quarta-feira, 9 de julho de 2008

Para que serve um pai?


Para que serve um pai? Mãe todos sabemos da sua importância em nossa gestação, em nossa amamentação, em nossa formação. Constrói-se uma cumplicidade mãe-filho desde sempre. O cordão umbilical, as emoções compartilhadas ainda nos tempos de placenta. Mas e com o nosso pai? Tudo bem que o espermatozóide seja primordial para nossa concepção e até para definição do nosso sexo. Nesse emaranhado de determinismo, dado não escolhermos nossos pais, tampouco nosso sexo e toda a coisa da genética, o que representa afetivamente um pai?

Na minha educação, no meu crescer a função da minha mãe e da minha vó encobriu a do meu pai como se afastá-lo de mim seria o castigo por ele não ter me gestado por nove meses, por não ter padecido das dores sofríveis do parto, por não ter me amamentado. Não formamos vínculo na infância. Fomos estranhos por anos. Eu sabia que deveria amá-lo porque ele era meu pai e sabia exatamente a função dele na família: arcar com as despesas.

A mim sempre pareceu que ele não poderia me amar, afinal, eu não saí dele, poucas vezes tivemos oportunidade de ficarmos juntos tamanha a minha necessidade de estar junto da minha fada madrinha – minha mãe.

Essa divisão de tarefas familiares me afastou sobremodo de meu pai. Agora vejo que ele não é o senhor do lar, aquele que paga as contas e que me sustenta. Antes de ser meu pai, ele é um homem, uma pessoa e, por isso mesmo, os anos me mostraram que ele pode ser meu amigo, que naquele emaranhado de determinismo genético minha personalidade é afim a dele e que podemos recompensar os laços que nos foram tirados na infância.

1 comentários:

Julio Marin disse...

Me utilizo da esxplicação da wikipédia:

Alter ego ou alterego (do latim alter = outro ego = eu) pode ser entendido literalmente como outro eu, outra personalidade de uma mesma pessoa. O termo é comumente utilizado em análises literárias para indicar uma identidade secreta de algum personagem ou para identificar um personagem como sendo a expressão da personalidade do próprio autor de forma geralmente não declarada. Para a psicologia, o alterego é um outro eu inconsciente.

Para dizer... que gostei muito dessa tua postagem... e tbm do teu Alter ego.... hehehhe

Beijosssss

Olhos atentos