segunda-feira, 1 de junho de 2009

Como você se define!!!


Na primeira tentativa não consegui assistir, desisti nos primeiros 15 minutos, não sei se ele que não me chamou a atenção, ou se o momento e a companhia pediam um filme com mais ação. Com esse frio todo – maravilhoso por sinal – , depois de um congresso me dediquei a assistir o filme Vicky Cristina Barcelona (2008). Achei que se fosse ruim mesmo, eu poderia pelo menos dormir. A verdade é que ele me manteve acordado e, então, não é nada ruim.

A história é contada numa narrativa lenta, o que de cara pode enjoar, já que queremos que tudo seja rápido, breve e não nos faça pensar. Estamos assim, nossas vidas são editadas, cortadas, retalhadas, com muita trilha sonora, muito barulho na verdade, algo que nos distancie daquilo que somos de verdade. E por sinal, a trilha do filme é muito boa.

E aí que eu entro, o filme faz uma reflexão a tipos distintos de personalidade, ou melhor, três. Uma a Vicky séria, objetiva que a princípio o amor é um conjunto de coisas e não de sensações. Já Cristina procura sempre o grande amor por meio de sensações, de sentimentos, de ligações fortes. A outra, a Maria Elena... com um amor doentio, patológico, boêmio. O final do filme não é importante – minha consideração – por isso digo que elas acabam sem ser felizes para sempre. Uma vendo que suas teorias de relacionamento foram por água abaixo e a outra quer continuar com elas, mesmo sabendo que não irá encontrar. E o homem da história, há esse não interessa... mas é boêmio, e um romântico enrustido, egoísta e medroso, como qualquer homem visto com lupa.

Fiquei um bom tempo tentando me definir entre essas propostas de visões de mundo. E logo me lembrei de um filme especial, e que já devo ter citado, Corações Apaixonados (1998). Nele sim tem uma personagem que me identifico, Joan. Uma das melhores interpretações de Angelina Jolue, na mesma época de Gia – Fama e Destruição. Enfim, Joan é uma jovem que acredita que tentar falar de amor e a busca do amor são coisas bem complicadas, mas que desistir não passa pela sua cabeça. Diferente do primeiro, neste filme o amor acontece, tudo como um sonho mas não de fadas, e sim aquele sonho desconstruído da Cristina, que a Vicky descobre e que a Maria Elena tanto quer. Enfim... de diferentes modos, todos queremos a mesma coisa, sentir algo forte e que seja crível de verdade.

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