segunda-feira, 21 de julho de 2008

Sem comunicação

Ontem à tarde, depois de ter passado por um sábado, digamos assim, sufocante; enquanto minhas amigas saíram para comprar leite condensado, coco ralado e creme de leite (guloseimas) para adoçar o dia, puxei a revista Super Interessante deste mês. Tudo por causa do título: Terapia Fuciona?

Essa dúvida sempre me assombrou. No início de minha adolescência, digo aos 14 para 15 anos, quando comecei a ler sobre o que era filosofia, e como se dava o pensamento filosófico - questão que não sei argumentar até o momento - comecei a pensar se era eficaz esse tipo de tratamento. Quando pequeno, minha mãe, por diversos motivos me levou a uma terapeuta. Mas a terapeuta foi morar na Itália e então parei; até gostava de ir lá. Ela dizia coisas que eu concordava, devia ser por isso.

Fui crescendo e como nunca me considerei alguém normal - num sentindo bem amplo - me sentia não pertencente aquela vida. Por vezes imaginei ser filho de um alienígena ou coisa do tipo...hahahha... Mas vivia bem. Estava acima do peso, com uma saúde razoável; como dizem: levando a vida.

Entrei pra faculdade e todos os questionamentos sobre o homem, sua existência, sua felicidade, etc., começaram a assombrar a minha cabeça quase virgem desses pensamentos. Os problemas foram se acumulando, ou apenas os enxergava cada dia maiores. Chegou um momento que a única solução foi trancar a faculdade. Até ai tudo bem, dúvidas de adolescente. Resolvi então voltar à terapia. Digo, foi um marco na minha vida.

(...)

Ao ler as páginas e os questionamentos da edição da revista, fiquei pensando, sobre uma questão chave que eles levantaram. A terapia poderia funcionar apenas porque você está falando sobre o que te incomoda independente de métodos ou qualquer outra novidade desta área. Se sua eficácia só tem haver com a conversa, isso eu não afirmo com certeza, mas que faz bem faz... recomendo.

Isso tudo pra dizer, que meu celular, desde a madrugada de hoje, não está funcionando na sua totalidade. E como nós seres quase máquinas, pois acredito que estes "aparelhos" já fazem parte de nosso corpo, não conseguimos viver quando esses estragam. Estou aqui, me indagando e quase aprisionado por não ter este vínculo com o mundo. Sinto-me sem chão. UMA SITUAÇÃO SÉRIA. Como é que deixamos chegar a esse ponto? Qual será o limite, ou já o ultrapassamos? Acho que preciso voltar à terapia, me aprofundar mais em filosofia, etc. e tal. E a vida? E as coisas normais, os amigos... AHHH, acho que como toda a sociedade hoje, prefere pagar um desconhecido para relatar a sua vida, ao invés de confiar nas pessoas próximas - isso não sou eu.

AHHH... Feliz dia do amigo atrasado para todos. Boa terapia a todos. E espero que meu celular volte a funcionar logo e conseqüentemente eu me restabeleça com o mundo de homens-máquina.

Abraços

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