terça-feira, 7 de julho de 2009

Em busca do 'Princípio de Igualdade'

Nova York, 27 de junho de 1969, há exatos quarenta anos acontecia a que conhecemos como Revolta de Stonewall, em que gays lutaram num bairro novaiorquino contra os policiais que fizeram mais uma incursão violenta num bar gay. Este protesto é tido como o ponto de partida de todo o movimento de liberação dos gays nos EUA e também como primeiro passo para a busca dos direitos iguais aos homossexuais.

Digo isso pela proximidade da data, mas muito mais, porque na semana passada eu tive um vislumbre por meio de uma nova possibilidade. Além de ter defendido a minha monografia, na terça-feira dia 30, com o título "As representações da identidade gay na mídia gay: uma análise de duas revistas especializadas" eu soube de notícia sobre a possibilidade de reconhecimento no Brasil da união entre homossexuais.

Quer dizer, aquilo em que eu estudo, mesmo não tendo nada a ver com a militância e com a busca de direitos pelos gays, de certa forma é a maneira que eu encontrei para me apoiar e apoiar ainda mais esse modo de vida, e está diretamente relacionado com aquilo que nossa amada Procuradora aposentada, a gaúcha Maria Berenice Dias tanto defende, que é a possibilidade do Estado apenas cumprir o seu papel de legislador, de norteador das relações sociais e estabelecer o direito aos homoafetivos, já que estes não necessitam do direito para existir, mas que na lei precisam ser acolhidos já que fazem parte do sistema.

Falo isso, pois no meu trabalho mesmo, sem querer, acabei concluindo que os gays, e todos os homoafetivos - com a abrangência que o termo possibilita - têm grande potencial comercial, vide os anúncios publicitários encontrados nos veículos direcionados, que vão desde grifes de roupas, perfumes, até marcas de automóveis de grande valor.

Quem sabe, por verem que somos em grande número, que também temos potencial financeiro, que somos instruídos e informados, começam haver manifestações de políticos, que eu sempre fico com o pé atrás, como do deputado... Mas tem outras demonstrações como, a da procuradora-geral da República em exercício, Deborah Duprat que me fazem acreditar no sistema, na Justiça e no Estado. No entanto, a proposta dela depende do STF e como todos devem saber, as coisas por lá não estão como deveriam, há jogos políticos, há decisões duvidosas e pouco fundamentadas, então, provavelmente a inteção de legalizar as uniões estáveis entre homossexuais não passe de um projeto. Quero deixar claro, um projeto que a Deborah propõe neste momento, que a Maria Berenice Dias vem lutando e conquistou muito no RS, pioneiro na questão do direito aos parceiros homoafetivos, e que venham muitos outros que apoiam essa questão. Porém não como forma de alavancar carreiras, mas no sentido autrísta mesmo, de ajudar aos próximos, aos irmãos, essa é verdadeiramente uma comunhão, diferente da pregada por muitas religiões.

Grande abraço! (as matérias estão nos dois links, é importante leiam)

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