segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Uma crítica

Adoro manifestações culturais, artísticas e reivindicatórias. Até ai, tudo bem. No entanto, toda a vez que a imprensa 'cobre' (utilizando uma linguagem comum entre os repórteres), me espanto. Ontem, em Santa Maria, a Caminhada do Orgulho Gay, em outras palavras uma Parada Gay, coloriu as ruas da cidade. Concordo com a repórter que também usou este sentido em sua reportagem.

No entanto, todas as fotos da Caminhada, que estão na edição on line do Diário de Santa Maria de hoje (só não coloco o link, pois a edição fica disponível apenas durante a semana que foi publicada), só mostram drags, cenas de beijos, cores e no caso, nem a Marquita a organizadora do evento eles mostraram. O texto é bom, diga-se de passagem, mas um pouco de bom senso, no mínimo, deve se ter ao lidar com assuntos ainda tabus na sociedade. Ao invés de ajudar, esse tipo de matéria só piora o preconceito, colocando em voga apenas aquele lado, que acho lindo, mas que a sociedade ainda condena; divertido de ser dos GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e trangêneres).

A matéria na íntegra:




Tarde colorida
Parada Livre levantou bandeira contra o preconceito
RENATA BIANCHINI



Evento reuniu gays, lésbicas, transexuais, travestis e simpatizantes para celebrar a diversidade

As cores do arco-íris iluminaram a tarde de domingo na Avenida Presidente Vargas. O símbolo mais conhecido das comunidades gay, a bandeira colorida, estava no palco da 7ª Parada Livre da Região Centro, assim como nas mãos, nas costas e nos carros de quem participou do evento, que celebrou o Dia do Orgulho Gay, comemorado em 28 de junho e festejado agora por aqui.

A movimentação começou na Praça Saldanha Marinho, reunindo gays, lésbicas, transexuais, travestis e simpatizantes para a 1ª Caminhada Contra o Preconceito. Por trás de tanto riso, plumas e paetês, uma reivindicação séria. No caminho até o largo da locomotiva, levando faixas e cartazes, os participantes pediam igualdade e respeito e convidavam o público a assinar um documento contra a homofobia.

- Chega de preconceito. Somos cidadãos, trabalhamos, pagamos nossos impostos e merecemos respeito - diz Marquita Quevedo, organizadora do evento.

Na chegada, o espaço atrás da Bioblioteca Pública se transformou em palco para shows musicais, performances de drag queens e brincadeiras. Balões e fantasias coloridas descontraíram a platéia. Centenas de pessoas aproveitaram o domingo de sol e foram prestigiar a movimentação.

De Cruz Alta, Everlei Martins, 26 anos, veio com integrantes do Grupo Diversidade para participar da Parada Livre.

- É importante sair para a rua e mostrar para as pessoas que homossexulidade não é doença e que um gay não tem motivos para se envergonhar do que ele é - diz ele.

( renata.bianchini@diariosm.com.br )

Mais
Arco-íris
A bandeira do arco-íris apareceu pela primeira vez, em 1978, na San Francisco Gay and Lesbian Freedom Parade, nos Estados Unidos, criada pelo artista Gilbert Baker

As fotos e as LEGENDAS


1 comentários:

lu disse...

oi! concordo contigo sobre falta de bom senso na jornalista ae e as fotos nem se fala,mas pelas materias do jornal que ela escreve naum dava p esperar muito mesmo fraquinha coitada!!!

Olhos atentos