pois considera o papel principal, a mulher, sem atitude. Fico pensando, as vezes não nos parecemos com ela? Será que há mais dias nublados do que ensolarados?

É respostas para tudo não temos, e utilizando de jargões publicitários, 'o mundo é feito de perguntas', e tudo volta a filosofia. E quem sabe nesses pequenos ditados populares (que eu sempre confundo, claro) deve estar inserido uma grande cultura ou experiência popular. No filme, o ditado conta a história dos trilhos do trem que foram assentados antes mesmo de saberem que iria passar o trem por aí. Então, precisamos assentar os trilhos, deixar tudo pronto, estarmos bem conosco mesmo, e se um dia, tiver trem, que passe.

Assim, precisamos requerir de nós mesmos o amor próprio. Algo tão trabalhoso, cansativo, pois estamos aí, o tempo todo do nosso lado, mas não nos damos conta. Sofrer ou ser feliz por nós mesmos é difícil. Quanto melhor não é depositar no outro os motivos que nos deixam bem, depositar no outro a culpa da nossa infelicidade? A busca do outro, não é apenas para a contemplação, mas muito mais, para poder ter um motivo cabível de lamúrias.

Na tentativa de dar um rumo ao texto, deixo para vocês um poema maravilhoso que fala de amor, e seu título já diz tudo. Com vocês.... Maria Bethânia.


5 comentários:

Hugo de Oliveira disse...

Esse é dos textos que mais gosto...e narrado pela minha Diva Bethânia...adoro.

"Eu amo a tua alegria mesmo e fora de si. Eu te amo pela tua essência, até pelo que você podia ter sido se a maré das circunstâncias não tivesse te banhado nas águas do equívoco".


abraços

Hugo

R.C. disse...

"Que busca é essa, que os que acompanhados estão passam reclamando e os solitários passam o tempo buscando se acompanhar?"

É que o Homem consegue dominar quase tudo, principalmente falando em ciência, mas ninguém inventou a fórmula do amor. É por isso. Talvez se existe um medicamento capaz de fazer o amor dar certo sempre, a nossa vida giraria em torno, não sei, colher borboletas, por que não? [/viagem]

=)

Potira Souto disse...

A gente fala de amor porque o amor nos inspira. Vivemos de paixões e queremos sempre mais do que isso. O ser humano vive em uma montanha russa de sentimentos e emoções. Começa pelo amor próprio e sempre quer abraçar o mundo... Essa busca não tem fim, ela se renova e transforma nossos conceitos a cada dia.

Olha só:
http://potirasouto.blogspot.com/2009/10/coisas-do-coracao.html

Julio Marin disse...

Estou adorando as percepções... fico feliz com tudo isso, e consequentemente passo a me amar mais. Assim, tentando agregar, digo que o amor próprio, o amor por algo ou por alguém, tem a ver com o respeito. Quando nos sentimos respeitados por alguém, quando nos respeitamos. Uma forma simplificada, mas que consegue contemplar um pouco da grandiosidade do ato de amar.

Abraços a todos

@_-¯Cristiano Quaresma¯-_@ disse...

Quando se está sozinho, nos braços
da solidão, os ditados são "UNS"...
Quando o acaso (que não existe!)
nos oferta um "Cobertor de Orelha",
os ditados são "OUTROS"...
Antes de amar alguém, é necessário
amar o próprio reflexo do espelho e,
por consequência, as borboletas virão!
E assim se segue...
NAMASTE!

Olhos atentos